São conhecidas mais de cinco dezenas
de Milagres Eucarísticos acontecidos em diversos países, desde o século
VIII até nossos dias. Cada acontecimento é bem diferente um do outro, e
cada história é a mais bonita e a mais fascinante. Isto porque, tudo o que se
relaciona com a Santa Eucaristia indubitavelmente tem um valor incomensurável.
Por essa razão, como o nosso espaço é pequeno, vamos realçar apenas algumas,
para sedimentar em todos os corações a certeza da seriedade do assunto, da
beleza do conteúdo e, sobretudo, da realidade que é a Sagrada Comunhão.
A Eucaristía é o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do próprio DEUS, Vivo e
Verdadeiro, que permanece junto de nós, disponível em todos os sacrários do
mundo, propiciando felicidade e bem-estar nesta vida e ensejando a todos os
seus filhos, um cantinho na eternidade, no seu magnífico Reino de Amor.
"LANCIANO,
Itália, ano 700"
Lanciano é uma pequena cidade medieval,
banhada pelo Mar
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na memória ; Prioridade de tarefa (1..10) ; Milisegundos/frame mínimos p/ sinc
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Adriático, na Itália, entre as cidades de San Giovanni Rotondo e Loreto.
Antigamente a denominavam de “Anxanum”. A mudança de nome foi
com a finalidade de perpetuar uma homenagem à Longino, que segundo a Tradição nasceu
lá e foi o Centurião romano que cravou a sua lança no flanco direito de JESUS Crucificado,
alcançando o Coração do Redentor, para ver se ELE ainda estava vivo, conforme
descreve São João em seu Evangelho (Jo 19,34).
Na sequência dos acontecimentos, a sua
vida
começou a se transformar, despertando o seu espírito e o conduzindo pelo
caminho da conversão. DEUS perdoou o seu abominável sacrilégio e ele,
ao longo da existência, procurou exercitar intensamente a sua amizade e
seu amor ao SENHOR JESUS, de maneira honesta e corajosa. A Igreja
reconheceu a sua notável transformação espiritual que santificou a sua
alma e o colocou entre os Santos do SENHOR. É conhecido como São Longino
e sua imagem está no Vaticano, no Santo Sepulcro em Jerusalém e em
diversos outros altares do mundo. Sua Festa é comemorada no dia 15 de
Março.
Na época em que aconteceu o Milagre que vamos
focalizar, a Igreja de Lanciano estava entregue a proteção dos Santos Legonciano
e Domiciano, e era administrada pelos Monges Basilianos do Rito Grego Ortodoxo.
Um Monge da Ordem de São Basílio (Basiliano),
sábio nas coisas do mundo, mas contudo, vacilava nas coisas da fé. Atravessava um terrível
período de perturbação espiritual e de tal ordem, que o levava a duvidar da presença Real de
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO na Hóstia e no Vinho Consagrados. Todavia, ele lutava
contra aquela abominável tentação e rezava, suplicando ao CRIADOR que iluminasse o seu
espírito e o livrasse daquela dúvida cruel e do medo que envolvia a sua consciência, que o fazia
imaginar estar perdendo a sua vocação sacerdotal e sua fé. Mas ele era um homem fraco, não
conseguia dominar a sua vontade, à medida que passavam os dias, aquele drama interior
aumentava de intensidade e afetava a sua disposição, roubando-lhe até o prazer de
viver.
Por outro lado, a situação do mundo naquela época
não lhe favorecia em nada, para ajudá-lo a fortalecer sua fé. Havia muitas heresias
disseminadas em todas as partes, as quais eram acolhidas por leigos e pessoas da Igreja.
Diversos Bispos e alguns Sacerdotes aceitavam aquelas doutrinas sem uma maior
e mais profunda reflexão. Então imperava uma terrível confusão de idéias,
que deixavam dúvidas nas mentes dos fieis e religiosos, resultando um
grande mal-estar e incompreensões no seio da
Igreja.
Certa manhã, como habitualmente fazia, estava celebrando
a Santa Missa, quando foi acometido por uma incontrolável onda de dúvidas. Envergonhado
consigo mesmo, com um olhar de piedade, contemplou a Hóstia e o Vinho que estavam a
sua frente e que ele começara a rezar a Consagração. De súbito, suas mãos tremeram e seu
corpo foi envolvido por uma vigorosa e profunda emoção.
Permaneceu imóvel, em
silêncio, de costas para o povo (como as Missas eram celebradas antigamente).
Depois de alguns minutos, voltando-se para os fieis que não sabiam o que acontecia
e aguardavam com expectativa e ansiedade, falou:
“Ó testemunhas afortunadas, a quem
o Santíssimo DEUS, para destruir a minha falta de fé, quis revelar-SE a SI Mesmo neste Bendito
Sacramento e fazer-SE visível diante de nossos olhos. Venham irmãos, venham todos e
maravilhem-se com o nosso DEUS tão próximo de nós. Venham contemplar a Carne
e o Sangue de nosso Amado CRISTO”.
A Hóstia tinha se transformado em Carne e o Vinho
convertido em Sangue do SENHOR.
As pessoas presenciando o Milagre ficaram
emocionadas e surpresas, repletas de alegria pela infinita bondade Divina em lhes proporcionar
tão extraordinária manifestação. Por isso, clamavam perdão e misericórdia
para as suas vidas, declarando-se indignas de presenciarem tão grandioso e
comovente Milagre.
Com o avançar das horas, quando retornaram às suas casas,
divulgaram a auspiciosa notícia por onde passavam. Em pouco tempo, toda a cidade ficou
sabendo da notável manifestação sobrenatural e afluíram à Igreja, centenas
e milhares de pessoas, que superlotaram todas as dependências do templo cristão,
porque todos estavam ávidos de verem o Corpo e o Sangue de JESUS.
O Milagre ocorreu no ano 700 de nossa era e causou um
efeito admirável, porque atuou preponderantemente sobre a crença daquele Sacerdote Basiliano
convertendo o seu coração e de muitas pessoas frias e indiferentes, que não acreditavam
na Sagrada Eucaristia, na presença Real de JESUS, com o Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade,
na Hóstia e no Vinho Consagrados.
É importante destacar que desde a data do acontecimento,
a Igreja acolheu o Milagre como “um verdadeiro Sinal
do Céu” e venerou o Corpo e o Sangue do SENHOR nas procissões
que anualmente são realizadas no dia da Festa, ultimo domingo do mês de Outubro.
Inicialmente o Milagre foi conservado num artístico relicário
de marfim. Posteriormente foi colocado num magnífico Ostensório de ouro.
O Sangue do SENHOR no momento do Milagre, coagulou
em cinco porções, como se fossem cinco pelotas. Elas guardam uma incrível propriedade: cada
bola de sangue coagulado tem o mesmo peso que as outras quatro juntas.
O Sangue adquiriu uma cor marrom-sépia. A Carne ficou
com
uma cor grená-escuro. Entretanto, quando se coloca uma lâmpada por trás, ela adquire
uma cor rosada.
A Igreja de Lanciano permaneceu sob a custódia dos Monges
de São Basílio até 1176, quando assumiram os Padres Beneditinos e permaneceram até 1252. A
seguir vieram os Franciscanos e tiveram que fazer muitas obras, porque a
estrutura do templo estava comprometida.
Em 1258, os Franciscanos construíram uma nova Igreja, no
local da antiga, e a colocaram sob a proteção de São Francisco.
Em 1515 o Papa Leão X implantou em Lanciano uma sede
episcopal e em 1562, o Papa Pio IV emitiu uma Bula elevando a condição de sede Arcepiscopal.
Em 1887 o Arcebispo de Lanciano, Monsenhor Petrarca,
obteve do Papa Leão XIII, indulgência plenária perpétua para quem visitasse o Milagre
Eucarístico no período da Festa, último domingo de Outubro e nos seguintes oito dias da
oitava, em cujo período transcorre as celebrações em honra do Sangue e do
Corpo do SENHOR.
Em 1566, com a ameaça de invasão pelos turcos, Frei
Giovanni Antônio de Mastro Renzo que era o pároco, e seus companheiros, construíram uma
Capela especial e bem protegida, a Capela Valsecca, onde o Milagre de JESUS Eucarístico
foi abrigado com segurança. Ali permaneceu até o ano 1902, quando construíram um magnífico
Altar com dois Tabernáculos: no superior, colocaram o Ostensório Especial com o Milagre
e no inferior, está o Sacrário com as Hóstias Consagradas nas Santas Missas,
para serem consumidas pelos fieis. Pela parte de trás do Altar, tem uma pequena escada
de acesso, por onde as pessoas podem subir e admirar bem de perto o Ostensório com o
extraordinário Milagre.
A emoção da visita é sempre grande e proporciona
manifestações
espontâneas que atestam à admiração e a comoção
das pessoas, diante do próprio DEUS.
Ao longo dos séculos, muitas pesquisas foram feitas
com a Carne e o Sangue do Milagre Eucarístico. As investigações
modernas foram concluídas em 1970 e atestaram:
1 – A Carne é verdadeira carne
humana.
2 – A Carne é um pedaço do
tecido muscular do coração (miocárdio).
3 – O Sangue também é
humano.
4 – A Carne e o Sangue têm
o mesmo tipo sanguíneo:“AB”.
5 – No Sangue encontram-se
proteínas na mesma proporção que se encontra num sangue humano vivo.
