sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Todo católico é sacerdote? Como assim?







Entenda a diferença entre sacerdócio de Cristo, sacerdócio ministerial e sacerdócio comum.

É preciso começar pelo conceito de “sacerdote” e, para isso, partir do sacerdócio de Cristo; depois, entender o sacerdócio ministerial, distinguindo-o do sacerdócio comum dos fiéis.

Talvez não haja melhor orientação para explicar isso que a Carta aos Hebreus. É verdade que, vendo a história da religiões, podemos encontrar o conceito de “sacerdote” em outras crenças: ele é a pessoa que age “profissionalmente” como intermediário entre a comunidade à qual representa e suas respectivas divindades. Por isso, dizer “sacerdote” seria o equivalente a “pontífice”, neste caso. Mas não vamos aprofundar, neste momento, esta noção genérica do sacerdócio.

Voltando à primeira época do cristianismo, quando os cristãos provinham do judaísmo, surgiu a necessidade de esclarecer aos fiéis a verdadeira noção, a noção cristã do sacerdócio.

Os judeus convertidos ao cristianismo sentiam falta da grandiosidade do templo e dos seus sacrifícios, os incensos ao altar e as vítimas degoladas, bem como das funções externas e medidas dos levitas (descendentes de Levi, encarregados do templo).

O autor da Carta aos Hebreus quer convencer aqueles neófitos cristãos provenientes do judaísmo de que já – desde a Morte e Ressurreição de Cristo – não é necessário aquele culto grandioso e espetacular do templo de Jerusalém, nem é necessário o templo, nem o altar, nem aqueles animais que se ofereciam como vítimas; portanto, tampouco são necessários “outros sacerdotes” para ir se revezando de geração em geração.

Cristo é o templo, o altar, a vítima e o sacerdote. Ele é o único templo, porque Ele é o “lugar” no qual Deus e o homem se encontraram para sempre; o único altar é a sua cruz redentora; a única hóstia e vítima: seu corpo que se entrega e o sangue que se derrama; o único sacerdote para sempre, porque Cristo ressuscitado já não morre mais.

É imprescindível uma leitura calma e reflexiva da Carta aos Hebreus para entrar nesta verdade cristã: o sacerdócio único de Cristo (cf. Jo 4, 21 y Ap 21, 22).

Esta realidade de Cristo santuário, Cristo sacerdote, Cristo vítima, é vivida por nós a partir da fé, enquanto somos peregrinos na terra; nós a vivemos na fé e na esperança. Estamos na etapa do “já sim, mas ainda não”.

Nós vivemos na terra, até que chegue a consumação dos tempos, e então a fé não vai mais existir, pois veremos Deus face a face, como Ele é; para esse tempo do “ainda não”, que é o tempo da Igreja, precisamos de ajudas para a nossa fragilidade. E esta ajuda são os sacramentos, todos e cada um enquanto sinal e presença viva do Senhor Jesus.

E esta dinâmica no “ainda não” entra também no sacerdócio ministerial.

Como diz São Pedro, os cristãos são uma linhagem escolhida, um sacerdócio real, uma nação santa, um povo adquirido por Deus para anunciar as maravilhas daquele que os chamou (cf. 1 Pe 2, 9 e Ex 19, 5). Em outras palavras, todos os batizados formam um sacerdócio que tem acesso a Deus e, por isso, sua função – como a de Cristo – é “anunciar as maravilhas de Deus”, a grande maravilha de Deus que é a Redenção por amor, pelo amor de um Deus manifestado em Cristo morto e ressuscitado (cf. Jo 3, 16).

Por isso, quando Cristo morreu, o véu do templo de rasgou (Mt 27, 51); ao ser aberto o lado de Cristo (Jo 19, 34), Ele se torna Sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque (Heb 8, 17); e por Cristo-Santificador, os santificados pelo seu sangue já têm acesso ao Pai (Heb 9 e 10).

Por esta mesma razão, enquanto dura esta etapa terrena do “ainda não”, por esta fragilidade humana nossa, precisamos “visualizar” aquele ato único e singular que Jesus fez (Heb 9, 24-26), Sacerdote que ao mesmo tempo se oferece como vítima: “Não quiseste sacrifício nem oblação, mas me formaste um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam. Então eu disse: Eis que venho” (Heb. 10, 6-7).

Referências

E. Arnau: Orden y Ministerio. BAC1995
Congregación para el clero: Directorio para el ministerio y vida de los presbíteros. Editrice Vaticana1994
Conf. Ep. Española. Com. Ep. del clero. Espiritualidad sacerdotal. Congreso. Edice 1989
Congregario de cultu divino… Colectanea. Ad causas pro dispensatione a lege sacri coelibatus obtinenda. Editrice vatican2004.

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martírio célebre no século II foi o de Santo Inácio de Antioquia; no ano 107, no Coliseu de Roma, vítima da perseguição de Trajano (98-117), por ocasião dos gigantescos espetáculos dados por este imperador para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Inácio foi condenado juntamente com Rufo e Zózimo.

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Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.