Pai Santo, nós Vos agradecemos e nos alegramos com a condição de
católicos. Queremos viver e testemunhar a fé e nossa pertença à Igreja
de Jesus. Concedei-nos o dom de perseverar na oração – pessoal,
familiar e comunitária –, caminho que conduz à Vossa intimidade e elo
que nos une aos corações dos irmãos e irmãs, em uma grande rede de
solidariedade. Amém
Quais são as características próprias, distintivas do ser católico?
O Papa João Paulo II, lembrando que é pelos frutos que se conhecem as
árvores, alertava que os critérios fundamentais a serem adotados na
vida são os que levam à vida de boa qualidade.
Bons frutos para a vida do seguidor de Jesus são, por exemplo, o gosto
renovado pela oração, a participação nos Sacramentos, o florescimento
de vocações para o matrimônio, o sacerdócio e a vida consagrada, a
participação ativa na vida comunitária, o testemunho de presença
cristã nos vários ambientes da sociedade, a participação em obras de
assistência e promoção humana, e o espírito de desapego, de pobreza
evangélica e de partilha generosa. Enfim, a caminhada permanente no
processo de conversão.
Resumindo, os
critérios que definem o ser (ou não) católico, chamados critérios
de eclesialidade, são assumidos na tríplice perspectiva da
espiritualidade pessoal, da comunhão (integração na comunidade) e da
missão (Nova Evangelização).
Critérios não
serão vistos como limitação ou negação da liberdade pessoal, mas como
o caminho para sua realização.
O Papa João Paulo
II na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christifideles Laici
sobre a vocação e missão dos leigos (nº 30)considerou os seguintes
critérios de eclesialidade:
— O primado dado
à vocação de cada cristão à santidade,
manifestado nos
frutos da Graça que o Espírito produz nos fiéis, como crescimento para
a plenitude da vida cristã e para a perfeição da caridade. Todo fiel é
chamado a ser sempre – e cada vez mais – instrumento de santidade na
Igreja, favorecendo e encorajando uma unidade mais íntima entre a vida
dos membros e a própria fé.
— A
responsabilidade em professar a fé católica,
acolhendo e
proclamando a verdade sobre Cristo, sobre a Igreja e sobre o homem, em
obediência ao Magistério da Igreja, que autenticamente a interpreta.
Por isso, todo fiel deve buscar lugar e ocasião para receber o
anúncio, a proposta e a educação da fé, respeitando o seu conteúdo
integral.
— O testemunho de
uma comunhão sólida e convicta,
em relação filial
com o Papa, centro e sinal da unidade da Igreja universal, e com o
Bispo, fundamento da unidade da Igreja particular, e na estima
recíproca entre todas as formas de apostolado na Comunidade. A
comunhão com o Papa e com o Bispo é chamada a exprimir-se na
disponibilidade leal em aceitar os seus ensinamentos doutrinais e
orientações pastorais. A comunhão eclesial exige, além disso, que se
reconheça a legítima pluralidade das formas participativas dos fiéis
na Igreja e, simultaneamente, a disponibilidade para oferecer a sua
colaboração.
— A conformidade
e a participação na finalidade apostólica da Igreja,
que é a
evangelização, a santificação dos homens e mulheres e a educação
cristã das suas consciências, de modo a conseguir permear de espírito
evangélico as comunidades e os ambientes. Nesta linha, exige-se dos
fiéis um entusiasmo missionário que os torne, sempre e cada vez mais,
sujeitos de uma Nova Evangelização.
— O empenho de
uma presença na sociedade humana
que, à luz da
doutrina social da Igreja, se coloque ao serviço da dignidade integral
do homem.
Juntos a estes
critérios aparece um outro aspecto de importância capital para a
identidade cristã: a indissociável ligação com a virtude da esperança,
como o marco fundamental que antecipa no tempo a certeza do sentido da
história e o destino escatológico do ser humano.
À luz das
virtudes teologais - fé, esperança e caridade, podemos dizer:
1. Sou
Católico porque creio em um só Deus – Pai, Filho e Espírito Santo –,
que nos oferece o dom da Graça, que é sua permanência em nós e no meio
de nós por pura gratuidade. Um Deus que é Pai misericordioso e tem o
carinho de Mãe; um Deus Filho, Jesus Cristo, que se fez nosso irmão e
nos liberta; um Deus Espírito Santo que nos conduz ao Amor.
2. Sou
Católico porque alimento a minha fé na fonte da Revelação Divina, pela
contemplação da obra da Criação, atenção aos sinais dos tempos,
acolhida amorosa da Sagrada Escritura, da Tradição e do Magistério da
Igreja.
3. Sou
Católico porque procuro viver a fé, que é adesão a Jesus Cristo e
obediência à Sua Palavra, não sozinho, mas como membro da Igreja –
comunidade.
4. Sou
Católico porque vivo a fé como dom gratuito de Deus.
5. Sou
Católico porque busco viver a vida nova no Amor.
Capítulo VI – Oração: O jeito Católico de
ser Cristão.
Ser cristão é ser discípulo
e seguidor de Jesus. Por isso, precisamos conhecê-lo, adquirir com Ele
a intimidade de companheiros, e reunir forças necessárias para a
jornada.
Os Evangelhos nos introduzem
na intimidade de Jesus. Na oração nós buscamos inspiração e força.
A Bíblia nos revela que
Jesus foi apaixonado pelas obras do Pai. A origem, o caminho e a
utopia de Jesus eram o Reino de Deus, como Jesus ensinou na oração do
Pai Nosso.
