Matrimônio Espiritual com Deus

Matrimônio Espiritual com Deus

“O rei fez um grande banquete, o povo já foi convidado, a mesa já está preparada, já foi o cordeiro imolado.” Quem já tem mais tempo de caminhada na igreja  deve lembrar-se  desse refrão  que tem haver com a Parábola contada por Jesus, no Evangelho de São Mateus:  “O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. E mandou seus empregados chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir.
O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!’ Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram.
O rei ficou indignado e mandou suas tropas, para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. Em seguida, o rei disse aos empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’.
Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados. Quando o rei entrou para ver os convidados observou ali um homem que não estava usando traje de festa e perguntou-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem nada respondeu. Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e jogai-o fora, na escuridão! Ali haverá choro e ranger de dentes’. Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos” (Mt 22,1-14).
Tratasse de uma parábola que traz duas partes, distinta e complementar. Complementar por ser sequência, e distinta porque trata de dois temas diferentes.
Deus fez um grande banquete,  o detalhe é que trata de um banquete de casamento, uma festa de casamento, mas não diz o nome dos noivos.
Aqui eu gostaria de saltar para um Livro do Antigo Testamento,   Cântico  dos Cânticos.  São João da Cruz, com muita propriedade toma esse livro do Cântico dos Cânticos e faz um dos mais belos poemas, que diz: “caminho em noite escura, mas ó feliz ventura  do amante em seu amado, no repouso descansado.” Porque, nesse casamento o esposo é Deus e a esposa, nossa alma.
É um casamento entre nossa alma e Deus. Esse é o casamento que Deus quer, esse é o casamento que Jesus preparou, porque, nossa alma andará inquieta até um dia encontrar repouso em Deus (Santo Agostinho).
Nossa alma, naturalmente, anseia pelo convívio em Deus, mas esse banquete nupcial, esse banquete matrimonial, essa fusão de nossa alma com Deus, muitos  não aceitam.
Uns, diz o texto não aceitam esse matrimonio com Deus, porque vão para o campo.
Significa: vão para o trabalho, e às vezes, o trabalho quando desenfreado, quando desproporcional é um empecilho para nossa comunhão com Deus. Os nossos afazeres, o nosso corre-corre, a nossa escravidão do fazer, o nosso ativismo são  empecilhos para a oração, e a oração é um banquete com Deus. O campo significa a lida, quando durante o dia nós não temos nem um tempo para rezar, estamos nos privando de Deus.
Outros vão para os negócios que significam o ter. Se o campo é o fazer, os negócios são o ter. A ânsia de sempre querer ter mais, o apego às coisas materiais, são empecilhos para o casamento com Deus.
Nossa alma fica aflita, nossa alma se perde, nossa alma fica cega. O alma pode ficar cega, o espírito nunca. São Paulo faz essa distinção entre alma e espírito. Sobre isso, explica o Prof. Felipe Aquino:  São Paulo diz que a palavra de Deus é como uma espada de dois gumes que penetra entre a alma e o "espírito", isto é, entre a sensibilidade (alma) e o espírito (inteligência e vontade)” (Hb 4, 12; ITs).  Então, a alma pode ser prejudicada pelas opções que fazemos.  A cegueira da alma, esse anseio de “ter”, impede nosso matrimonio com Deus.
No Antigo Testamento,   o relacionamento de Deus com seu Povo é comparado com um casamento. Deus faz uma aliança de amor com seu povo: Israel. Através do casamento de Oséias com uma mulher infiel é apresentada a relação amorosa de Deus com seu povo que se torna infiel a Ele, seu "esposo".
Israel é comparada a uma esposa que abandona seu marido para se prostituir e, na sua infidelidade espiritual não consegue mais sequer estar com ele.  Deus é um marido  que tem motivo plausível para repudiar Israel: As prostituições e adultérios dela, mas o juízo de Deus contra ela não é de cólera,  é conseqüência de um amor desiludido e não correspondido.  Um  amor que é maior que a humilhação, um amor desesperado para salvar que alimenta  a esperança de que ela mude de atitude volte para Ele, seu esposo, e demonstre seu amor e fidelidade. Deus se dispôs a tomá-la de volta e constituir com ela uma nova aliança nupcial (Os 2, 4-25).
