segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Católico e Halloween - parte III

Halloween nos EUA em 1800
Como chegamos ao Halloween?

Eis o que diz o diretório de piedade popular da Igreja Católica sobre a idade moderna:
...piedade popular, por um lado, estava sujeito ao perigo do sincretismo religioso, especialmente onde a evangelização não estava profundamente enraizada; e por outro lado, tornava-se autônoma e madura: não estava mais limitada em reproduzir as práticas de devoção promovida pelos missionários, criaram-se outras formas de exercícios de piedade que refletiam o caráter da cultura local. (43)
Sê você reparar nas datas só há uma resposta: decadência da sociedade juntamente com o apego às coisas terrenas e fraqueza dos cristãos.
O que se sabe é que a festa céltica sofreu alterações por conta da conversão na Irlanda e com o surgimento do protestantismo. O Halloween de hoje é uma mistura do Samhain, Pomona, Feralia, folclore Irlandes e alguns tentando achar sentido cristão.

Ainda que o nome halloween tenha origem no nome de uma festa católica, não faz com que a mesma seja uma festa católica em si. Vamos analisar os costumes no halloween e refletir como cristão:
Como surgiram as fantasias?
Os druidas se vestiam de branco e pintavam o rosto de preto ou usavam máscara de animais e assim surgiu o costume de se fantasiar no dia 31 de Outubro, mas não há registro de fantasias de bruxas,demônios, vampiros etc, nos EUA até o final dos anos 50 e o costume de se fantasiar só virou febre no século XX por motivos comerciais.

No livro católico- The year and our children - escrito em 1956, a autora comenta que os seus filhos vestem-se de santos e que fantasias de bruxas, vampiros, que estavam ganhando moda não tinha nada a ver com uma família cristã.
Veja mais fotos antigas de halloween aqui  
1- Frank Leslie's popular monthly, Volume 40, November 1895, p. 540-543. 
2-Your Irish.com

Como surgiu o "doce ou travessura"?

O trick or treat (doce ou travessura) nada mais é do que uma ato de ameaça, intimidação e hoje em dia de vandalismo. Ou você dá o que eles pedem ou eles te fazem mal (quebram suas janelas, destroem decorações da frente da casa, jogam ovos no seu carro etc. (bem católico não acha?)
O renomado Professor, historiador e pesquisador Ronald Hutton descreve que a origem  é pagã, vindo dos celtas, que  batiam de porta em porta pedindo coisas para a festa do Samhain. Ele também descreve que em Moray (Escócia) durante o século XVIII, meninos iam de casa em casa pedindo combustível para a fogueira do Samhain.  

Sharon Macleod encontrou também que no século XIX, no Sul da Irlanda, homen vestido de branco e máscara de animal-branca levava jovens de porta em porta para arrecadar comida, aqueles de doassem comida poderiam esperar prosperidade de Muck Olla-deus.

Outros acreditam que o costume de bater em portas venha de um costume na Inglaterra de que no dia de Todos os Santos e dos Fiéis defuntos crianças pobres (mendigos) batiam de porta em porta e pediam comida, em troca, os donos da casa pediam para eles rezarem pelas almas dos familiares da família. 

Shakespeare menciona esta prática no livro  - Os dois cavaleiros de Verona de 1593. Shakespeare diz que ocorria no Hallowmass - dia de todos os santos. Veja, não há travessuras!

Nos EUA, o primeiro registro de crianças indo de porta em porta é encontrado em 1911 mas não há relato da travessura (trick). O termo trick or treat só aparece em 1934 e como se vê pelas manchetes dos jornais não eram nada cristão.

1- Theo. E. Wright, "A Halloween Story," St. Nicholas, October 1915, p. 1144. Mae McGuire Telford, "What Shall We Do Halloween?" Ladies Home Journal, October 1920, p. 135.
2- Halloween Pranks Keep Police on Hop," Oregon Journal (Portland, Oregon), 1 November 1934:
3- The Gangsters of Tomorrow", The Helena Independent (Helena, Montana), 2 November 1934, p. 4:
4- The Chicago Tribune also mentioned door-to-door begging in Aurora, Illinois on Halloween in 1934, although not by the term "trick-or-treating." "Front Views and Profiles" (column), Chicago Tribune, 3 November 1934, p. 17.
5- Doris Hudson Moss, "A Victim of the Window-Soaping Brigade?" The American Home, November 1939, p. 48. Moss was a California-based writer.
6- Hutton, Ronald. The Stations of the Sun: A History of the Ritual Year in Britain (Oxford: Oxford University Press, 1996),pp 380-382.
7- MacLeod, Sharon. Celtic Myth and Religion. McFarland, 2011. pp.61, 175
Da onde saiu o Jack-O Lantern?
Aqui mais confusão. Hutton encontrou na história que os celtos pagãos usavam nabos para iluminar suas casas durante a festa de Samhain.