Vivendo na presença de Deus,
Jesus falava com o Pai – a quem chamava carinhosamente de Papai (Abbá:
Mc 14,36) – e dEle recebia sabedoria e força para cumprir sua missão.
Sua vida foi um encontro permanente, uma oração contínua, pois oração
é consciência da presença de Deus, consciência de que nEle nós
vivemos, nos movemos e existimos e saber que o seu Reino já está
entre nós (cf. Lc 17,21).
O modelo da oração de Jesus
– encontro-com-o-Pai – é o que desejamos. Aqui, Deus não se dá como
ensinamento ou informação, mas como uma Pessoa que nos ama
apaixonadamente e cuida de nós com extremo carinho.
É comum pensarmos a oração
como um diálogo. Mas é um diálogo diferente, pois trata-se de um
diálogo com Deus.
A oração, muito mais do que
diálogo, é Vida. É vida de verdade, é encontro, caminho de superação
do egoísmo para a abertura aos outros. Encontro é acontecimento capaz
de transformar as pessoas. No encontro se revela o mistério do próprio
eu e o mistério do outro.
Deus é o grande Outro que
está mais próximo de mim do que eu mesmo. É o primeiro e o mais
precioso companheiro de caminhada. Está presente no mais profundo de
mim mesmo e lá me espera. Uma presença que inspira a reverência devida
ao sublime e a intimidade com que se acolhe o terno amigo do coração.
A oração é um encontro que
sempre traz surpresa, apelos renovados pela sedução e o encanto do
mistério divino. Era assim para Jesus foi assim para a Igreja nos
primeiros séculos. E, a partir desse legado da tradição cristã, todos
temos acesso a essa profunda experiência de oração: sentirmos a
presença de Deus na própria situação existencial em que nos
encontramos. Fazemos a experiência de Deus e, ao mesmo tempo,
acolhemos a Deus para que faça sua experiência de humanidade em nós.
A oração cristã propicia um
duplo encontro:
a) – O encontro comigo mesmo
– o auto conhecimento. Se eu não estiver em casa, Deus não me
encontrará quando vier visitar-me. Oração nunca é fuga, pelo
contrário, é um encontro sincero comigo mesmo.
Identificar meus pensamentos
e sentimentos não basta para revelar-me inteiramente. Eles estão em
mim, fazem parte, mas eu sou mais do que eles. Tenho a dignidade de
ser chamado por Deus pelo meu nome. Sou a palavra amorosa pronunciada
por Deus desde a eternidade. Encontrar-me é conhecer essa palavra
criada por Deus.
b) – O encontro com Deus –
Será que corresponde a Deus o que nós aprendemos e pensamos saber de
Deus? Ou estamos tentando encontrar nossas fantasias, desejos e
projeções?
Nós encontramos Deus dentro
de nós, mas Ele é o totalmente Outro. O Mistério por excelência.
Precisamos superar e nos libertar das pobres imagens que fazemos. Deus
é sempre maior, é eterna Novidade.
Orar é suportar a ausência e
o silêncio de Deus e, apesar de tudo, acreditar na sua proximidade,
sentir sua presença amorosa nos envolvendo e acolhê-lo em nosso
coração. Orar é ultrapassar dúvidas, firmados na revelação de Jesus de
Nazaré. Só em Jesus é visível esse Deus inacessível: “Ninguém jamais
viu a Deus; O Filho único, que é Deus e está na intimidade do Pai, foi
quem o deu a conhecer. (Jo 1,18).
Para que a oração seja uma
experiência de Deus, é fundamental orar com a disposição e espírito de
pobre, de quem não tem a pretensão de saber orar, mas que se coloca
aberto e receptivo para que o Espírito do Senhor lhe inspire o quê
pedir, o quê agradecer, o quê dizer. Ou mesmo quando se calar e, no
silêncio, simplesmente, contemplar e adorar.
A oração do Católico
Orai, orai sempre!
O primeiro aspecto da vida
cristã
Na Igreja, a oração se põe
como a atividade especifica de seus membros. Na vivência da oração se
expressa a fé no destino e no aperfeiçoamento da humanidade. A atitude
do orante ultrapassa a história da salvação e acende a
esperança na realidade escatológica, quando o Reino de Deus se fará
totalmente presente no meio de nós.
Esta é uma constatação de
caráter pastoral que tem suas raízes mais profundas na própria
reflexão teológica marcada desde a origem pela fé inquestionável na
Ressurreição de Cristo e nas suas promessas.
Esta sensibilidade
escatológica subscreve a necessidade da oração expressa na consciência
geral dos fiéis; e, por isso, é prática comum de toda a Igreja, que
agora vive como pecadora, redimida e justificada. A implicação
dessa descoberta condiciona duas partes fundamentais do modo de vida
cristã: muda a visão da história e abre a esperança do futuro.
Na oração, a história é
redimensionada dentro de uma nova perspectiva. Antecipa o tempo futuro
através da caridade e substitui a incerteza do tempo. Um
redimensionamento que se conclui dentro da experiência concreta que há
sua valência na vida moral e na prática quotidiana.
Nessa perspectiva nasce uma
visão específica que permite afirmar que o fim da história é um futuro
de graça, resultando numa completa superação das desesperanças
presentes.
A oração reflete-se sobre o
futuro humano, funda-se sobre a fé que o indivíduo e toda a comunidade
têm na dimensão da graça. Dessa forma, é comum que intercedamos uns
pelos outros e não apenas no estado de sua vida quotidiana, mas até
ultrapassando esse limite visível da vida para aventurar-se na
dimensão escatológica, esperando pela salvação de todos. Esta prática,
a Igreja não apenas tem admitido ao longo da história, como também
recomenda como forma de piedade popular.