6 – No Sangue também se
encontram sais minerais em proporções idênticas as encontradas num ser humano normal:
dosagem do cloro, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio.
7 – A preservação da Carne e do
Sangue durante 12 séculos, sem a ajuda de qualquer conservante ou ingrediente químico,
é perfeita e admirável.
“SANTARÉM, Portugal,
ano 1247”
A bruxa logo lhe
prometeu sucesso, dizendo que ia mudar a conduta de seu marido, isto se ela
seguisse as suas recomendações. Pediu que a mulher levasse uma Hóstia
Consagrada. Diante do espanto da mulher, a feiticeira lhe instruiu dizendo que
fingisse uma enfermidade e comunicasse a sua doença a Igreja, assim ela seria
autorizada a receber a Comunhão durante a semana e teria a oportunidade
de levar a Hóstia Consagrada para ela fazer o trabalho.
A mulher ficou aterrorizada, porque
sabia que aquele pedido era um sacrilégio. Por isso, permaneceu em silêncio,
não disse nada. Saiu da presença da bruxa e por longo tempo não voltou,
ficou pensando naquele pedido estranho e tentava solucionar a dúvida
que afligia o seu coração.
Por fim, imaginando
a possibilidade de converter o marido e alcançar a sonhada felicidade que
buscava para a sua vida matrimonial, decidiu e inventou uma grande mentira.
Contou ao sacerdote que estava muito doente e precisava receber JESUS no
Santíssimo Sacramento. O pároco concedeu a licença e ela foi
receber a Sagrada Comunhão na Igreja de São Esteves.
No momento da Comunhão, ela estava
visivelmente emocionada e com um imenso drama de consciência. Ao receber
JESUS Sacramentado na língua, não consumiu a Hóstia. Guardou-a e deixou a
Igreja imediatamente, seguindo em direção a casa da feiticeira. Contudo a Partícula
Sagrada começou a sangrar. Várias pessoas que passavam por ela na rua, notaram
manchas de sangue em sua roupa e pensaram que ela estivesse com algum problema
de saúde, talvez com uma hemorragia... Diante do acontecido, o medo tomou conta
de seu coração. Decidiu não continuar com o projeto. Levou a Hóstia Consagrada
para casa, envolveu-a num lenço bem limpo e completou a proteção com um
tecido de linho branco. Depois, a colocou num baú que possuía no quarto
de casal.
Todavia, durante a noite ela e o marido
foram acordados por uma radiação clara e brilhante que vinha do baú e iluminava
inteiramente o quarto. Espantados e comovidos, viram dois Anjos abrirem o baú
e libertaram NOSSO SENHOR EUCARÍSTICO daquela prisão. Sem palavras
e admirados com aquele fato, viram o baú aberto, o tecido de linho arrumado
e a pequena Hóstia branca bem no meio do lenço aberto. E diante daquela
realidade, chorando e arrependida pelo pecado cometido, a esposa contou
ao marido a verdade sobre o acontecido. Ambos chorando e emocionados
passaram a noite de joelhos rezando diante NOSSO SENHOR EUCARÍSTICO,
suplicando perdão por aquele terrível desatino. E assim então permaneceram
em estado de vigília e de adoração.
Quando amanheceu, apareceram
na residência do casal diversas pessoas. Elas foram atraídas por lampejos
e brilhos como se fossem pequenos relâmpagos, que saíam do telhado da
casa. Repletas de curiosidade foram até o local para saber o que estava
acontecendo. Foi então que conheceram o fato, narrado pela voz
emocionada do casal e assim, testemunharam o notável milagre.
Um padre foi convidado
a comparecer e levou a Hóstia Consagrada em procissão para a Igreja.
Por ordem superior, a Partícula foi colocada num recipiente e lacrada com
cera de abelha.
Dezenove anos depois aconteceu
outro milagre. Um outro sacerdote abrindo o Tabernáculo notou que o recipiente
cristalino que guardava aquela Hóstia, que foi lacrado com cera de abelha,
estava com o lacre quebrado e a Partícula Sagrada tinha se transformado
em Sangue do SENHOR, que estava visível dentro do
recipiente cristalino fechado.
As autoridades eclesiásticas em respeito,
objetivando homenagear a Manifestação Divina, encomendaram um precioso
Relicário onde colocaram o Milagre, que se mantém na Igreja do Santo Milagre,
a visitação e veneração dos fieis.
Desde aquela época até hoje, todos os anos, no
segundo domingo do mês de Abril, o Relicário em procissão, percorre as ruas de
Santarém, até a casa onde morava aquela mulher. Na mencionada casa, transformada
em Capela Diocesana, construíram um bonito e respeitoso Altar.
“SEEFELD, Áustria,
ano 1384”
Naquela época o senhor Knight Milser
era o guardião do Castelo de Schlossberg, localizado ao norte do lugarejo.
O castelo foi estrategicamente construído para proteger uma importante
estrada de acesso e servir como fortaleza, para defender os moradores
da localidade. O senhor Knight sempre se mostrou orgulhoso da posição que
ocupava e de sua autoridade. Por isso mesmo, estava sempre em evidência,
nas colunas sociais e nos albergues de maior frequência. Todos os fatos
que aconteciam com ele ou com pessoas aparentadas, ou de sua relação
de amizade, forçosamente eram publicados no jornal da comunidade:
A Crônica Dourada de Hohenschwangau.
Certa manhã, ele foi com alguns de seus
seguidores a Igreja Paroquial. Cercou o Padre e a congregação com homens
bem armados. Por sua autoridade, exigiu do sacerdote que ia celebrar a Santa
Missa, comungar com a Hóstia grande, aquela utilizada pelo Padre na cerimônia.
Segundo ele, a Hóstia pequena tinha pouco valor. O Padre sentindo-se pressionado
ficou apreensivo, porque recusar um pedido ao senhor Knight poderia significar
a morte.
No momento da Comunhão, o profanador com
a espada puxada e a cabeça coberta, estacionou à esquerda do altar e ali permaneceu.
O Padre vendo aquela ameaça lhe deu a Hóstia Grande Consagrada.
No mesmo momento
em que o senhor Knight a colocou na boca, impressionantemente o
solo se abriu embaixo de seus pés, fazendo com que ele se afundasse até os
joelhos. Assustado e com uma palidez mortal, quis sair dali; segurou no Altar
com decisão, com ambas as mãos como se segurasse numa taboa de salvação,
e tanto esforço fez que suas impressões digitais ficaram gravadas na mesa do Altar
e podem ainda hoje serem vistas. Mesmo assim, não conseguiu sair daquele lugar.
Cheio de
terror, implorou ao Padre para remover a Hóstia Consagrada que estava em
sua boca, porque ele também não a conseguia engolir, ela estava lhe sufocando.
O sacerdote se aproximou e assim que retirou a Sagrada Espécie, o chão
ficou firme novamente. A Hóstia retirada da boca do senhor Knight estava
totalmente vermelha, impregnada com o Sangue de JESUS.
O profanador aflito, logo que conseguiu
sair daquela posição incômoda, apressou-se em chegar
ao Mosteiro de Stams, onde chamou um sacerdote e arrependido,
confessou os seus muitos pecados.
A partir daquele dia, mudou o seu comportamento
e o seu proceder, vivendo uma existência santa, dedicada as orações, aos exercícios
de penitência e também, ajudando aos mais necessitados da comunidade.
Morreu dois anos após e conforme o seu
desejo, foi enterrado numa área próxima a capela do Santíssimo Sacramento
do Mosteiro. O manto aveludado que usava durante a Santa Missa naquela quinta-feira
Santa que ocorreu o Milagre, mandou cortar e fazer uma casula sacerdotal, a qual
doou ao Mosteiro de Stams. A Hóstia do Milagre foi guardada num Cibório por
determinação da autoridade eclesiástica, até a confecção de um belíssimo
Relicário de Prata em estilo gótico, muito bonito, também encomendado
pelo convertido.
Na cena do milagre ainda é
mantido o buraco no piso, onde o senhor Knight afundou até os joelhos. Por
motivo de segurança, o buraco foi coberto com um grelha de ferro para evitar
que alguém distraidamente caísse nele. Entretanto a grelha pode ser removida
e assim, as pessoas que desejarem, podem examinar minuciosamente o interior
do buraco.
O Altar de pedra, onde aconteceu o Milagre,
está localizado na sua posição original. Ficou um pouco distante do Altar Novo
que é mais alto e foi construído quando a Igreja foi aumentada.
O Altar Novo está mais alto propositalmente, a fim de ficar
separado do Altar do Milagre.
Tudo foi organizado de forma que uma diferença
na altura da laje dos dois altares e uma distância de alguns metros que os separam,
permite uma visão clara do Altar do Milagre. Nele ainda se pode ver, as impressões
digitais das mãos do senhor Knight cujos dedos afundaram na pedra na hora do
acontecimento sobrenatural.
Não se sabe quando a Igreja
de São Oswaldo foi construída, mas a ocorrência é mencionada numa
crônica de 1320. A igreja atual teve sua construção concluída em 1472.
Em 1984 a Igreja de São Oswaldo festejou
600 anos de aniversário do Milagre Eucarístico.
Em 1317, um Padre de Viversel que ajudava
na cidade de Lummen, foi solicitado a levar o Santo Viático (Sagrada Comunhão
ministrada aos doentes e idosos) a um homem da aldeia que estava enfermo.
Levando um Cibório com uma Hóstia Consagrada, o padre entrou na casa
e colocou o utensílio sagrado encima de uma mesa na Sala, enquanto foi
conversar com a família e o doente, no quarto.
