segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

BATISMO DO SENHOR

12 de janeiro – BATISMO DO SENHOR

ESTE É O MEU FILHO AMADO, EM QUEM ME COMPRAZO

I. INTRODUÇÃO GERAL
A profecia de Isaías sobre o Servo de Deus é prefiguração da vida de Jesus, o Servo por excelência, totalmente consagrado a Deus para salvar o gênero humano. O evangelho substitui a expressão “meu servo”, da primeira leitura, pela proclamação “meu Filho amado” para indicar a natureza divina de Cristo. O Pai e o Espírito Santo garantem a identidade de Jesus como Filho de Deus e o apresentam aos seres humanos, destinatários da salvação. As palavras de Pedro, no discurso a Cornélio, fazem eco às palavras de Isaías e às do evangelho: Jesus foi ungido por Deus com o Espírito Santo (At 10,38). Em todos os textos bíblicos da liturgia de hoje se afirma que Jesus é totalmente guiado pelo Espírito Santo no cumprimento de sua missão.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. Evangelho (Mt 3,13-17): O Espírito de Deus veio sobre ele
Jesus é o Messias, Filho de Deus. João Batista é seu precursor. Da mesma forma, o batismo praticado por João é uma prefiguração do batismo cristão. O batismo de João convocava para o arrependimento e para a conversão. Jesus, sendo justo, não precisava ser batizado por João. No entanto, quis cumprir toda a justiça, ou seja, quis realizar integralmente a vontade do Pai: elevar o ser humano pecador à filiação divina. Com o mergulho nas águas do rio Jordão, o Filho de Deus solidarizou-se com a humanidade pecadora para resgatá-la do pecado e elevá-la à condição de filha de Deus. Em sentido inverso, cada batizado solidariza-se com a vida de Jesus e deve seguir o mesmo caminho de entrega total por amor. Uma entrega de si mesmo, que é o reflexo da entrega do Pai à humanidade para salvá-la do pecado, do egoísmo e do desamor. Na vivência do batismo se realiza a vocação humana do amor a Deus e do amor ao próximo.
2. I leitura (Is 42,1-4.6-7): Sobre ele está o meu Espírito
O Servo de Deus, nesse texto de Isaías, é uma personificação de Israel, cuja missão era levar para as nações a justiça e o direito. Isso significa que o povo de Israel estava destinado a exteriorizar a justiça e o direito entesourados nas Sagradas Escrituras e fazer deles um patrimônio das demais nações da terra. Essa missão deveria ser realizada sem a utilização do poder tirânico, comum aos grandes impérios mundiais; a influência de Israel sobre as nações deveria libertá-las da cegueira espiritual e das trevas da idolatria. O Espírito de Deus, agindo no Servo (Israel), possibilitaria a efetivação dessa missão – ou seja, a transmissão das Sagradas Escrituras, até que estas fossem postas em prática por todas as nações. As Sagradas Escrituras seriam o caminho para que os povos chegassem até Deus.
A releitura cristã desse texto bíblico viu em Jesus o pleno cumprimento da vocação de Israel.
3. II leitura (At 10,34-38): Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder
Pedro começou seu discurso na casa de Cornélio (primeiro gentio convertido à fé cristã) reconhecendo as intervenções divinas que o levaram a entender claramente como a salvação foi destinada a todos os povos.
Pedro deu-se conta de que Deus não faz distinção de pessoas. Esse foi um grande passo na compreensão humana da revelação divina. Que Deus ama todas as pessoas e deseja ser adorado por todas as gentes já estava claro para os seguidores de Jesus. Mas até aquele momento se pensava que, se um gentio quisesse seguir Jesus, deveria primeiramente converter-se ao judaísmo para depois ter acesso à salvação. O discurso na casa de Cornélio mostra que Pedro chegou à conclusão de que a mensagem e obra de Jesus estão destinadas a todos, sem exceção. Digna de destaque é a afirmação de que Deus ungiu Jesus “com o Espírito Santo e com poder”: isso significa a chegada do Reino de fraternidade e paz a todos os povos. Os milagres e exorcismos realizados sob a unção do Espírito do Cristo ressuscitado são sinais que atestam a instauração desse Reino na história.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
O foco da homilia deve ser a vida cristã sob a ação do Espírito Santo, que nos faz filhos e filhas de Deus. Jesus disse a João: “Convém que cumpramos toda justiça” (Mt 3,15). No sentido bíblico, “justiça” significa “ajustar-se à vontade de Deus”. A justiça que Jesus deseja é o cumprimento perfeito da vontade do Pai. A condição indispensável ao cristão para viver o batismo é deixar-se conduzir pelo Espírito Santo, buscando em tudo a vontade de Deus. A vivência do batismo cristão se efetiva principalmente na luta pela implantação da fraternidade universal, em que todos são filhos do mesmo Pai. Mas a luta do cristão será baseada na não violência: sem “esmagar a cana quebrada” nem “apagar a mecha que ainda fumega” (Is 42,3). Essa luta se dará pela proclamação das exigências de implantação da justiça e do direito. Agindo assim, o cristão estará ajustado à missão do Filho muito amado no qual o Pai se compraz.
Aíla Luzia Pinheiro Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas). E-mail: aylanj@gmail.com.

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martírio célebre no século II foi o de Santo Inácio de Antioquia; no ano 107, no Coliseu de Roma, vítima da perseguição de Trajano (98-117), por ocasião dos gigantescos espetáculos dados por este imperador para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Inácio foi condenado juntamente com Rufo e Zózimo.

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"Cristo foi batizado, não para ser santificado pelas águas, mas para santificá-las"

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Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.