Escondido por trás dessa
dimensão prática, aparece um outro aspecto de importância capital para
a análise da oração. Isto é, sua indissociável ligação com a virtude
da esperança, como o marco fundamental que antecipa no tempo a certeza
da história e do destino escatológico do homem.
Deste modo, orar é entrar na
vida de fé. É uma abertura para a descoberta do futuro antropológico e
da consumação de destino, que ainda não se cumpriu totalmente, mas
representa, por definição, o passo mais importante de sustentação da
fé e da prática moral na vida quotidiana. Orai, orai sempre....
1.
Oração dos Salmos: força e graça de Deus para cada dia
“Que coisa poderia ser
mais agradável que os salmos? Como dizia maravilhosamente o próprio
salmista: ‘Louvai ao Senhor, que os salmos são bons, nosso Deus merece
um louvor harmonioso’. E com razão, porque os salmos são a bênção do
povo, o louvor de Deus, elogio aos fiéis, o aplauso de todos, a
linguagem universal, a voz da Igreja, a profissão harmoniosa de nossa
fé, a expressão de nossa entrega total, alegria de nossa liberdade, o
clamor de nossa alegria transparente. Eles acalmam nossa ira, afastam
nossas preocupações e nos confortam em nossas tristezas. De noite são
uma arma, de dia um instrumento; no perigo são uma defesa, nas
festividades nossa alegria; expressam a tranqüilidade de nosso
espírito, são uma prenda de paz e de concórdia; são como a cítara, que
une em um único canto as vozes mais diversas e díspares. Com os salmos
celebramos o nascimento do dia e cantamos seu ocaso.
Nos salmos rivalizam a
beleza e a doutrina: são ao mesmo tempo um canto que deleita e um
texto que instrui. Neles eu leio: ‘Cântico para ser amado’, e me
inflamo em santos desejos de amor; neles vou meditando o dom da
revelação, o anúncio profético da ressurreição, os bens prometidos;
neles aprendo a evitar o pecado e a sentir arrependimento e vergonha
pelos delitos cometidos.
Que é mais o saltério, senão
o instrumento espiritual com que o homem inspirado faz repercutir na
terra a doçura das melodias celestiais, como que pulsa a lira do
Espírito Santo?”
(Comentário
de Santo Ambrósio ao Salmo 1).
a)
Salmos de ação de graças e confiança: Sl 8; 21; 23; 27; 85.
O povo de Deus é um povo a
caminho. Um caminho percorrido no enfrentamento de muitas
dificuldades, com passagens em meio a contradições. Na avalanche de
percalços e sofrimentos, lutas e dificuldades, o povo de Deus tem
consciência de que seu Deus não o desampara, só Ele pode tudo, e é
bem-aventurado quem nele deposita toda a sua confiança. Uma confiança
depositada n’Aquele que é o Senhor da vida, àquele que tudo realiza e
se torna sempre e em tudo o verdadeiro destinatário de toda gratidão
do coração humano. A confiança e a gratidão se tornam sustento e força
que localizam aquele que crê e confia no coração da vitória de Deus,
para além de toda lógica, calculo e expectativa. Cantemos os salmos
dando graças, elegendo e eleger a gratidão como sentimento maior
diante da bondade misericordiosa de Deus: ser grato é escancarar as
portas do coração para Deus, depondo toda pretensão humana para se
tornar, pela confiança professada, depositário de bênçãos e graças de
Deus.
Salmo 8
- Ó Senhor nosso Deus, como
é grande vosso nome por todo o universo!
- Desdobrastes nos céus
vossa glória com grandeza, esplendor, majestade.
-
O perfeito louvor vos é dado pelos lábios dos mais pequeninos, de
crianças que a mãe amamenta.
- Eis a força que opondes
aos maus, reduzindo o inimigo ao silêncio. Contemplando estes
céus que plasmastes e formastes com dedos de artistas;
- vendo a lua e estrelas
brilhantes, perguntamos: “Senhor, que é o homem,
- para dele assim vos
lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”
- Pouco abaixo de Deus o
fizestes, coroando-o de glória e esplendor;
- vós lhe destes poder sobre
tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes:
- as ovelhas, os bois, os
rebanhos, todo o gado e as feras da mata;
- passarinhos e peixes dos
mares todo ser que se move nas águas.
- Ó Senhor nosso Deus, como
é grande, vosso nome por todo o universo!
b)
Salmos de súplicas: Sl 16; 25; 27; 67; 85.
A melodia e o significado
dos salmos de súplica geram a verdade do reconhecimento da grandeza de
Deus, sustentando a pequenez e a fragilidade humanas. Ele, o Senhor da
vida, pode. Só Ele é Senhor. Sua paternidade e misericórdia são
garantias para os limites da condição humana, enquanto se confessa a
grandeza insubstituível de sua ação redentora. Só Deus pode mudar
tudo. Só Ele muda o coração humano, dá rumos novos à vida. Só ele
compreende e se debruça compassivamente sobre a vida sofrida dos seus
e tudo refaz na força do amor. A súplica é reconhecimento do amor
redentor de Deus. É a edificação de sua vontade recriadora, fazendo
ultrapassar o simples interesse, a comodidade mesquinha ou a
consideração daquilo que não inclui o bem dos outros. Cantando os
salmo de súplica, o Povo de Deus cura as feridas da pretensão humana,
reconhece o limite da própria condição e participa da ação amorosa de
Deus que tudo refaz, no amor e na misericórdia.
Salmo 16
- Ó Senhor, ouvi a minha
justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor!
- Inclinai o vosso ouvido à
minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios!