Na cidade de Daroca, localizada
no nordeste da Espanha, os habitantes se orgulham de seu passado
histórico e de sua importância durante os tempos romanos. É protegida por
muros altos em todos os lados e possui mais de cem torres para vigilância e observação.
Está a 75 quilômetros de Zaragoza e foi escolhida pelo SENHOR para
uma notável Manifestação Sobrenatural Eucarística.
Os habitantes felizes com o
desfecho providenciaram a construção de uma Igreja, para ser a depositária dos
preciosos "Panos Sagrados". Num altar especial colocaram os dois Corporais dentro de molduras com
vidros protetores, a fim de que os fieis pudessem apreciar e venerar com segurança,
as seis manchas com o Sagrado Sangue do SENHOR. Atualmente a Igreja em Daroca
onde estão os "Corporais Sagrados"
é denominada, Igreja de Santa Maria Colegiada, ou simplesmente
“A Colegiada”.
Nas paredes foram pintadas cenas admiráveis do milagre, e junto ao altar, existem
muitas imagens e estátuas feitas de alabastro, multicoloridas, no estilo medieval.
O Milagre Eucarístico que
aconteceu em Faverney, na França consistiu numa notável demonstração
sobrenatural de superação da lei da gravidade.
“HASSELT,
Bélgica, ano 1317"
Outro homem que estava em pecado mortal,
provavelmente algum parente da família, passando pela Sala e vendo o Cibório
ficou cheio de curiosidade, removeu a tampa de cobertura e segurou na Hóstia
Consagrada. Imediatamente a Hóstia começou a sangrar. Assustado, jogou-a dentro
do Utensílio Sagrado e saiu apressado. Quando o padre veio pegar o Cibório para
ministrar a Comunhão ao enfermo, o encontrou aberto! Surpreso, observou também
que a Hóstia estava com manchas de sangue. Então ficou indeciso sobre o que devia
fazer... Entretanto logo a seguir, decidiu procurar o senhor Bispo e levou o fato ao seu
conhecimento. O pastor percebeu que se tratava de uma Manifestação Eucarística
Sobrenatural e por essa razão, o aconselhou a levar a Hóstia Milagrosa a um
Sacrário na Igreja das freiras Cisterciense em Herkenrode, aproximadamente
50 quilômetros de distancia do local onde estavam.
O mencionado Convento que está perto de
Liege, na Bélgica, foi fundado no século XII e pertence às freiras Cistercienses.
Por causa da reputação venerável e repleta de santidade da comunidade
religiosa, o senhor Bispo escolheu aquele local, porque estava convencido de que lá
seria o lugar mais adequado para acolher a Hóstia Milagrosa.
O sacerdote viajou para o
Convento das Irmãs e assim que chegou, descreveu o acontecido. A seguir, acompanhado
das Irmãs e em procissão entraram na Igreja e aproximaram-se do altar. Quando
abriu o Sacrário para colocar o Cibório com a Hóstia Milagrosa, teve uma visão de CRISTO
com a coroa de espinhos, que também foi visto pelas pessoas presentes.
NOSSO SENHOR parecia dar um sinal especial de que a vontade DELE era permanecer
ali. Por causa desta visão e da presença da Hóstia Milagrosa,
Herkenrode tornou-se um dos lugares mais
famosos de peregrinação na Bélgica.
A Sagrada Hóstia permaneceu na
Igreja em Herkenrode até 1796, época da Revolução francesa, quando as
freiras foram expulsas do Convento. Naquele tempo terrível a Hóstia foi
confiada aos cuidados de diferentes famílias. Conta-se que foi até
acomodada numa caixa metálica comum e embutida na parede
da cozinha de uma casa.
Em 1804, a Hóstia foi removida do
esconderijo e levada em solene procissão para a Catedral de São Quintino em
Hasselt. O mencionado Templo possui uma bela arquitetura gótica e foi construído
no século XIV. Em suas paredes contém pinturas impressionantes dos séculos XVI
e XVII que recordam os eventos da história do Milagre. Mas muito mais importante
que a construção e a beleza da Catedral de Hasselt, é o Relicário com a Hóstia
Sagrada do notável Milagre Eucarístico ocorrido em 1317 que ela abriga,
em esplêndida condição de conservação, sem a utilização de qualquer
ingrediente químico. O Relicário foi colocado num Altar especial,
que está permanentemente aberto a veneração
dos fieis.
“DAROCA, Espanha,
ano 1239”
O passado da cidade ainda parece vivo mostrando
muros e castelos medievais, torres, praças e ruas conforme o traçado romano daquela
época. Nas igrejas e museus pode ser encontrada a inestimável arte romana e dos mouros,
observando-se também a predominância do estilo gótico e a influência do
Renascimento.
Todavia, embora tenha toda esta riqueza histórica,
o maior tesouro de Daroca é a relíquia dos "Sagrados Corporais", que data de 1239,
quando aconteceu o milagre. Por aquele ano, quando a cidade de Valencia
estava sob o reinado do Rei católico Dom Jaime, o rei sarraceno Zaen Moro
decidiu tomar a cidade com as tropas que haviam chegado do norte da África.
O rei católico vendo as intenções do sarraceno, e sabendo que a força militar
espanhola era menor, ordenou oferecer uma Santa Missa ao ar livre,
e encorajou os soldados e oficiais, a receberem a Sagrada
Eucaristia. O Rei Jaime assegurou aos militares que se eles fossem fortalecidos
espiritualmente com o Corpo do SENHOR, poderiam lutar sem medo porque
receberiam a proteção e a ajuda Divina.
Assim que terminou a Consagração, os Sarracenos
fizeram um ataque de surpresa. O sacerdote que celebrava a Santa Missa ficou confuso
e aterrorizado com o estrondo dos canhões, dos tiros, gritos e toda a confusão que se
formou. Por isso, ao invés de consumir as seis Hóstia que foram Consagradas, as colocou
por segurança entre dois Corporais. Rapidamente dobrou os Corporais e desceu do altar
improvisado, colocando os Corporais com as Hóstias, debaixo de uma pedra a uma
pequena distância.
Num intervalo da batalha, quando os sarracenos
se retiraram para agrupar as
suas forças, os soldados católicos
se ajoelharam diante do altar para dar graças a DEUS por aquela primeira vitória
alcançada. Os comandantes solicitaram ao padre Mateo Martínez que lhes ministrasse
a Sagrada Comunhão, como testemunho de agradecimento e ação de graças a DEUS,
por aquela primeira vitória alcançada. Sem perca de tempo, o padre encontrou os Corporais
e abriu para verificar se estava tudo bem com as Hóstias Consagradas. Ficou perplexo com
o que viu! As seis Hóstias tinham desaparecido e em seu lugar ficaram seis manchas do
precioso sangue do SENHOR. Tinha acontecido uma notável Manifestação Milagrosa.
Apressado, o sacerdote subiu ao altar improvisado e mostrou aos militares o
Corporal com as manchas do Sangue de JESUS, para reverência e veneração de todos.
Eles rezaram e acolheram aquele Milagre como um
esplendido sinal de DEUS, que lhes dava forças para expulsar os hereges sarracenos.
Voltaram ao campo de batalha contra os Mouros e recapturaram o Castelo de Chio,
fazendo com que eles fugissem dalí.
O mérito desta batalha triunfal foi concedido
integralmente ao Milagre Eucarístico, realizado pelo SENHOR.
A notícia do milagre circulou
ligeira e inclusive despertou ciúmes nos habitantes das cidades vizinhas. Como a
celebração da Santa Missa foi realizada no campo, bem distante da
cidade de Valência, as três cidades: Teruel, Calatayud e Daroca, reivindicaram
que o milagre havia acontecido dentro de suas jurisdições territoriais. Todas as três
queriam ficar com a custódia dos Santos Corporais. O assunto
foi debatido durante muito tempo e depois de muitas palavras, decidiram que a disputa
seria resolvida através de sorteio. Embora fosse um critério incomum, foi o escolhido de
comum acordo entre as partes. Através da sorte seria indicada a cidade que ficaria na
posse dos Panos Sagrados. Concordaram ainda, que os Corporais, devidamente
acondicionados e protegidos, seriam colocados sobre uma mula (era um transporte
normal naquela época) e o animal deveria escolher qual a direção e o caminho
a seguir. E assim foi feito! A mula depois de vaguear e fazer duas pequenas
voltas encaminhou-se para o portão da cidade de Daroca.
Então Daroca foi a cidade escolhida.
“FAVERNEY, França,
ano 1600”
Faverney está localizado a 20 quilômetros
de Vesoul, no Departamento de Haute Saône, Região Administrativa de "Franche-Comtè",
distante 68,7 quilômetros de Besançon.
A Abadia onde se encontra a Igreja em que aconteceu
o milagre foi fundada por São Gude no século VIII e pertencia a Ordem eclesiástica de São
Benedito. O Templo foi colocado sob a proteção de Nossa Senhora de La Blanche, representada
por uma pequena imagem colocada à direita do Altar Principal, na Capela do Coro. Desde a sua
fundação, a Abadia estava entregue as freiras, mas a partir de 1132, os monges
as substituíram.