Um folclore Irlandes conta que Jack era um homem que por ser avarento não podia entrar no céu mas por pegar peças no demônio quando era vivo, o demônio não lhe permitia entrar no inferno e assim ele foi condenado à ficar vagando pela terra até o dia do julgamento final. Jack pede por luz e o dêmonio lhe manda fogo do inferno. Jack corta uma abóbora para colocar o fogo dentro e a usa para iluminar o seu caminho,vagando na terra.
Já que este folclore não leva em consideração o purgatório, Roger em seu livro - Halloween from pagan ritual to party night - levanta a hipótese de ter fundo protestante que também afetou a Irlanda no século XV.

O mais interessante é que os Irlandeses mais idosos aqui nos EUA, onde moro há muitos, inclusive meu diretor espiritual, diz que na Irlanda usavam-se nabos com velas dentro e colocavam-as nas casas para afastar os maus espíritos. A abóbora parece ser americana.
As festas de Halloween
Antigamente as festas de halloween possuiam jogos de sorte e adivinhações. Um dos jogos que encontramos muito em cartões vintage, era no qual as moças solteiras olhando no espelho, na meia luz, apareceria o rosto do futuro marido ou se aparecesse uma caveira ela morreria solteira.
Os jogos de adivinhações eram geralmente para saber com quem iriam se casar, se teriam vida longa ou ficariam ricos.   E outros jogos de sorte com cartas também.

Também em cartões encontramos o jogo da maça, onde colocavam maças em barril com água e quem mordesse a maça ganhava uma prenda. Tradição que possivelmente venha do festival pagão Ponoma.

Um outro jogo de sorte famoso era cozinhar um bolo com anel, moeda e alfinete. Quem pegasse o anel se casaria, a moeda ficaria rico e o alfinete morreria.

Há muito cartões antigos e que mostram o lado oculto do halloween - veja mais aqui e aqui

Hoje, as festas são devassas, não há muita diferença do carnaval brasileiro.

1- McNeill, F. Marian (1961, 1990) The Silver Bough, Vol. 3. William MacLellan, Glasgow ISBN 0-948474-04-1 pp.11–46
2- Green Bay Press Gazette, 27 October 1916


Conclusão
Cada cabeça uma sentença! Morando há 10 anos nos EUA atesto e confirmo: halloween não é católico. Nunca foi e nuca será. Não têm origem católica. Ainda que muitos tentam associar essa festa com All Hallow's Eve - Véspera de todos os santos.  A véspera de todos santos era celebrado com vigília, com vela é claro pois não havia luz na época.  E a família se reunia em casa para a ceia e rezar. Há muitas receitas tradicionais que trarei aqui.  

Esse dia é para os satânicos, o dia mais poderoso do ano, algum motivo há. Não há outro dia neste país com um número maior de assassinatos - é só ler o jornal.  Os exorcistas americanos, como por exemplo Pe. Eutener e Pe. William que conheço pessoalmente (este último viveu com o Santo Pe. Pio) afirmam que essa festa  abre portas para alma ser possessada.

Agora analisemos como católicos: fazer travessuras ao próximo, mesmo que o próximo não faça o que você quer, não é cristão, afinal: perdo-ai vos uns aos outros e amar os seus inimigos não foram dados como opção.
Vestir-se de bruxa para debochar do próximo, mesmo que seja um pagão, não é atitude de cristão. Cristão detesta o pecado mas ama o pecador! Sem contar que o corpo de um cristão é o templo do Espírito Santo, e portanto deve-se respeitá-lo e dar glória à Deus.
Agora podemos viver no mundo e não pertencermos à ele? Sim! E veremos como nos próximos dias!
Deixo vocês refletindo em São Paulo:
EFÉSIOS, 5:
10. Procurai o que é agradável ao Senhor,
11. e não tenhais cumplicidade nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as abertamente.
12. Porque as coisas que tais homens fazem ocultamente é vergonhoso até falar delas.
13. Mas tudo isto, ao ser reprovado, torna-se manifesto pela luz.
FILIPENSES,4:
8. Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos.

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martírio célebre no século II foi o de Santo Inácio de Antioquia; no ano 107, no Coliseu de Roma, vítima da perseguição de Trajano (98-117), por ocasião dos gigantescos espetáculos dados por este imperador para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Inácio foi condenado juntamente com Rufo e Zózimo.

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"Cristo foi batizado, não para ser santificado pelas águas, mas para santificá-las"

ORE SEM CESSAR

Ore sem cessar!!!

Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.