Da mesma forma, Deus anseia em perdoar e restaurar seu povo hoje. Muitas vezes, como nos tempos de Oséias, Deus é rejeitado, esquecido, ignorado e traído, mesmo assim não desiste de nós. Castigo e abandono não são gestos de Deus, ao contrario, mesmo diante da infidelidade espiritual, à alma que se arrepende e o busca Ele diz: “Desposar-te-ei para sempre, desposar-te-ei conforme a justiça e o direito, com benevolência e ternura. Desposar-te-ei com fidelidade, e conhecerás o Senhor” (Os 2, 21-22).
Continua a parábola: outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram.” Significa matar o anseio de Deus dentro de nós, matar o anseio do eterno.
Estamos tão conformados nessa vida, estamos tão acomodados no pecado, tão acomodados na lama,  que matamos em nós o desejo de  Deus, então o banquete não se realiza. A comunhão não se realiza.
Isto é um tratado de espiritualidade, isto é um itinerário, essa parábola é muito forte, fala das coisas interiores da nossa vida, fala das nossas resistências a conversão.
É certo que os destinatários desta parábola são os sumos sacerdotes, são os anciãos. Estes é que se negaram ao banquete com Jesus. Mas, os destinatários hoje somos nós, os cristãos.
Jesus está dizendo para nós, e nesse contexto, Jesus está dizendo que, nós somos os primeiros convidados para o banquete, e aqui já entendendo o banquete comunhão. A comunhão que se faz na Eucaristia, a comunhão que se que se faz no sacrifício da missa, a comunhão que se faz na Palavra, a comunhão que se faz na oração.
A palavra é aberta a todos e todos são convidados. Porém o final do texto apresenta algo até violento,  quando todos vieram, alguém apareceu sem o veste da festa e o rei mandar amarrar e jogar para fora.
A veste é revestir-se das virtudes de Deus, é revestir-se da prática justiça, é estar vestido do projeto de Jesus. É essa a veste, que como diz no Apocalipse, com a qual devemos nos apresentar diante de Deus, com a veste branca, alvejada no sangue do cordeiro. É a veste de nossa alma alvejada no sangue do cordeiro sacrificado no banquete.
Esse é o itinerário de Jesus. É bem verdade que tratasse de uma parábola um tanto obscura, que num primeiro momento  nos passa despercebida, mas já fomos convidados para esse banquete. Hoje, qual esta sendo a nossa desculpa?
Antigamente se casava muito cedo, com quinze, dezesseis anos, atualmente, é uma enrolação  danada, cinco, sete anos de namoro, trinta dois anos de vida e não se decidem a casar.
Acredito que esta mesma morosidade esta acontecendo na nossa decisão da comunhão com Deus. Às vezes, nós passamos a vida inteira no namoro com Deus, até no noivado com Deus. Mas, assim como os jovens estão enrolando com desculpas, eu não caso porque não tenho dinheiro, eu não caso porque não me sinto maduro, eu não caso porque não tenho casa, eu não caso porque não tenho certeza. Qual esta sendo a nossa desculpa para sairmos do namoro com Deus, e fazermos o matrimonio com Deus? Qual esta sendo a nossa desculpa, hoje? É o campo, são os negócios, ou porque já matamos o anseio, a sede de Deus, dentro de nós?
Qual esta sendo a nossa desculpa para fazermos este matrimonio com Deus e como conseqüência que nossa alma repouse no amado que é Deus?
Deixemos que nossa alma encontre felicidade. Deixemos que nosso espírito, como diz Jesus, possa encontrar segurança num matrimônio que nunca acabará. Numa aliança eterna no Cordeiro de Deus.

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martírio célebre no século II foi o de Santo Inácio de Antioquia; no ano 107, no Coliseu de Roma, vítima da perseguição de Trajano (98-117), por ocasião dos gigantescos espetáculos dados por este imperador para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Inácio foi condenado juntamente com Rufo e Zózimo.

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Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.