No inicio de 1600 a vida religiosa do povo não era
tão fervorosa o quanto deveria ser. O difícil aparecimento de vocações revelava
a falta de estímulo espiritual da comunidade leiga. Por outro lado, viviam na Abadia
somente seis monges e dois noviços. Eles eram os responsáveis para manter a fé das pessoas,
debilitada pela terrível influência protestante. Com este objetivo, os monges procuravam sempre,
realizar todas as cerimônias tradicionais constantes do calendário litúrgico, revestidas com a
maior solenidade, objetivando despertar o fervor espiritual da população. Também cultivavam
com interesse e frequência, a reza da Via Sacra, a reza do Terço ou Rosário e
a adoração do Santíssimo Sacramento.
Para a celebração da Festa de Pentecostes em 1608,
montaram um magnífico Altar de madeira próximo ao Portão de entrada do Coro, todo ele
adornado com belíssimas flores. E de fato, a cerimônia religiosa realizada no domingo de
Pentecostes foi bonita e participada por um grande número
de fieis, que lotavam o templo. Ao
anoitecer, os Monges fecharam as portas da Igreja e foram repousar, deixando duas
lâmpadas com óleo para iluminar o Santíssimo Sacramento num Ostensório, que
permaneceu exposto sobre o Altar.
No dia seguinte, segunda-feira 26 de Maio, quando
o sacristão Don Garnier abriu as portas da Igreja, observou que havia muita fumaça
e chamas em quantidade, que subiam por todos os lados do Altar. Apressou-se em avisar
os Monges, que imediatamente se uniram aos leigos e com todo empenho procuraram
salvar a Igreja, porque as chamas violentamente devoravam o Altar e ameaçavam se
espalhar e consumir todo o templo. Um dos noviços chamado Hudelot, foi o primeiro
a notar que o Ostensório com o Santíssimo Sacramento, elevou-se do Altar e ficou
suspenso no ar e que as chamas se inclinavam e não tocavam nele. Estava acontecendo
um notável milagre! As pessoas que estavam na Igreja ajudando a apagar o incêndio
ao verem aquele fenômeno ficaram impressionadas e a notícia se espalhou depressa.
Os habitantes do lugarejo, pessoas que residiam nas proximidades, gente de todas as idades
vieram ligeiro a Igreja para ver o que estava acontecendo. Os Frades Capuchinhos de Vesoul
ao tomarem conhecimento do fato, também se apressaram em vir observar e testemunhar o
fenômeno que se mantinha. Mesmo tendo conseguido debelar e apagar o incêndio,
o Milagre não cessou, o Ostensório com JESUS Sacramentado continuou flutuando no espaço.
As pessoas que chegavam, ajoelhavam em demonstração de respeito, de temor e em sinal de
adoração, diante do Ostensório suspenso no ar. Também diversos céticos que souberam da
notícia chegaram mudos, sem palavras e sem argumentos e se aproximaram para constatar
aquele notável milagre que acontecia.
Ao longo do dia e durante a noite
os Monges não estabeleceram nenhuma restrição, e os curiosos puderam
livremente visitar a Igreja e presenciar o fenômeno, que continuava do mesmo modo.
Na manhã de terça-feira, dia 27
de Maio, o Milagre permanecia. Vieram padres dos bairros circunvizinhos e de outras
cidades e se organizaram para celebrar a Santa Missa em horários seguidos, enquanto
o Ostensório se mantinha suspenso no ar. Na Santa Missa das 10 horas da manhã que
foi celebrada pelo Padre Nicolas Aubry, Pároco de Menoux, no momento da Consagração
as pessoas presenciaram que o Ostensório mudou a sua posição e desceu suavemente
sobre aquele Altar improvisado, onde estava sendo celebrada a Santa Missa. NOSSO
SENHOR determinava naquele momento o final do admirável Milagre Eucarístico, no
qual a Sagrada Hóstia permaneceu dentro do Ostensório suspenso no ar durante
33 horas.
No dia 31 de Maio, uma investigação foi ordenada
por Sua Excelência o senhor Arcebispo Ferdinand de Rye. Foram recolhidos cinquenta
e quatro testemunhos de monges, padres, autoridades, homens e mulheres do povo. Em 30
de Julho de 1608, depois de estudar os testemunhos e o material colecionado durante a
investigação, o senhor Arcebispo decidiu afirmar que havia acontecido de fato,
um notável Milagre Eucarístico.
Examinando alguns detalhes da ocorrência,
observamos:
O Altar era de madeira e foi
quase que completamente reduzido a cinzas, com exceção dos pés. Também queimou
totalmente a toalha de linho e o Corporal que estavam sobre a Mesa de Celebrações,
assim como um dos lustres que decorava o Altar. Ele foi encontrado derretido pelo
calor do fogo. Todavia o Ostensório que abrigava JESUS Sacramentado estava perfeito,
misteriosamente preservado de qualquer dano. As duas Hóstias Consagradas que se
encontravam dentro dele, permaneceram intactas. Também foram poupados e
permaneceram sem nenhum dano quatro preciosidades que estavam dentro de um tubo
cristalino preso ao Ostensório:
1 - uma relíquia de Santa Agatha;
2 - um pequeno pedaço de seda que protegia a relíquia;
3 - uma proclamação de indulgências pelo Santo Padre, o Papa;
4 - uma carta episcopal em que a cera do selo derreteu e correu sobre o pergaminho, sem, contudo alterar o texto.
1 - uma relíquia de Santa Agatha;
2 - um pequeno pedaço de seda que protegia a relíquia;
3 - uma proclamação de indulgências pelo Santo Padre, o Papa;
4 - uma carta episcopal em que a cera do selo derreteu e correu sobre o pergaminho, sem, contudo alterar o texto.
54 pessoas testemunharam sobre o acontecimento
sobrenatural, inclusive padres de outras Ordens Religiosas. Eles fizeram
declarações sob juramento e assinaram um documento que
ainda é conservado.
Como a Igreja possuía piso de madeira, eles
disseram que a suspensão do Ostensório não foi afetada pelas vibrações
das pessoas se movimentando ao redor para melhor observar o milagre,
nem das pessoas que entravam e saiam do templo, assim como da
atividade dos monges empenhados na imediata remoção do material
queimado pelo fogo e da montagem de um altar provisório. Posteriormente
uma pedra de mármore foi colocada ali para marcar o local do milagre.
Nela estão cinzeladas as palavras "Lieu du Miracle" -
"Lugar do Milagre".
Em dezembro de 1608, uma das duas
Hóstias que estavam no Ostensório da suspensão milagrosa foi
transferida solenemente para a cidade de Dole, que era a capital do município.
Durante a Revolução Francesa
infelizmente o Ostensório do Milagre foi destruído, mas a Hóstia Consagrada
foi preservada de qualquer dano por membros do conselho municipal de Faverney
que a manteve escondida até passar o perigo. Depois, mandaram confeccionar outro
magnífico Ostensório onde colocaram a mesma Sagrada Hóstia do Milagre. A Santa
Partícula encontra-se em perfeito estado de conservação e disponível à veneração dos
fieis na Igreja de Nossa Senhora de La Blanche.
“REGENSBURG,
Alemanha, ano 1257”
Durante muitos anos havia em Regensburg
(antigamente chamado Ratisbon) uma Capela entregue a proteção de São Salvador
que tem uma história muito interessante relacionada com o Santíssimo Sacramento.
No dia 25 de Março de 1255, uma
quinta-feira Santa, padre Dompfarrer von
Ulrich Dornberg levou o
Santíssimo Sacramento para diversos membros de sua paróquia que estavam
doentes. Na trajetória tinha que atravessar um pequeno córrego chamado
Bachgasse. Cuidadosamente colocou o pé numa prancha estreita de madeira
que servia como ponte, para passar de um lado para o outro, mas deslizou
e perdeu o equilíbrio, caindo de suas mãos o Cibório com as Hóstias
Consagradas que se espalharam na margem do córrego. Foi com muita
dificuldade que conseguiu recolher as Partículas Sagradas uma a uma,
por causa da lama.
Os paroquianos quando souberam do acontecido,
decidiram em sinal de reparação pelo desrespeito ao Santíssimo Sacramento, construir
uma Capela no local onde as Hóstias Consagradas ficaram sujas de lama, ainda
que o incidente não tenha sido intencional.
A construção de uma capela de madeira foi começada
no mesmo dia e concluída três dias depois, ou seja, em 28 de março. O
Bispo Albert de Regensburg denominou à pequena estrutura de madeira de Capela
de São Salvador e a consagrou no dia 8 de setembro de 1255.
O famoso milagre que colocou Regensburg na História
da Igreja aconteceu dois anos depois, exatamente nesta mesma Capela entregue a
proteção de São Salvador.
Um padre cujo nome não é conhecido celebrava a
Santa Missa na Capela, em todos os fins de semana, aos sábados e domingos.
Todavia ele tinha um sério problema íntimo, pois
duvidava da Presença Real de JESUS na Sagrada Eucaristia. Havia ocasiões em
que a crise da falta de fé aumentava tanto, que ele ficava desnorteado, sem
rumo certo, celebrando a Santa Missa como se fosse um autômato, sem fé,
sem esperança e sem estímulo.
Certo dia entrou na Capela para a
celebração e se sentia meio fora do normal. Existia uma angústia em seu coração
que colocava um sorriso sarcástico em seus lábios e acendia a desconfiança em
seu espírito. E assim, sem nenhuma motivação iniciou a celebração da Santa
Missa.
