quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Maria e o diálogo ecumênico


A sabedoria popular costuma nos alertar: com mãe não se mexe! Relação de filho e mãe é delicada e exige respeito. Isso fica bem claro na religiosidade popular, que cerca Maria de todos os títulos e venerações que um coração de filho pode inspirar. Por isso, talvez o que mais provoque desgosto, em relação aos irmãos protestantes, é o que os católicos percebem neles como desvalorização de Maria. Mas, de fato, o que esses irmãos rejeitam não é a mãe de Jesus, mulher louvada na Bíblia como “cheia de graça” , exemplo de servidora que se entrega para que nela se realize a Palavra de Deus. Eles não se afastam dela por indiferença, mas para manter uma identidade que os distingue de nós. Embora haja divergências sobre a doutrina referente a Maria, eles não têm realmente um problema com ela, o problema é conosco. 
           
Um amigo presbiteriano me contou um episódio que deixou isso bem claro. Sua comunidade estava organizando um livro de hinos religiosos para as celebrações. Foram sugeridos cantos que louvavam diversos personagens bíblicos: Moisés, Elias, Isaías... Então meu amigo, de propósito para ver a reação do grupo, sugeriu: já que vamos cantar canções sobre esses personagens bíblicos, não poderíamos incluir um canto sobre Maria? Fez-se um silêncio embaraçoso. Ao fim, meio sem jeito, um dos participantes observou: _Isso não dá! Assim a gente ia ficar igual a eles... Esse “eles”, é claro, éramos nós, os católicos, com quem eles não queriam se parecer. Comentando a fato, meu amigo observou: Maria ficou ferida no meio da briga; quando nós pararmos de brigar e ficarmos amigos, os evangélicos também vão poder expressar a admiração que ela merece.
Minha experiência mostra que ele estava com a razão. Participei da coordenação de um grupo ecumênico de estudo bíblico durante quatro anos. Os roteiros de estudo eram preparados por mim e por um pastor luterano. Depois de muito tempo de convívio, a confiança mútua e a amizade permitiam que se abordasse qualquer assunto em que havia divergência entre as Igrejas porque ninguém tinha receio de que outro estaria usando aquele tema para minar sua identidade. Foi também dentro desse espírito que um dia minhas amigas da Igreja Luterana me chamaram para fazer a pregação num culto em que o evangelho a ser meditado versava sobre a anunciação e a visitação a Isabel. Antes de começar a falar fui apresentada à comunidade com as palavras: “Esta é uma amiga católica que vai nos falar sobre a mulher mais importante que a história do mundo já produziu: Maria, a mãe de Jesus.” E tudo deu certo.  Com garantia de respeito mútuo, muitos caminhos se abrem.
Por outro lado, também temos que reconhecer que a religiosidade popular muitas vezes exagera na devoção mariana. O amor é tanto que às vezes ela é colocada numa posição que não lhe cabe, como se fosse igual à Trindade, em vez de ser o grande exemplo de servidora que deveria nos inspirar. Muita gente que acha lindo coroar a imagem de Maria esquece que o grande recado que ela deixou para nós na Bíblia é aquele das Bodas de Cana: Façam tudo que Ele vos disser. Também em relação a outros santos, o povo lembra muito mais deles como intercessores do que como exemplos de fé a serem seguidos. Há devotos de muitos santos que não sabem nada sobre a vida dessa pessoa, só se interessam pelo tipo de favor que podem conseguir através dela. Uma catequese que pusesse as devoções num caminho melhor, ajudando a ver os santos como uma inspiração para vivermos melhor a nossa fé, guardando a memória desses irmãos e irmãs como exemplos venerados com carinho, estaria também facilitando nosso diálogo com os outros cristãos. 
Therezinha Cruz

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martírio célebre no século II foi o de Santo Inácio de Antioquia; no ano 107, no Coliseu de Roma, vítima da perseguição de Trajano (98-117), por ocasião dos gigantescos espetáculos dados por este imperador para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Inácio foi condenado juntamente com Rufo e Zózimo.

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Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.