- De vossa face é que me
venha o julgamento, pois vossos olhos sabem ver o que é justo.
-
Provai meu coração durante a noite, visitai-o, examinai-o pelo fogo,
mas em mim não achareis iniqüidades.
- Não cometi nenhum pecado
por palavras, como é costume acontecer em meio aos homens.
- Seguindo as palavras que
dissestes, andei sempre nos caminhos da Aliança.
- Os meus passos eu firmei
na vossa estrada, e por isso os meus pés não vacilaram.
- Eu vos chamo, ó meu Deus,
porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me!
-
Mostrai-me vosso amor maravilhoso, vós que salvais e libertais do
inimigo quem procura a proteção junto de vós.
- Protegei-me qual dos olhos
a pupila e guardai-me, à proteção de vossas asas,
- longe dos ímpios violentos
que me oprimem, dos inimigos furiosos que me cercam.
- A abundância lhes fechou o
coração, em sua boca há só palavras orgulhosas.
- Os seus passos me
perseguem, já me cercam, voltam seus olhos contra mim: vão
derrubar-me,
- como um leão impaciente
pela presa, um leãozinho espreitando de emboscada.
- Levantai-vos, ó Senhor,
contra o malvado, com vossa espada abatei-o e libertai-me!
- Com vosso braço
defendei-me desses homens, que já encontram nesta vida a recompensa.
-
Saciais com vossos bens o ventre deles, e seus filhos também hão de
saciar-se e ainda as sombras deixarão os descendentes.
- Mas eu verei, justificado,
a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença.
c) Salmos penitenciais : Sl 50 e 129.
O cântico dos salmos
penitenciais colocam o coração do pecador em sintonia com o coração
santo e misericordioso de Deus. Esta sintonia orante ilumina a
consciência da própria fragilidade e pequenez e abre as portas do
coração daquele que confessa e confia nele, realizando, pela ação da
graça de Deus, a conversão. A conseqüente mudança de sentimentos,
gestos e atitudes traz a novidade da reconciliação, a força da aliança
e a convicção do quanto é bom ser bom e santo como nosso Deus, Santo e
Bom. Esta é a consciência do Verdadeiro Povo de Deus a caminho. Nesta
consciência está a alavanca que marca o chão do caminho libertador do
Povo de Deus e nunca o deixa perder o rumo, retomando sempre a direção
da Vida Verdadeira e do encontro definitivo com este Deus de amor.
Salmo 50
- Tende piedade, ó meu Deus,
misericórdia! Na imensidão do vosso amor, purificai-me!
- lavai-me todo inteiro do
pecado, e apagai completamente a minha
culpa!
- Eu reconheço toda a minha
iniqüidade, o meu pecado está sempre à minha frente.
- Foi contra vós, só contra
vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!
- Mostrais assim quanto sois
justo na sentença, e quanto é reto o julgamento que fazeis.
- Vede, Senhor, que eu nasci
na iniqüidade e pecador já minha mãe me concebeu.
- Mas vós amais os corações
que são sinceros, na intimidade me ensinais sabedoria.
- Aspergi-me e serei puro do
pecado, e mais branco do que a neve ficarei.
- Fazei-me ouvir cantos de
festa e de alegria, e exultarão estes meus ossos que esmagastes.
- Desviai o vosso olhar dos
meus pecados e apagai todas as minhas transgressões!
- Criai em mim um coração
que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido.
- Ó Senhor, não me afasteis
de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
- Dai-me de novo a alegria
de ser salvo e confirmai-me com um espírito generoso!
- Ensinarei vosso caminho
aos pecadores, e para vós se voltarão os transviados.
- Da morte como pena,
libertai-me, e minha língua exaltará vossa justiça!
- Abri meus lábios, ó
Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor!
- Pois não são de vosso
agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais.
- Meu sacrifício é minha
alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!
- Sede benigno com Sião, por
vossa graça, reconstruí Jerusalém e os seus muros!
- E aceitareis o verdadeiro
sacrifício, os holocaustos e oblações em vosso altar!
Pai nosso, que estais nos
céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso Reino, seja
feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada
dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós
perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do mal. Amém.
3.
Louvores
Meus Deus, como és Santo, e
admirável e bom!
És o Senhor de todo o
Universo.
Os Teus pensamentos estão
acima dos pensamentos dos homens.
O Teu poder é maior do que
todos os poderes da terra.
O Teu amor é mais forte e
mais profundo do que o que pode compreender o meu coração.
Admiro-Te, submeto-me a Ti.
Adoro-Te com profunda reverência.
Dou-Te graças por tudo.
Quero amar-Te mais e mais, a
Ti, meu soberano Deus e Senhor.
Deus Santo, Deus Forte, Deus
Imortal. Livra-nos, Senhor, de todo o mal.
4.
Invocações
Alma de Cristo,
santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo,
inebriai-me.
Água do lado de Cristo,
lavai-me.
Paixão de Cristo,
confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro das Vossas Chagas,
escondei-me.
Não permitais que me separe
de Vós.
Do espírito maligno,
defendei-me.
Na hora da minha morte,
chamai-me
e mandai-me ir para Vós,
para que vossos Santos vos
louve
por todos os séculos dos
séculos. Amém.
5. Adoro Te Devote
Adoro-Te com amor, Deus
escondido,
Que sob estas espécies és
presente,
Dou-Te o meu coração
inteiramente
Em Tua contemplação
desfalecido.
A vista, o tacto, o gosto
nada sabem.
Só no que o ouvido sabe se
há-de crer.
Creio em tudo o que o Filho
de Deus veio dizer.