Diante do Altar tinha um Crucifixo
grande onde JESUS Crucificado parecia estar vivo. Quando o sacerdote começou a
Consagração, NOSSO SENHOR da Cruz estendeu a mão e retirou o Cálice das mãos
dele! Com o susto do inesperado ele tremeu e recuou um passo, permanecendo estático
e assustado, contemplando atentamente o SENHOR com o Cálice na mão. Uma força
estranha percorreu todo o seu corpo, produzindo tremor e fraqueza nas pernas,
fazendo com que ele se prostrasse com os joelhos no chão em sinal de profundo
arrependimento, ao mesmo tempo em que as lágrimas desceram de seus olhos.
Compreendeu a grandeza do pecado que cometeu e que, portanto, se tornava urgente
e necessária a sua reconciliação com o SENHOR. Abaixou a cabeça e interiormente
fez uma sincera súplica de perdão. Assim permaneceu por alguns minutos. Depois ficou
olhando para JESUS... Até que percebeu, que ELE queria devolver-lhe o Cálice com o
Sangue Redentor. Levantou-se e respeitosamente segurou o Cálice que o SENHOR
deixou em suas mãos. As pessoas que participavam da Santa Missa ficaram
impressionadas e comovidas, testemunharam todo o Milagre Eucarístico,
que logo foi divulgado intensamente em todas as partes.
Após a celebração, o sacerdote
respeitosamente beijou os pés do CRISTO Crucificado e deixou rapidamente
o recinto. Nunca mais foi visto. Algumas pessoas disseram que ele entrou num
Mosteiro em Ulms e lá permaneceu recluso até a sua morte.
Depois do milagre multidões de
pessoas vieram visitar o famoso CRISTO da Capela de São Salvador. Com as doações
reformaram totalmente a Capela reforçando a estrutura e edificando-a com pedras.
Quando a concluíram no ano de 1260, mudaram o nome para “Kreuzkapelle”, palavra alemã que significa “Capela
da Cruz” em honra ao Crucifixo Milagroso que nela
permaneceu e ficou sendo venerado pelos fieis.
Em 1267 foi construído um Mosteiro no terreno ao
lado da Capela de pedra e ela, foi confiada a Ordem dos Agostinianos Eremitas. Em 1542
a Capela foi confiscada pelos luteranos e durante séculos passou a ser usada como dormitório.
Contudo, os objetos sagrados e inclusive o CRISTO Crucificado foram salvos e escondidos,
graças à coragem e o desprendimento de fieis que verdadeiramente amavam a Igreja. E por
causa da perseguição luterana o Crucifixo Milagroso jamais foi mostrado ao público e
por isso mesmo, com a sequência dos anos, ficou no esquecimento e hoje ninguém sabe
nenhuma notícia sobre ele.
Por outro lado, depois de longo tempo ocupada pelos
luteranos, a Capela ficou fechada e esquecida. Foi demolida na época da
Segunda Grande Guerra Mundial.
Regensburg está situado na Bavária, parte sul da
Alemanha, próximo a Munique. Naquela época pertencia a administração de Munique.
Nos arquivos da Cúria Arquidiocesana de Munique estes acontecimentos
estão registrados, mas o nome do sacerdote propositalmente foi ocultado.
INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA
Quando chegou o momento
de Sua partida para a eternidade, JESUS bondade infinita nos ofereceu o melhor
presente: instituiu a Sagrada Eucaristia, Presença Real DELE Mesmo com Seu
Corpo, Sangue, Alma e Divindade na Hóstia e no Vinho Consagrados. Esta foi
à maneira sensível que o SENHOR JESUS escolheu para permanecer junto
do povo que ELE Salvou e Redimiu. ELE é verdadeiramente o pão descido do Céu,
alimento espiritual, força e inspiração para a humanidade na caminhada existencial,
poderoso elo que une e congrega todos os fieis ao redor de um único Altar até a
consumação dos séculos, porque ELE é DEUS, com o PAI e o ESPÍRITO SANTO.
São Mateus registrou aquele inesquecível
momento escrevendo as palavras que JESUS falou:
"Enquanto comiam
(a Ultima Ceia),
JESUS tomou um pão e, tendo abençoado, partiu e, distribuindo aos discípulos, disse:
Tomai e comei, isto é o Meu Corpo
. Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-lhes dizendo: dele Bebei todos, pois isto é o Meu
Sangue, o Sangue da Aliança, (nova Aliança) que é derramado por muitos para remissão dos
pecados". (Mt 26,26-28)
São Marcos registrou assim:
"Enquanto comiam, ELE
tomou um pão, abençoou, partiu-o e distribuiu-lhes, dizendo: Tomai isto é o Meu Corpo.
Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-lhes, e todos dele beberam. E
disse-lhes: Isto é o Meu Sangue, o Sangue
da Aliança (nova Aliança), que é derramado em favor de muitos". (Mc 14,22-24)
São Lucas anotou as seguintes palavras do
SENHOR:
"E tomou um pão, deu
graças, partiu e distribuiu-o a eles, dizendo: Isto
é o Meu Corpo que é dado por vós. Fazei isto em Minha memória. E, depois de comer, fez o mesmo com o cálice, dizendo:
Este cálice é a Nova Aliança em Meu Sangue, que é
derramado em favor de vós". (Lc 22,19-20)
São Paulo descreve como JESUS lhe ensinou:
"Com efeito, eu mesmo recebi
do SENHOR o que vos transmiti: na noite em que foi entregue o SENHOR JESUS tomou
o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: Isto
é o Meu Corpo, que é para vós; fazei isto em memória de MIM. Do mesmo modo, após a Ceia, também tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a nova Aliança em Meu Sangue; todas as vezes
que dele beberdes, fazei-o em memória de MIM".
(1Cor 11,23-25)
O Apóstolo São João que estava ao lado do Mestre
descreveu assim as palavras que JESUS pronunciou na Última Ceia:
"Em verdade, em verdade, vos
digo: se não comerdes a Carne do FILHO do Homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis
a vida em vós. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue tem a vida eterna e EU
o ressuscitarei no último dia. Pois a Minha Carne é verdadeira comida e o Meu
Sangue, verdadeira bebida. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue permanece
em MIM e EU nele". (Jo 6,53-56)
As palavras de JESUS são claras
e compreensíveis. Naquele momento de despedida criou o misterioso Fenômeno
da Transubstanciação, que acontece em todas as Santas Missas no instante da
Consagração. As espécies de pão e vinho são transformadas pelo ESPÍRITO SANTO
no seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, mantendo, entretanto a aparência original
das mesmas espécies.
Isto significa dizer, que verdadeiramente JESUS
está presente na Hóstia Consagrada, em Pessoa e Divindade. Então, a Sagrada
Comunhão não pode e não deve ser considerada como um "símbolo" ou como uma
"representação"
do SENHOR, porque é ELE Mesmo. O SENHOR está Realmente Presente na menor
fração de uma Partícula Consagrada, em todos os sacrários do mundo. Está sempre
disponível para saciar a fome espiritual, iluminar as almas, acolher as súplicas e preces
de todos que buscam o seu auxílio, ajudando e inspirando ao longo da existência, protegendo
e defendendo as pessoas contra as insídias de Satanás e consolando-as nos reveses da
vida. Cheio de amor e misericórdia ELE Se apresenta modestamente numa partícula de
trigo e água e no vinho consagrado. Nesta simplicidade ELE esconde todo o seu poder
e a sua divindade. Porque ELE quer que cada um de nós, O procure não com pompas
e falatórios, mas com humildade, reconhecendo as próprias fraquezas e limitações.
Assim, prostrados diante DELE, conscientes de nossa insignificância e de nosso
nada, com simplicidade de coração devemos manifestar a súplica mais sincera,
para alcançarmos DELE as graças que emanam do Seu
Divino e imenso Amor.
Esta realidade sinaliza ao raciocínio a necessidade
de cada pessoa procurar aumentar cada vez mais, de alguma forma, a intensidade da atenção
e do afeto que devemos dedicar ao SENHOR. Não como atitude pensada, programada
e interesseira, mas como gesto normal, gerado de dentro para fora, do interior de
nosso coração para o Coração do CRIADOR, um procedimento consciente, que deve ser
cultivado habitualmente. Esta preocupação representará uma continua e permanente
oração a DEUS, oração perseverante que deve ser modulada e adornada com as preces
que recitamos todos os dias. Isto, para que elas sejam a nossa resposta de amor, num
carinhoso tributo de agradecimento, por todos os bens que ELE nos proporciona,
inclusive pelo dom da própria vida.
"CORPUS CHRISTI"
Desde o tempo apostólico a Igreja instituiu a Festa
do Corpo de Cristo, uma homenagem de gratidão a JESUS pela permanente presença Real
em nosso meio. A Festa era celebrada na Quinta-feira da Semana Santa, pelo fato da Sagrada
Eucaristia ter sido instituída por JESUS numa Quinta-feira, durante a Ultima Ceia no Cenáculo,
em Jerusalém, véspera de sua morte na Cruz. Todavia, como na Semana Santa celebramos
a Morte e Gloriosa Ressurreição do SENHOR com a recordação de todos os abomináveis
sofrimentos de JESUS, o espírito de tristeza domina a maior parte da liturgia. Por essa
razão, na continuidade dos anos, a Igreja decidiu escolher outra data, para melhor
e mais efusivamente homenagear o SENHOR e LHE agradecer todos os benefícios
de Sua Admirável Obra Redentora. Assim, no ano 1246, por ordem de Sua Santidade
o Papa Urbano IV, a celebração da Festa do Corpo de CRISTO foi inserida
no calendário litúrgico para ser realizada na Quinta-feira, após o domingo
em que celebramos a Festa da SANTÍSSIMA TRINDADE.
