quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O COLÍRIO DA FÉ E A LUZ DO MUNDO

Vitral-Elia-Kurzum-Jordania
«Vem, Senhor Jesus» (vitral de Elia Kurzum – Jordânia)
«Realmente o Senhor faz os cegos verem. Os nossos olhos, irmãos, são agora iluminados pelo colírio da fé. Para restituir a vista ao cego de nascença, o Senhor começou por ungir-lhe os olhos com sua saliva misturada com terra. Ele misturou sua saliva com a terra: E a Palavra se fez carne e habitou entre nós».
(Jo 1,14 – Santo Agostinho, Tract. 8-9).
Essa palavra de Santo Agostinho é muito apropriada para iniciarmos o tempo do Advento, no qual esperamos a vinda do Senhor em Belém e sua vinda gloriosa no final dos tempos. É tempo para purificarmos nossa visão, limpar nossos olhos com o colírio da fé a fim de sermos capazes de discernir entre o olhar do mundo e o olhar de Deus.
O olhar segundo o mundo nos priva da liberdade e da subjetividade, pois nos quer como multidão arrastada pela moda, pelo consumismo, pelo prazer. Quanto menos vivermos a liberdade dos filhos de Deus mais seremos vítimas dos arrastões de comportamento que nos levam ao individualismo, proposto como verdadeira inteligência: “eu gosto, então é verdade”.
A vida em comunidade, que é comunhão de pessoas, permite-nos olhar a história pessoal e do mundo de forma solidária: “é bom para meus irmãos e para mim, então é caminho de verdade”. Dessa forma, eu não sou ameaça a ninguém, nem sou ameaçado por alguém, não sou “vaquinha de presépio”, mas pessoa em diálogo com pessoas.
O colírio da fé, necessário no Advento, abre nossos olhos para contemplarmos o olhar divino sobre a história: Deus, ele sim, o Criador e Pai, oferece-nos a palavra que gera comunidades: o amor que se multiplica no amor fraterno, materno, filial, esponsal, nunca um pervertido amor interesseiro cuja origem e destino são o meu egoísmo.
O mundo faz o ego agigantar-se, e se gloria disso, enquanto que o amor faz-me pequeno para que possa crescer com todos, partindo dos mais frágeis, numa felicidade que é gerada no sentir minha capacidade de ver o outro a partir de Deus, da comunhão de vida.
Os meios de comunicação são pródigos em apresentar e propagar os egos de artistas, de pretensos intelectuais, como modelos de vida e de comportamento, a oferecerem respostas para tudo em meio a um balé executado ao som de cretinices e pseudo-soluções. Quanto mais escandalosa a resposta, mais animado o bailado. Apresentam resultados de pesquisas como se fossem revelações divinas, numa moda traiçoeira que leva os ingênuos a julgarem que, se a maioria aprova, então está certo. Os dogmas da fé são apresentados como frutos do passado ingênuo e são substituídos por outros dogmas, bem mais exigentes, porque nos colocam na moda: os dogmas das estatísticas, das pesquisas.
O dado matemático suplantou o dado revelado. Deus é excluído da vida e, como não se vive sem algum deus, seu lugar foi ocupado pelo deus do palpite, do vazio interior. Não o Deus que se revela na História humana e cósmica, mas o deus dos prazeres que duram pouco mais que um dia e logo dão lugar a outros. Hoje como ontem: no lugar de Deus que o libertara da escravidão do Egito, o povo de Israel adorou um bezerro feito de ouro. E cantou e se divertiu e blasfemou, esquecendo de olhar as serpentes venenosas que se aproximavam para picá-lo (cf. Êxodo 32, 1-35; Números 21, 4-9). A beleza da serpente escondia seu veneno.

A Palavra de se fez carne

Para curar o cego de nascença, Senhor começou por ungir-lhe os olhos com sua saliva misturada com terra, explicou Agostinho. Ele misturou sua saliva com a terra: para que a cegueira fosse vencida, o Senhor uniu a divindade com a humanidade e, desse modo, o homem recupera a luz de seus olhos unindo a terra ao céu, o divino ao humano e, foi para isso que a Palavra se fez carne e habitou entre nós, para recuperar nossa imagem e semelhança, criando a comunhão Deus-Terra-Homem.
O tempo do Advento é o tempo da memória, tempo da invocação, tempo da espera do Senhor. Memória do que o Senhor realiza pela nossa salvação, invocação para que venha em nós e em toda a criação, espera feliz de sua chegada hoje e na consumação dos tempos, quando virá cheio de glória para julgar os vivos e os mortos.
Não devemos achar que o mundo está bom, que nossa vida já é boa o suficiente. Queremos muito mais, porque o Senhor oferece bens muito superiores e, acima de tudo, queremos que ele venha manifestar sua glória entre nós, conforme sua promessa.
Marana thá! Vem, Senhor! é a mais antiga oração cristã e está inserida na Liturgia eucarística logo após a consagração das espécies: o Senhor vem, e pedimos ainda mais, que venha sempre.
À pergunta “quem é o cristão?” São Basílio Magno responde para nós: “O cristão é aquele que permanece em vigília a cada dia e a cada hora, pois sabe que o Senhor vem”.
Pe. José Artulino Bese

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martírio célebre no século II foi o de Santo Inácio de Antioquia; no ano 107, no Coliseu de Roma, vítima da perseguição de Trajano (98-117), por ocasião dos gigantescos espetáculos dados por este imperador para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Inácio foi condenado juntamente com Rufo e Zózimo.

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"Cristo foi batizado, não para ser santificado pelas águas, mas para santificá-las"

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Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.