segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Como preparar a aula de catequese?

~ Preparando a Lição ~
O que exigimos da catequista na tríplice formação necessária é a preparação remota: bom conhecimento da doutrina católica, boa vida cristã, bom aparelhamento pedagógico. Mas é geral e não basta para as aulas. Cada aula requer um trabalho especial e uma preparação imediata, cuja ausência será suficiente para enfraquecer a lição do melhor teólogo, do mais perfeito pedagogo.
Preparação próxima - Construo assim minhas aulas de Catecismo primário: 1) Um trecho (em geral um fato ou uma parábola) do Evangelho; 2) a doutrina; 3) a formação, com os 4 pontos: hábitos cristãos, hábitos piedosos, liturgia, apostolado.
Seleciono o trecho evangélico, ou simplesmente o procuro (quando o programa o indica), releio-o textualmente, vejo o que interessa a esta aula, afasto cincurstâncias que não servem ao assunto e que, no momento, iriam apenas dissipar ou sobrecarregar a atenção das crianças, saliento os pontos de que extrairei a doutrina.
Disponho agora a parte doutrinária: fixo a ideia principal sobre que girará a aula, que repetirei muitas vezes, que farei repetir, escrever e memorizar; organizo o assunto na ordem que mais convém a crianças, afasto o que não poderão compreender e o que as distanciaria da ideia central, única de que faço questão, pois me satisfaço com uma ideia por aula.
Vou agora à formação, que é, em geral, o mais difícil. Se a aula não chegar às conclusões práticas, ficou em meio, sem atingir os fins. Minhas conclusões devem fluir naturalmente da doutrina, como esta fluiu do Evangelho, e adaptar-se à vida das minhas crianças. Tanto mais vivas e mais práticas tanto melhores. Dificilmente as encontraremos inteiramente feitas - ou porque os manuais, em geral, não as trazem, ou porque, quando as trazem (como MEU CATECISMO¹) ainda precisam de certa adaptação à condição destas crianças. Então, que hábito cristão ou piedoso posso inculcar? Que obra de apostolado irão elas fazer? Que aplicação litúrgica?
Para tudo isto, reli o texto do Evangelho, revi no Catecismo a doutrina de que preciso, consultei este ou aquele manual (para sugestões), escrevi meu plano de aula. Mesmo agora, que sigo MEU CATECISMO¹, onde quase tudo está feito e proporcionado às crianças, ano por ano, embora facilitadíssimo o trabalho, ainda é necessária a preparação próxima. Certos pontos exigem mais precaução; certas palavras demandam explicação mais infantil.
Seria imprudência não pensar nas perguntas que a aula pode suscitar. Algumas serão inteiramente imprevisíveis, dado o espírito das crianças; outras, quase infalíveis, e a própria catequista terá a habilidade de as provocar sutil e habilmente. Não é demais estudar também as respostas claras e satisfatórias que lhes daremos.
Auxiliares - Já não é o tempo das teses teológicas explanadas aos meninos, que as decoravam. Aulas vivas, interessantes. Vamos preparar igualmente tudo o que nos auxiliará em manter o interesse, em despertar o entusiasmo. Que histórias iremos contar? Que comparação faremos? Que exemplo daremos? Que frases escreveremos, que gráficos faremos no quadro negro? Que expressão pediremos: história a inventar, quadro a interpretar etc? Não basta ter bonitas histórias, é necessário saber apresentá-las no momento devido. Não é uma arte, que requer um delicado tato psicológico, escolher histórias, comparações e exemplos à altura da classe?
E o modo de contá-las? Vi certo pregador despertar no auditório uma grande hilaridade com uma terrificante descrição das penas do inferno. Questão de modo de falar, do gesto, da expressão do rosto.
A prória História Sagrada precisa de mão segura nesta questão de escolha. Há certos fatos que é preferível não contar, certas minúcias que podem ser prejudiciais no momento².
Esta escolha merece uma atenção especial da catequista.
Tudo irá cuidadosamente preparado para o bom êxito da aula.