A palavra Corpus Christi é latina e significa
"Corpo de CRISTO", que é a mesma Sagrada Comunhão, Sagrada Eucaristia, Sagrada Espécie,
Santíssimo Sacramento e Corpo de DEUS.
Todos os anos, em muitas cidades do mundo
assim como no Brasil, os cristãos se unem e por iniciativa pessoal enfeitam
as ruas por onde passará a Procissão com a autoridade eclesiástica
conduzindo o Ostensório com JESUS Sacramentado. São construídos
lindos desenhos, verdadeiros tapetes com flores e outros materiais
artisticamente utilizados, numa sincera e espontânea manifestação de
carinho e amor ao Santíssimo Sacramento. Na Bélgica, em 1246, quando a
Festa entrou para o Calendário Litúrgico, os cristãos fizeram a primeira
homenagem nas ruas da cidade de Liege, enfeitando-as de modo atraente e
admirável, formando imensos tapetes coloridos, por onde passou a Procissão
com JESUS Sacramentado.
A SANTA MISSA
A Santa Missa ou Celebração Eucarística é onde
recebemos a Sagrada Comunhão e onde as nossas orações alcançam plenitude, a maior
grandeza e intensidade. Ela é o Sacrifício da Nova Aliança entre DEUS
e a humanidade de todas as gerações, consumada no Calvário com o Sangue
Redentor de JESUS e é celebrada em todas as Santas Missas de modo incruento,
mas real e autêntico. JESUS a vítima perfeita, está verdadeiramente presente
em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, escondido nas aparências de pão e vinho,
e se oferece a Si Mesmo ao PAI ETERNO pelas mãos do sacerdote, seu ministro
celebrante, como fez na Ultima Ceia com os Apóstolos, em Jerusalém, quando
instituiu a Sagrada Eucaristia celebrando a primeira Santa Missa. Então a Santa
Missa é essencialmente o mesmo Sacrifício da Cruz, apenas no Gólgota
foi cruento, com derramamento de sangue, e no Altar é incruento,
ou seja, sem o sofrimento real de CRISTO.
Pelos Atos dos Apóstolos, vê-se que após a
ressurreição do SENHOR, os Discípulos continuando a Obra de CRISTO, celebravam
a Santa Missa e os fieis participavam ardorosamente de todas as celebrações:
"Eles se mostravam
assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às
orações". (At 2,42)
"Dia após dia, unânimes,
frequentavam assiduamente o Templo e partiam o pão pelas casas, tomando o alimento
com alegria e simplicidade de coração". (At 2,46)
A palavra Missa é também de
origem latina e passou a ser usada no século VI. Anteriormente a Santa
Missa era conhecida por outros nomes: Sinaxe, Misterium, Fractio Panis
(Fração do Pão), Collecta, Oblatio (Oblação), Liturgia, etc. Muitos
desses nomes utilizados antigamente para denominar a Celebração
Eucarística, hoje são títulos de partes da Santa Missa.
São três os aspectos fundamentais que acontecem na
celebração de uma Santa Missa:
- a Presença Real e Verdadeira do
SENHOR.
- o sacrifício de NOSSO SENHOR
e da Igreja (de todos os seus membros).
- a nossa comunhão com CRISTO
e com os irmãos.
Por isso mesmo a Igreja ensina, que a Eucaristia, Santa
Missa ou Santo Sacrifício, é um precioso sacramento porque é o próprio DEUS. É o memorial
da Paixão, Morte e Gloriosa Ressurreição de JESUS, é o sacrifício dos irmãos que participam
e que recebem o SENHOR em comunhão, e é também, alimento espiritual para a vida
eterna de cada um.
Para melhor fixação, acrescentaremos que a Santa Missa
compreende quatro partes, a saber: Ritos Iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística
e Ritos Finais. Como os nomes indicam: os Ritos Iniciais são constituídos pela procissão de
entrada do celebrante e dos demais auxiliares e as orações iniciais; as leituras dos fieis e
a homilia do celebrante constitui o espaço da Liturgia da Palavra; a Liturgia Eucarística
começa no Ofertório, passa pela Oração Eucarística, Consagração e termina após a
Comunhão dos fieis; os avisos paróquias, as ultimas orações e a benção sacerdotal,
constituem os Ritos Finais.
NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO
UMA LINDA HISTÓRIA
O ÍCONE DA
VIRGEM
Muitos autores afirmam
que o primeiro Ícone de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO foi pintado em
madeira por São Lucas, no século I, na época em
que a VIRGEM MARIA morava em Jerusalém. Revela a tradição que Ela com o
MENINO JESUS aos braços viu a pintura e apreciou muito, abençoando o
artista e o seu trabalho.
Quando Lucas
completou o Ícone, é tradição que ele deu de presente ao seu amigo pessoal e
patrono Teófilo, e viajou em companhia de São Paulo, no prosseguimento do
trabalho de evangelização.
Consta ainda
de informações antigas, que em meados do século V, o Ícone da VIRGEM foi
encontrado no Império Bizantino. Santa Pulquéria, que era Rainha e governava o
país, ergueu um Santuário em honra da VIRGEM MARIA em Constantinopla, e segundo
fontes fidedignas, aquele Ícone permaneceu lá por muitos anos, onde nossa MÃE
SANTÍSSIMA era venerada por milhares de cristãos: reis, imperadores, santos e
pecadores, homens, mulheres e crianças, ricos e pobres, e sobre todos derramava,
uma quantidade incontável de graças, milagres e benefícios. Também neste
período, se tem conhecimento de que já existia pelo menos uma copia do original,
que se encontrava no salão imperial de audiências da Rainha em Constantinopla.
Por outro lado, desde tempos
remotos, a arte sempre foi influenciada pela religiosidade popular, e mais
especificamente nos séculos XII e XIII, com muito fervor foi colocada em grande
evidência a Natureza Humana de JESUS, sendo divulgados com frequência os sofrimentos
da Paixão, o Drama do Calvário do SENHOR e as Dores de NOSSA SENHORA. Aqueles fatos
tristes e terríveis centralizavam a devoção das pessoas, que pelo cultivo deles,
revelavam a grandeza de seu piedoso amor e carinho a JESUS e a VIRGEM MARIA. Neste
sentido, dois grandes Santos da época contribuíram exercendo uma forte influência
com suas pregações, para que existisse de fato um acentuado exercício da devoção
aos sofrimentos do SENHOR: foram São Bernardo de Claraval e São Francisco de Assis.
E esta ênfase foi sentida
principalmente no Oriente, através da obra evangelizadora dos Padres Franciscanos.
E desta realidade, resultou o aparecimento de uma manifestação artística denominada
“Kardiotissa”, derivada da palavra grega (kardia ou kardio, que significa coração).
Assim, a denominação artística “Kardiotissa” ou “Kariotissa” significava
(revelar misericórdia e piedade, mostrar um sentimento de compaixão). Então, esta corrente
de pintores colocava as imagens sacras de seus quadros, expressando algum tipo de dor e
sofrimento em relação à Paixão do SENHOR.
Historicamente fomos
encontrar informações fidedignas relacionadas à pintura de São Lucas, somente a
partir desta época, e mais precisamente no ano 1207, num despacho do Papa
Inocêncio III, em face da admirável quantidade de milagres que NOSSO SENHOR
realizava, pela intercessão de sua MÃE, representada numa pintura em madeira,
com o MENINO JESUS ao colo, que afirmavam ser a pintura de São Lucas. Sua
Santidade o Papa declarou que “verdadeiramente a alma de MARIA parecia se
encontrar na imagem, uma vez que era tão bonita e tão milagrosa”.
Segundo afirma a tradição, São Lucas
era grego, da mesma maneira que os seus pais. Assim o estilo bizantino originário
daquela região, estava por assim dizer, no seu sangue. Então, nos séculos XII, XIII
e XIV, os pintores fizeram diversas cópias em madeira e tela, criando o Ícone de
NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO, procurando mesclar o estilo bizantino de Bizâncio,
com aquela nova manifestação artística, buscando colocar expressões de sofrimento,
dor e expectativa, nas faces da VIRGEM MARIA e do MENINO DEUS.
Importante, todavia, era que o poder
da graça Divina continuava operando de maneira notável naqueles Ícones benzidos e consagrados,
que se tornaram verdadeiros intercessores milagrosos. A VIRGEM MÃE DE DEUS continuou vivendo
naquelas imagens, ajudando, socorrendo as necessidades das pessoas, protegendo, inspirando,
e estimulando todos os seus filhos que buscavam a ternura de seu inefável afeto e tão
querido amor.
Entretanto o Ícone original desapareceu
misteriosamente. A tradição comenta que foi durante o cerco de Constantinopla.
A conquista da capital bizantina pelo
Império Otomano, no dia 29 de Maio de 1453, causou o desaparecimento de diversas
relíquias cristãs, de valor inestimável. Descreve a tradição que na véspera
da queda da Cidade, durante o reboliço vivido pela multidão, cada pessoa
se movimentava articulando alguma providência para escapar do cerco turco.
À noite alguém se apossou do Ícone da VIRGEM e da Coroa Imperial, dos quais,
nunca mais se teve qualquer notícia!