Nada mais verdadeiro pode
ser
Do que a própria Palavra da
Verdade.
Na Cruz estava oculta a
divindade,
Aqui também o está a
humanidade.
E, contudo, eu creio e
confesso
Que ambas aqui estão na
realidade,
E o que pedia o bom ladrão,
eu peço.
Não vejo as chagas, como
Tomé.
Mas confesso-Te, meu Deus e
meu Senhor,
Faz-me ter cada vez em Ti
mais fé,
Uma esperança maior e mais
amor.
Ó memorial da morte do
Senhor!
Ó vivo pão que ao homem dás
a vida!
Que a minha alma sempre de
Ti viva!
Que sempre lhe seja doce o
Teu sabor!
Ó doce pelicano! Ó bom
Jesus!
Lava-me com o Teu sangue, a
mim, imundo,
Com esse sangue do qual uma
só gota
Pode salvar do pecado todo o
mundo.
Jesus, a Quem contemplo
oculto agora,
Dá-me o que eu desejo
ansiosamente:
Ver-Te, face a face, na Tua
glória
E na glória contemplar-Te
eternamente. Amém.
6. Invocação ao Espírito Santo
Vinde, Espírito Santo,
enchei os corações dos
Vossos fiéis
e acendei neles o fogo do
Vosso amor.
V.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado,
R.
E renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que
instruístes os corações dos Vossos fiéis
com a luz do Espírito Santo,
fazei que apreciemos
retamente todas as coisas,
segundo o mesmo Espírito, e
gozemos sempre de suas consolações.
Por Cristo Senhor nosso,
Amém.
7. Vinde
Espírito criador
Ó, vinde, Espírito Criador,
As nossas almas visitai
E enchei os nossos corações
Com vossos dons celestiais.
Vós sois chamado o
Intercessor,
Do Deus excelso o dom sem
par,
A fonte viva, o fogo, o
amor,
A unção divina e salutar.
Sois doador dos sete dons
E sois poder na mão do Pai,
Por Ele prometido a nós;
Por nós seus feitos
proclamai.
A nossa mente iluminai,
Os corações enchei de amor,
Nossa fraqueza encorajai,
Qual força eterna e
protetor.
Nosso inimigo repeli,
E concedei-nos vossa paz;
Se pela graça nos guiais,
O mal deixamos para trás.
Ao Pai e ao Filho Salvador
Por vós possamos conhecer.
Que procedeis do seu amor
Fazei-nos sempre firmes
crer.
8.
Ave Maria
Ave Maria cheia de graça, o
Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o
fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós,
pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.
9. Salve Rainha
Salve Rainha, Mãe de
misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos,
os degradados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando
neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos
misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos
Jesus, bendito fruto de vosso ventre. Ó clemente! ó piedosa! ó doce
sempre Virgem Maria!
V.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.
10.
Magnificat
A minha alma engrandece o
Senhor *
E se alegrou o meu espírito
em Deus, meu Salvador.
Pois, ele viu a pequenez de
sua serva: *
Desde agora as gerações hão
de chamar-me de bendita.
O Poderoso fez em mim
maravilhas
E Santo é o seu nome.
Seu amor, de geração em
geração, *
Chega a todos que o
respeitam.
Demonstrou o poder do Seu
braço *
Dispersou os orgulhos.
Derrubou os poderosos de
seus tronos *
E os humildes exaltou.
De bens saciou os famintos
E despediu, sem nada, os
ricos.
Acolheu Israel, seu servo,
Fiel ao seu amor,
Como havia prometido a
nossos pais, *
Em favor de Abraão e de seus
filhos para sempre.
Glória ao Pai e ao Filho e
ao Espírito Santo,
Como era no princípio, agora
e sempre. Amém.
11. O
Rosário
A oração do
Rosário faz parte da tradição católica. Por ela se contemplam os
mistérios de Nosso Senhor Jesus Cristo. No ano de 2002, o Papa João
Paulo II acrescentou os mistérios luminosos para essa oração. E assim
se expressou: “...o motivo mais importante para propor com insistência
a prática do Rosário reside no fato de este constituir um meio
validíssimo para favorecer entre os crentes aquele compromisso de
contemplação do mistério cristão [...] como verdadeira e
própria pedagogia da santidade: Há necessidade dum cristianismo que se
destaque principalmente pela arte da oração. Enquanto que na
cultura contemporânea, mesmo entre tantas contradições, emerge uma
nova exigência de espiritualidade, solicitada inclusive pela
influência de outras religiões, é extremamente urgente que as nossas
comunidades cristãs se tornem « autênticas escolas de oração. O
Rosário situa-se na melhor e mais garantida tradição da contemplação
cristã. Desenvolvido no Ocidente, é oração tipicamente meditativa e
corresponde, de certo modo, à « oração do coração » ou « oração de
Jesus » germinada no húmus do Oriente cristão” (Cf. Rosarium
Viriginis Mariae nº 5).
Oração para oferecimento do
terço:
Divino Jesus, nós Vos
oferecemos este Terço que vamos rezar, contemplando os mistérios de
nossa Redenção. Concedei-nos, pela intercessão de Maria, vossa Mãe
Santíssima, a quem nos dirigimos, as virtudes necessárias para bem
rezá-lo e a graça de ganhar as indulgências anexas a esta santa
devoção.
Jaculatória:
Ó meu Jesus, perdoai-nos,
livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu,
principalmente aquelas que mais precisarem.