Material - O ensino intuitivo quer ainda mais que histórias, comparações e exemplos. O que é possível mostrar, não se descreve: - mostra-se. O material didático é indispensável. 
Mas que material nos é indispensável a esta aula? Na coleção de quadros, escolheremos o que nos convém; um santinho explicará bem esta passagem; um desenho a colorir ou copiar; dois meninos brigando servirão para ilustrar o exemplo que preparamos; uma notícia de jornal, contando o desastre que aconteceu à criança que foi nadar sozinha às escondidas; um recorte tirado duma revista com um clichê das Missões... Uma série de coisas, que é preciso preparar de antemão.
Caderno de Lições - A professora já terá certamente atinado que é preciso preparar a lição de Catecismo como prepara as demais lições, organizando-a e escrevendo-a no seu caderno de preparação de lições. A catequista, que não é professora, tenha o seu caderno para o preparo das lições. Escreva o resumo do que vai dizer, em ordem, bem dividido; anote as histórias, as comparações, os exemplos; deixe aí bem claras as conclusões a tirar, as aplicações a fazer; por fim, para facilidade, tome nota do material que vai empregar.
Cada qual tem o seu sistema de fazer este caderno. Deixo no meu uma margem bastante larga para os acréscimos, que me vêm de duas fontes: 1. das inevitáveis deficiências, que novas revisões suprem, que novas preparações revelam; 2. da própria aula, ora dos alunos, cujas reações ajustam isso, completam aquilo, reclamam aquiloutro; ora de mim mesmo; uma comparação feliz que surgiu no curso da conversa, uma atitude que impressionou melhor as crianças, um exemplo tirado, no momento, à vida da própria aula, uma aplicação mais imediata, uma pergunta que me é feita... E escrevo à margem.
Dentro de algum tempo, este caderno é um manancial. É um curso completo de catequese. Não suprirá nunca a preparação próxima, mas facilitará enormemente o trabalho da catequista, dando-lhe muito maior rendimento às atividades. Custa um pouco fazê-lo, sem dúvida alguma. Mas paga o pequeno sacrifício não só com o fruto da aula imediata, mas com as facilidades sem-par das aulas futuras.
Aos pés do Senhor - A catequese não é apenas um trabalho intelectual: é uma tarefa sobrenatural. Não é só de aulas interessantes que precisamos, mas de frutos de vida cristã. Estes, é Deus quem dá. A catequista, alma de vida interior, que nada faz sem a pura intenção de agradar a Deus, antes de começar a sua preparação, rezou - como reza, aliás, antes de todos os trabalhos.
Mas agora, feita a preparação intelectual imediata, volta aos pés do Senhor, a meditar no seu assunto de aula. Verdadeira meditação, descendo às profundezas da verdade estudada para amá-la, senti-la, possuir-se dela. Aí é que aparecem as conclusões práticas, as aplicações à vida. Daí é que nos vem o entusiasmo do falar, a unção sobrenatural (mas tão natural nos santos!), a chama que comunica aos pequeninos o amor às coisas de Deus.
Encerraremos nossa preparação rezando pelos alunos, para que eles compreendam e amem. "Pai, que se faça como é de vossa santa vontade, e nenhum desses pequeninos que me confiastes se venha a perder"³.
___________________
(1) MEU CATECISMO é um livro para o curso de religião primário, do Mons. Negromonte.
(2) As crianças, em geral, não compreendem por que o Menino Jesus ficou no templo: acham que foi desobediência a Nossa Senhora. - A circunstância de São José ter sido avisado em sonho da fuga para o Egito, tem despertado esta pergunta: Então, a gente deve acreditar em sonhos?
(3) Cf. Mt 18,14
Capítulo do livro A Pedagogia do Catecismo

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martírio célebre no século II foi o de Santo Inácio de Antioquia; no ano 107, no Coliseu de Roma, vítima da perseguição de Trajano (98-117), por ocasião dos gigantescos espetáculos dados por este imperador para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Inácio foi condenado juntamente com Rufo e Zózimo.

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Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.