Este fato nos faz presente, que
a passagem dos séculos não alterou e nem modificou o comportamento e a dedicação
de MARIA em relação a humanidade, Ela continua demonstrado o mesmo carinho, a
preciosa atenção e o perpétuo auxílio, através do Ícone pintado por São Lucas, assim como
de todos os outros Ícones cópias e imagens, que visam, sobretudo, fazer com que Ela,
a MÃE DE DEUS, seja mais conhecida e amada pelos seus filhos.
Assim o Ícone (“eikon”, palavra grega
cuja tradução é imagem) de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO que normalmente conhecemos, é
desse tipo: tradicional bizantino ligeiramente modificado pelo medieval estilo “Kardiotissa”.
Nele observamos a VIRGEM MARIA segurando o MENINO JESUS aos braços, e ELE, com uma
expressão de expectativa um pouco assustado, segurando fortemente com as duas
pequenas mãos, o polegar direito de sua MÃE, e olhando na direção do Arcanjo Gabriel.
O Arcanjo Gabriel está com a Cruz da Redenção e a esquerda da VIRGEM MARIA, está
o Arcanjo São Miguel com os instrumentos da Paixão do SENHOR: a lança, o cravo
de ferro, balde e a cana (vara de hissopo) com a esponja molhada no vinagre
(conforme Jo 19, 29). Como uma criança assustada diante daqueles terríveis
instrumentos de Sua Paixão, ELE deve ter se movimentado nos braços da MÃE e
involuntariamente soltado de seu pé direito a sandália, que está dependurada. A
face de NOSSA SENHORA é séria e triste, olhando em nossa direção, nos mostrando
o seu pequenino e amoroso FILHO, e ao redor, os instrumentos da sua abominável
flagelação e crucificação, suscitando nossa piedade e devoção, e nos convidando
a lembrar sempre os motivos do sofrimento e das dores de JESUS para Redimir a
Humanidade de todas as gerações.
CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA
A Ilha de Creta na
Grécia era uma possessão veneziana desde 1204. Pela facilidade de transporte e comunicação
com a Europa, era o centro dominador da produção e distribuição de mercadorias
entre o Oriente e o Ocidente.
No século XV, por
volta do ano 1498, havia um Ícone muito bonito de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO
numa Igreja na Ilha de Creta, que desde algum tempo vinha atraindo frequentadores e
causando emoção pelos milagres de DEUS que aconteciam em face das orações,
preces e suplicas do povo à MÃE DE DEUS na presença intercessora daquela imagem.
Inclusive pessoas com elevada posição social afirmavam que aquele Ícone era o
original pintado por São Lucas. Ele já estava naquela Igreja há algum tempo e
era conhecido e venerado por todas as pessoas. Um dia, um comerciante local, com
sérios problemas pessoal e financeiro, que tinha planos de viajar para a Itália,
roubou a imagem e a levou consigo num navio.
Por causa das embarcações
não serem suficientemente resistentes, o percurso marítimo era margeando a costa do
continente. Entretanto, já distante de Creta, se formou uma grande tempestade, e
os marinheiros apavorados imploraram a misericórdia de DEUS, pedindo a NOSSA
SENHORA que intercedesse por eles para salvar a embarcação e suas vidas. Suas
preces foram ouvidas e eles foram salvos do naufrágio, sem saberem que
dentro da embarcação existia uma cópia ou o original, do Ícone da VIRGEM
DO PERPÉTUO SOCORRO.
O grego raptor da Imagem
desembarcou em Veneza, e trabalhou durante um ano na cidade, quando decidiu mudar para Roma. A
imagem seguia com ele, muito bem protegida. Instalado na Cidade Eterna há mais de
quatro anos, em face do excesso de trabalho, pegou uma séria enfermidade, que se
agravou na sequência dos meses.
Entre as amizades que
formou, tinha um amigo especial, também grego como ele, que lá residia há mais de
dez anos e inclusive tinha esposa e uma filha. O raptor sabendo que seu estado
de saúde não era bom abriu o coração e narrou ao amigo, à audaciosa aventura de
sua vida:
“Alguns anos passados, eu roubei um quadro com uma bela imagem da MADONNA na
Igreja de Creta! Não era para vender. Estava atravessando uma fase infeliz nos
negócios e queria uma proteção pessoal, a fim de ter coragem para me aventurar e
desbravar outros horizontes. Não sou um fervoroso religioso, mas só de olhar a
imagem, sempre senti crescer uma poderosa força dentro de mim. Por isso, agora doente,
no fim da vida, peço levá-la a uma Igreja, e, por favor, descreva este fato
apresentando as minhas desculpas. Eu lhe imploro que a imagem seja colocada numa
Igreja onde o povo possa visitá-la e honrá-la”.
Assim que ele faleceu,
o amigo encontrou o quadro e o levou para sua casa, a fim de mostrá-lo a sua esposa e
juntos, escolherem a Igreja, aonde deveriam conduzi-lo. Mas, ao ver a imagem, a
esposa ficou admirada e naquele primeiro momento não quis levar o Ícone da
VIRGEM para uma Igreja. Na verdade, o casal não era muito religioso, rezavam às
vezes, mas nunca seguidamente, por que também nada conhecia da obra de JESUS e
da incomensurável grandeza do Amor Divino.
Aquele quadro foi colocado
na parede da sala de refeições, e numa posição tão estratégica, que ao passar
diante dele, ou estando à mesa durante as refeições, involuntariamente o olhar
descansava na beleza invulgar e profunda da MÃE DE DEUS. E assim, do costume
adquirido pelo casal de olhar a imagem sempre que se assentavam a mesa, seguiu a
delicadeza dos gestos. Como primeira manifestação, o casal começou a se
persignar diante da imagem antes das refeições. Depois se acostumaram a trocar
algumas palavras diante da Imagem, como se a colocassem participando do assunto.
E às vezes, em silêncio, deixavam o coração falar... No silêncio da voz o ouvido
do coração se abria com mais nitidez a resposta do SENHOR.
Outras vezes, confiantemente suplicavam a VIRGEM pedindo a Divina proteção no
trabalho, para vencer as dificuldades do cotidiano, conservando-lhes a boa saúde
para a continuidade da caminhada existencial.
Certo dia, oito meses
após a morte do amigo, junto ao Ícone da VIRGEM, o casal conversava e trocava idéias,
sobre a necessidade de ser cumprida a vontade do falecido, como condição
primordial, para se conseguir uma necessária paz interior e também, a amizade de
NOSSA SENHORA. Eles já estavam frequentando a Igreja com mais pontualidade e até
faziam algumas orações. Por esse motivo, naquele momento, contritos e decididos
diante da Imagem da VIRGEM, receberam uma “Luz”, que entenderam ser o desejo
de NOSSA SENHORA, que o quadro fosse colocado numa Igreja situada entre a Basílica
de Santa Maria Maggiore e a Basílica de São João de Latrão.
Naquele mesmo dia
27 de Março de 1499, a imagem foi levada para a Igreja de São Mateus Apóstolo, no
Monte Esquilino, uma das sete colinas de Roma, que estava situada entre a Basílica
de Santa Maria Maggiore e a Basílica de São João de Latrão. Foi colocada entre duas
lindas colunas de mármore preto de Carrara, logo acima de um magnífico altar de
mármore branco.
E se constituiu numa
maravilha, durante três séculos, desde 1499 até 1798, a Igreja de São Mateus, foi uma
das mais procuradas pelos peregrinos que visitavam Roma, porque queriam rezar diante
da imagem milagrosa de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO.
Entretanto,
em 1796/1797, o exército francês sob o comando de Napoleão Bonaparte invadiu os
Estados Pontifícios. Roma ficou diante da terrível ameaça do inimigo, a tal
ponto que o Papa Pio VI, foi forçado a assinar um Tratado de Paz, o Tratado de
Tolentino, em 17 de Fevereiro de 1797.
Todavia, um ano após a assinatura
do Tratado, o general francês Louis Alexandre Berthier marchou sobre Roma e proclamou
a "República Romana Livre". Ele mentiu, dizendo que não havia liberdade
e que o povo estava escravizado. Mas na realidade, o pretexto da quebra do Tratado de
Paz foi justamente o assassinato de um general da embaixada francesa em Roma, de nome
Mathurin Léonard Duphot, num tumulto popular provocado por revolucionários
franceses e italianos no dia 28 de Dezembro de 1797. E por esse motivo, pelo
fato de ter mentido e ser muito autoritário, pouco depois, Berthier foi
substituído pelo general francês André Masséna.
Em 03 de junho de 1798,
o General André Masséna querendo espaço para instalações militares e administrativas
na cidade, ordenou que trinta Igrejas fossem destruídas! Uma delas foi a Igreja do
Apóstolo São Mateus, onde estava o Ícone da VIRGEM! Foram dias difíceis para os cristãos
e as Ordens Religiosas. E como também o Mosteiro Agostiniano estava na relação e foi
destruído, os Padres foram autorizados a retornar a Irlanda, a terra natal. Os
monges se dividiram: alguns voltaram para a Irlanda, outros ficaram na Igreja
Matriz de Santo Agostinho, em Roma e os demais, levaram o Ícone milagroso de
NOSSA SENHORA e se mudaram para o Mosteiro de Santo Eusébio, que era pobre
e antigo, necessitando de urgentes reparos e
muita limpeza.