Ao concluir a contemplação
dos mistérios do dia reza-se o agradecimento:
Infinitas graças Vos damos,
soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de
vossas mãos liberais. Dignai-Vos, agora e sempre, tomar-nos debaixo de
vosso poderoso amparo, e para mais Vos obrigar, Vos saudamos com uma
Salve Rainha (Reza-se a Salve-Rainha)...
a)
Mistérios Gozosos
(Segundas e quintas-feiras)
Os mistérios gozosos nos
auxiliam a ter um conhecimento mais profundo do amor a Deus.
Ajudam-nos a meditar no grande Mistério da Encarnação. Deus manifesta
seu amor salvífico por nós.
1. Anunciação do anjo Gabriel à Virgem Maria.
“Ave, cheia de graça, o
Senhor é contigo...” (Lc 1, 28-38)
2. A
visita de Maria a sua prima Santa Isabel.
“De onde me vem a felicidade
de que a Mãe do meu Senhor me visite!” (Lc 1, 43)
3.
Nascimento de Jesus na gruta de Belém.
“O verbo se fez carne e
habitou entre nós” (Jo 1, 14)
4. Apresentação do Menino Jesus no templo.
“Eis que este Menino está
destinado para ser sinal de contradição.” (Lc 2, 34)
5. O
encontro do Menino Jesus no templo.
“Porque me procuráveis? Não
sabíeis que devo ocupar-me com as coisas de meu Pai?” (Lc 2, 49)
b)
Mistérios Luminosos
(Quintas-feiras)
Os mistérios da luz refletem
desde a infância de Jesus, sua vida de Nazaré, até a vida pública de
Jesus. Cada um destes mistérios é revelação do Reino divino já
personificado no mesmo Jesus.
1. Batismo do Senhor no
Jordão.
“Depois de
ser batizado, Jesus logo saiu da água. Então o céu se abriu, e Jesus
viu o Espírito de Deus,
descendo como pomba e pousando sobre ele. E do céu veio uma voz,
dizendo: «Este é o meu Filho amado, que muito me agrada.» (Mt 3, 16s)
2. As Bodas de Caná.
“No terceiro dia, houve uma
festa de casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava aí.
Jesus também tinha sido convidado para essa festa de casamento, junto
com seus discípulos.” (Jo 2, 1-12)
3. Anúncio do Reino e
apelo à conversão.
“O tempo já se cumpriu, e o
Reino de Deus está próximo. Convertam-se e acreditem na Boa Notícia.”
(Mc 1, 15)
4. A transfiguração de
Jesus.
“Mas, da nuvem saiu uma voz
que dizia: «Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutem o que ele diz!”(Lc
9, 35)
5. A Instituição da
Eucaristia.
“Antes da festa da Páscoa,
Jesus sabia que tinha chegado a sua hora. A hora de passar deste mundo
para o Pai. Ele, que tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os
até o fim.”(Jo 13, 1)
c)
Mistérios Dolorosos
(Terças e sextas-feiras)
Os mistérios dolorosos nos
preparam para entender e melhor viver os sofrimentos que Deus nos
envia. Apresentam-nos o Mistério da Redenção. É o grande amor de Jesus
por nós que chegou a dar a própria vida pela nossa salvação.
1. A
agonia de Jesus no Horto das Oliveiras.
“Vigiai e orai para não
cairdes em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mc
14, 38)
2. A
flagelação de Jesus.
“Então Pilatos mandou
prender e flagelar Jesus” (Jo 19, 1)
3. Jesus
é coroado de espinhos.
“Teceram uma coroa de
espinhos e puseram-na sobre sua cabeça dizendo: Salve, rei dos
judeus.” (Mc 15, 17-18)
4. Jesus
carrega a Cruz para o Monte Calvário.
“Se alguém quiser vir
comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e me siga.” (Mt 16, 24)
5. A
crucificação, sofrimento e morte de Jesus.
“Pai, em tuas mãos entrego o
meu espírito!” (Lc 23, 46)
d)
Mistérios Gloriosos
(Quartas-feiras e domingos)
Os mistérios Gloriosos nos
convidam a viver na esperança dos filhos de Deus. Apresentam-nos o
grande Mistério da Ressurreição de Jesus e nos convidam a caminhar
para ressuscitarmos um dia com Cristo.
1. A
ressurreição de Jesus.
“Não temais! Sei que
procureis Jesus crucificado. Não está aqui, porque ressuscitou como
havia predito” (Mt 28, 5-6)
2. A
ascensão de Jesus aos Céus.
“E, enquanto os abençoava,
foi-se afastando deles, e subindo para o céu.” (Lc 24, 51)
3. A
descida do Espírito Santo.
“Todos ficaram cheios do
Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas.” (At 2, 4)
4. A
Assunção de Maria Santíssima aos Céus.
“Fez em mim grandes coisas o
Todo-Poderoso.” (Lc 1, 49)
5.
Coroação de Nossa Senhora como Rainha do céu e da terra.
“Apareceu um grande sinal no
céu, uma mulher vestida de sol, com uma coroa de doze estrelas.” (Ap
12, 1)
12.
Ladainha de Nossa Senhora
Senhor, tende piedade de
nós.
Jesus Cristo, tende piedade
de nós.
Senhor, tende piedade de
nós.
Pai Celeste, que sois Deus,
tende piedade de nós.
Filho, Redentor do mundo,
que sois Deus,
Espírito Santo, que sois
Deus,
Santíssima Trindade, que
sois um só Deus,
Santa Maria! Rogai por nós.
Santa Mãe de Deus! Rogai por
nós.
Santa Virgem das Virgens!
Rogai por nós!
Mãe de Jesus Cristo! Rogai
por nós!
Mãe da divina graça! Rogai
por nós!
Mãe puríssima! Rogai por
nós!