A imagem de NOSSA SENHORA
ficou em Santo Eusébio durante 20 anos. O local foi tratado e ampliado, mas eram poucos
monges que viviam ali e o povo quase não tinha acesso a imagem, e assim, também
pelo fato de ser muito grande para eles, em 1819, o Papa Pio VII, pediu aos jesuítas
para assumirem Santo Eusébio. O Santo Padre deu aos agostinianos a Igreja e o Mosteiro
de Santa Maria, em Posterula, do outro lado da cidade, para onde os monges levaram a
Imagem milagrosa da VIRGEM MARIA e a colocaram num lugar de honra na Capela do
Mosteiro.
Entre os agostinianos
estava Frei Agostinho Orsetti que era muito caprichoso e organizado, mantendo a sacristia
e as imagens em Santa Maria, com o maior rigor de limpeza. Também treinava os
coroinhas, ensinando-lhes o preparo e trabalho no Altar, durante a Santa Missa e
primordialmente, o posicionamento correto e digno, nas celebrações e solenidades
religiosas. Um dos coroinhas de nome Michael Marchi se tornou muito amigo do
Frei Agostinho e sempre estavam conversando. O Frei sempre lhe dizia: “Michael, observe bem esta imagem.
É um Ícone muito antigo. É a milagrosa VIRGEM MARIA que estava na Igreja do
Apóstolo São Mateus, única imagem nesta cidade. Muitas pessoas vinham rezar
diante dela e suplicar sua eficaz intercessão junto a DEUS. Lembre-se sempre do
que estou lhe dizendo”.
Em
1854, a Ordem dos Redentoristas foi fundada por Santo Afonso de Ligório.
Compraram uma área de terra no Monte Esquilino, no local chamado Villa Caserta,
que por uma coincidência toda especial, a tal área também abrangia o local onde existiu
a Igreja de São Mateus Apóstolo, onde o Ícone de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO
SOCORRO foi louvado e honrado por muitos cristãos.
Em 1855, Michael
Marchi desejando se tornar sacerdote entrou na Ordem Redentorista. Em 25 de março
de 1857, fez os votos de pobreza, castidade e obediência e continuou os seus estudos,
sendo ordenado sacerdote no dia 2 de outubro de 1859.
Um dia, quando a Comunidade estava no recreio, um Padre
mencionou que havia lido alguns livros antigos sobre uma Imagem milagrosa de
NOSSA SENHORA, que tinha sido venerada na antiga Igreja de São Mateus Apóstolo.
Padre Michael Marchi com alegria falou para todos: "Eu sei sobre o Ícone milagroso da VIRGEM MARIA. Seu
nome é NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO e ele pode ser encontrada na Capela dos
Padres Agostinianos, no Mosteiro de Santa Maria, em Posterula. Eu vi a imagem muitas
vezes durante os anos de 1850 e 1851 quando ainda era um jovem estudante
universitário e servi como coroinha, a Santa Missa em sua Capela”.
Em 7 de Fevereiro
de 1863, Francis Blosi, um Padre jesuíta durante uma Santa Missa na Basílica de
São João de Latrão, fez um sermão sobre a famosa imagem de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO
SOCORRO. Ele descreveu a imagem da VIRGEM MARIA, e disse:
"Espero que alguém na multidão de fiéis que me ouve, saiba
onde a imagem está! Se assim for, por favor, diga a pessoa que mantém o Ícone da
MÃE DE DEUS escondido por setenta anos, que a VIRGEM ordenou ser este quadro
colocado numa Igreja entre as Basílicas de Santa Maria Maggiore e esta Bailica
onde estamos, de São João de Latrão. Esperemos que a pessoa se arrependa de seu
ato impensado e traga a Imagem para ser colocada no Monte Esquilino, a fim de
que todos os fiéis novamente possam honrá-la."
O sermão do Padre
Blosi logo ficou conhecido dos Padres Redentoristas. Sabendo que sua Igreja estava
localizada próximo ao local da antiga Igreja de São Mateus Apóstolo, apressaram-se
em levar a notícia ao Padre Mauron, que era o Superior Geral dos Redentoristas. Padre
Mauron ouviu a notícia e sentiu uma grande alegria, mas não teve pressa. Ele orou por
quase três anos para conhecer a Santa Vontade de DEUS, nesta importante questão.
Em 11 de dezembro
de 1865, o Padre Mauron e o Padre Michael Marchi, pediram uma audiência ao Papa
Pio IX. Ansiosamente, os dois padres, descreveram ao Papa, a história detalhada da
imagem de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO. Eles relembraram inclusive, que a VIRGEM
MARIA manifestou o desejo de que a Imagem fosse colocada numa igreja entre as Basílicas
de Santa Maria Maggiore e São João de Latrão. Depois de ouvir toda a história, o Papa
perguntou-lhes se tinham colocado aquela solicitação por escrito. Padre Mauron
entregou a Sua Santidade, um documento que o Padre Marchi tinha escrito e
assinado sob juramento.
Sensibilizado com
aquela narrativa e tendo o Santo Padre o Papa Pio IX, um grande amor à VIRGEM MARIA,
imediatamente pegou a folha de papel onde o Padre Marchi tinha escrito o seu testemunho,
e de próprio punho, escreveu uma mensagem no verso do documento:
11 de
Dezembro de 1865:
O Cardeal Prefeito vai
convocar o Superior da pequena comunidade de Santa Maria, em Posterula e lhe dirá que
é nossa vontade que a Imagem de MARIA SANTÍSSIMA, que esta petição trata, seja devolvida
a Igreja situada entre São João de Latrão e Santa Maria Maggiore. Todavia, o Superior da
Congregação do Santíssimo Redentor está obrigado a substituí-la por outra imagem
adequada.
(assinado) O Papa Pio IX
O Papa falou e como é lógico,
o caso foi encerrado. A MÃE DO PERPÉTUO SOCORRO, logo estaria em casa, depois de quase 75
anos distante. Na madrugada do dia 19 de Janeiro de 1866, Padre Michael Marchi e Padre
Ernesto Bresciani atravessou a cidade de Roma, indo até Santa Maria, em Posterula, para
obter a imagem sagrada.
Os agostinianos estavam
tristes por ver a sua amada MADONNA partir, mas eles se regozijaram que NOSSA SENHORA voltasse
a ser homenageada no lugar onde Ela desejava. Os monges agostinianos quiseram uma cópia exata
da imagem original, e isso lhes foi dado pouco tempo depois, conforme a decisão do
Santo Padre, o Papa.
Os Redentoristas
de Santo Afonso esperaram alegremente pela chegada de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO
SOCORRO e sentiram uma grande felicidade sabendo que Ela ia permanecer definitivamente
na sua Igreja. Mas, embora as cores do Ícone ainda estivessem brilhantes, havia muitos
buracos de pregos na parte posterior do quadro. Um talentoso artista polonês, que viveu
em Roma, foi convidado e restaurou a imagem, cujo trabalho terminou no princípio do
mês de Abril.
Dia 26 de abril de 1866, Festa de NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO,
uma grande procissão partiu do Mosteiro de Santo Afonso. Durante a
procissão muitos acontecimentos milagrosos foram relatados. Uma pobre mãe vendo
que a procissão se aproximava, pegou o seu filho de quatro anos de idade, que
estava quase morto na cama, com uma doença no cérebro, com febre constante nas
últimas três semanas, segurou firme a criança e levou-a até a janela. Quando a
Imagem de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO passou ela gritou: "Ó boa Mãe, quer curar o meu filho ou quer levá-lo consigo
para o Paraíso?" Dentro
de poucos dias o menino ficou totalmente curado. Ele foi com sua mãe a Igreja de
Santo Afonso para acender uma vela de ação de graças no Santuário de NOSSA
SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO.
Em outra casa uma menina de oito anos, estava aleijada e desamparada,
desde a idade de quatro anos. Quando a procissão se aproximava e a
Imagem milagrosa de NOSSA SENHORA chegou perto, a mãe da criança ofereceu sua
filhinha à SANTÍSSIMA VIRGEM. De repente, a criança sentiu uma grande mudança, e
recuperou parcialmente o movimento de seus braços e das pernas. Ao ver isto, a
mãe ficou muito confiante de que NOSSA SENHORA ia de fato ajudar a menina. No
dia seguinte, logo pela manhã, levou a criança a Igreja de Santo Afonso e
colocou-a diante da imagem milagrosa de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO.
Olhando para a Imagem, rezou:
"Agora, ó minha Mãe MARIA, termine
o trabalho que a Senhora começou." Ela mal tinha acabado de dizer as palavras
e de repente à menina se levantou sobre seus pés, totalmente
curada!
Na
Igreja de Santo Afonso o Ícone da VIRGEM foi colocado no Altar mor.
A Igreja estava toda decorada e o Altar feericamente iluminado com
grande quantidade de velas. Terminada a procissão, foi celebrada uma
solene Santa Missa de ação de graças e, em seguida, o senhor Bispo
concedeu a bênção com o Santíssimo Sacramento.
No dia 05 de maio de 1866, o Papa fez uma visita pessoal ao Santuário
para conhecer e rezar diante do Ícone da VIRGEM MÃE.
Anos após, um novo Altar de mármore em estilo gótico foi construído
possuindo no centro superior uma magnífica decoração brilhante, com
guarnição em ouro. Quando tudo estava terminado, o Ícone da VIRGEM MARIA foi
carinhosamente colocado naquele lugar, onde se encontra até hoje. A primeira
Santa Missa celebrada no novo Altar do Santuário foi no dia 19 março de 1871,
Festa de SÃO JOSÉ.
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