Mãe castíssima! Rogai por
nós!
Mãe intacta! Rogai por nós!
Mãe intemerata! Rogai por
nós!
Mãe amável! Rogai por nós!
Mãe admirável! Rogai por
nós!
Mãe do bom conselho! Rogai
por nós!
Mãe do Criador! Rogai por
nós!
Mãe do Salvador! Rogai por
nós!
Mãe da Igreja! Rogai por
nós!
Virgem prudentíssima! Rogai
por nós!
Virgem venerável! Rogai por
nós!
Virgem louvável! Rogai por
nós!
Virgem poderosa! Rogai por
nós!
Virgem clemente! Rogai por
nós!
Virgem fiel! Rogai por nós!
Espelho de justiça! Rogai
por nós!
Sede de sabedoria! Rogai por
nós!
Causa da nossa alegria!
Rogai por nós!
Vaso espiritual! Rogai por
nós!
Vaso honorífico! Rogai por
nós!
Vaso insigne de devoção!
Rogai por nós!
Rosa mística! Rogai por nós!
Torre de Davi! Rogai por
nós!
Torre de marfim! Rogai por
nós!
Casa de ouro! Rogai por nós!
Arca da aliança! Rogai por
nós!
Porta do Céu! Rogai por nós!
Estrela da manhã! Rogai por
nós!
Saúde dos enfermos! Rogai
por nós!
Refúgio dos pecadores! Rogai
por nós!
Consoladora dos aflitos!
Rogai por nós!
Auxílio dos cristãos! Rogai
por nós!
Rainha dos anjos! Rogai por
nós!
Rainha dos patriarcas! Rogai
por nós!
Rainha dos profetas! Rogai
por nós!
Rainha dos apóstolos! Rogai
por nós!
Rainha dos mártires! Rogai
por nós!
Rainha dos confessores!
Rogai por nós!
Rainha das virgens! Rogai
por nós!
Rainha de todos os santos!
Rogai por nós!
Rainha concebida sem pecado
original! Rogai por nós!
Rainha assunta ao Céu! Rogai
por nós!
Rainha do sacratíssimo
Rosário! Rogai por nós!
Rainha da família! Rogai por
nós!
Rainha da paz! Rogai por
nós!
Cordeiro de Deus que tirais
o pecado do mundo,
perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais
o pecado do mundo,
ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais
o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
V: Rogai por nós, Santa Mãe
de Deus.
R: Para que sejamos dignos
das promessas de Cristo. Amém.
Oremos: Concedei a vossos
servos, nós Vos pedimos, Senhor nosso Deus, que gozemos perpétua saúde
de alma e de corpo; e que, pela gloriosa intercessão da bem-aventurada
sempre Virgem Maria, sejamos livres da presente tristeza e alcancemos
a eterna alegria. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
13. Regina coeli
Rainha do Céu, alegrai-vos,
aleluia.
pois o Senhor que merecestes
trazer em vosso seio, aleluia,
ressuscitou, como disse,
aleluia:
rogai a Deus por nós,
aleluia.
V. Alegrai-vos e exultai, ó
Virgem Maria, aleluia.
R. Porque o Senhor
ressuscitou verdadeiramente, aleluia.
Oremos.
Ó Deus, que na gloriosa ressurreição do vosso Filho, restituístes a
alegria ao mundo inteiro, por intercessão da Virgem Maria,
concedei-nos gozar a alegria da vida eterna. Por Cristo Nosso Senhor.
Amém!
14.
Angelus
V. O Anjo do Senhor anunciou
a Maria.
R. E Ela concebeu do
Espírito Santo.
Ave Maria...
V. Eis aqui a serva do
Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a
vossa Palavra.
Ave Maria...
V. E o Verbo Se fez carne.
R. E habitou entre nós.
Ave Maria...
V. Rogai por nós Santa Mãe
de Deus.
R. Para que sejamos dignos
das promessas de Cristo.
Oremos.
Infundi, Senhor, em nossas almas a vossa graça, para que conhecendo
pela anunciação do Anjo a Encarnação de Cristo, vosso Filho bem amado,
cheguemos por sua Paixão e Cruz, à glória da ressurreição. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo Vosso Filho que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
15.
Ato de Entrega a Nossa Senhora
Ó Senhora minha, ó minha
Mãe, eu me ofereço todo a Vós e em prova da minha devoção para
convosco Vos consagro, neste dia, os meus olhos, os meus ouvidos, a
minha boca, o meu coração e inteiramente todo o meu ser; e porque
assim sou todo Vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-
me como coisa e propriedade
Vossa. Lembrai-Vos que vos pertenço, terna Mãe, Senhora nossa,
guardai-me e defendei-me como coisa própria Vossa. Amém.
16. À
Vossa proteção (Sub tuum praesidium)
À vossa proteção recorremos,
santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas
necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem
gloriosa e bendita.
17. Santo
Anjo
Santo Anjo do Senhor, meu
zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege,
guarda, governa, ilumina. Amém.
Senhor, eu me arrependo
sinceramente de todo mal que pratiquei e do bem que deixei de fazer.
Pecando, eu vos ofendi, meu Deus e meu sumo bem, digno de ser amado
sobre todas as coisas. Prometo firmemente, ajudado com a vossa graça,
fazer penitência e fugir às ocasiões de pecar. Amém.
19.
Ação de graças depois da Missa (Santo Tomás de Aquino)
Eu vos dou graças,
ó Senhor, Pai santo, Deus
eterno e todo-poderoso,
porque, sem mérito algum de
minha parte,
mas somente pela
condescendência de vossa misericórdia,
vos dignastes saciar-me, a
mim pecador,
vosso indigno servo,
com o sagrado Corpo e o
precioso Sangue do vosso Filho,
nosso Senhor Jesus Cristo.
E peço que esta santa
comunhão
não me seja motivo de
castigo,
mas salutar garantia de
perdão.
Seja para mim armadura da
fé, escudo de boa vontade
e libertação dos meus
vícios.
Extinga em mim a
concupiscência e os maus desejos,
aumente a caridade e a
paciência,
a humildade e a obediência,
e todas as virtudes.
Defenda-me eficazmente
contra as ciladas dos inimigos,
tanto visíveis como
invisíveis.
Pacifique inteiramente todas
as minhas paixões,
unindo-me firmemente a vós,
Deus uno e verdadeiro,
feliz consumação de meu
destino.
E peço que vos digneis
conduzir-me a mim pecador
àquele inefável convívio em
que vós
com vosso Filho e o Espírito
Santo,
sois para os vossos Santos a
luz verdadeira,
a plena saciedade e a eterna
alegria,
a ventura completa e a
felicidade perfeita.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.
20.
Oração Vocacional
Dom
Antônio Celso de Queirós
Senhor da Messe e Pastor do
Rebanho,
faz ressoar em nossos
ouvidos teu forte
e suave convite: “Vem e
Segue-me”!
Derrama sobre nós o teu
Espírito,
que Ele nos dê sabedoria
para ver o caminho
e generosidade para seguir
tua voz.
Senhor, que a Messe não se
perca por falta de operários.
Desperta nossas comunidades
para a Missão.
Ensina nossa vida a ser
serviço.
Fortalece os que querem
dedicar-se ao Reino
na vida consagrada e
religiosa.
Senhor, que o Rebanho não
pereça por falta de Pastores.
Sustenta a fidelidade de
nossos bispos,
padres, diáconos e
ministros.
Dá perseverança a nossos
seminaristas.
Desperta o coração de nossos
jovens
para o ministério pastoral
em tua Igreja.
Senhor da Messe e Pastor do
Rebanho,
chama-nos para o serviço de
teu povo.
Maria, Mãe da Igreja,
modelo dos servidores do
Evangelho,
ajuda-nos a responder SIM.
Amém.
21. Oração pela Igreja, Pelo Santo Padre o Papa e pela Pátria
Deus e Senhor nosso,
protegei a vossa Igreja. Dai-lhe santos pastores e dignos ministros.
Derramai as vossas bênçãos sobre o nosso Santo Padre, o Papa; sobre o
nosso (Arce)bispo [e seu(s) Bispo(s) Auxiliar(es)], sobre o nosso
Pároco, sobre todo o clero; sobre o Chefe da Nação e do Estado e sobre
todas as pessoas constituídas em dignidade, para que governem com
justiça. Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa.
Favorecei, com os efeitos contínuos da vossa bondade, o Brasil, este (Arce)bispado,
a Paróquia em que habitamos, a cada um de nós em particular e a todas
as pessoas por quem somos obrigados a orar, ou que se recomendaram às
nossas orações. Tende misericórdia das almas dos fiéis, que padecem no
purgatório. Dai-lhes, Senhor, o descanso e a luz eterna.
FÓRMULAS DE PROFISSÃO DE FÉ
1.
Símbolo apostólico
Creio em Deus Pai
todo-Poderoso, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único
Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado,
morto e sepultado; desceu a mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro
dia; subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e mortos; creio no Espírito Santo,
na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos
pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.
2.
Símbolo Niceno-Constantinopolitano
Creio em um só Deus, Pai
todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis
e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de
Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da
luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado,
consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por
nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus: e se encarnou
pelo Espírito Santo, no seio da virgem Maria, e se fez homem. Também
por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus,
onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua
glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do
Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, ele que falou
pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica.
Professo um só batismo para remissão dos pecados. E espero a
ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.
Leitura Orante da Bíblia
Um método (caminho) para
orar
Entro na
oração
Pacifico-me, com um momento
de silêncio. Respiro, lentamente. Penso no meu encontro com o Senhor.
Coloco-me na Sua presença –
Faço o sinal da cruz ou um gesto de profunda reverência: “tu me vês”.
Faço uma oração
preparatória: “Meu Senhor e meu Deus, que todos os meus pensamentos,
desejos e ações estejam ordenados unicamente ao vosso serviço e
louvor”.
Situo o assunto que vou
considerar no lugar em que os fatos aconteceram, ou no contexto
imaginativo da minha preferência.
Peço ao Senhor a graça que
desejo alcançar nesta oração.
Esta petição poderá ser
repetida, ao longo da oração, sempre que me distrair ou quando quiser
retornar ao ponto de partida da oração.
Medito
ou contemplo o texto bíblico escolhido
Leio o texto lentamente,
versículo por versículo.
Lembro que, atrás de cada
palavra, está o Senhor, que me fala hoje.
Uso a memória para recordar,
a inteligência para compreender e aplicar à minha vida: a vontade para
desejar, pedir, agradecer, amar, adorar.
Não ter pressa. Sentir e
saborear internamente. Onde encontrar gosto, inspiração ou consolação,
lá pararei até ficar saciado.
Encerro a oração Dialogo com
o Senhor, de amigo a amigo, sobre aquilo que meditei ou contemplei.
Rezo o Pai Nosso.
Saio
suavemente da oração.
Terminada a oração, examino
brevemente da minha parte fui fiel?
Se não fui bem na oração,
busco as causas e peço perdão... Resumo o fruto ou as principais
moções espirituais que tive na oração.
Registro por escrito o que me parecer mais importante.