quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

As três missas do Natal - Catequese

MISSA DA MEIA-NOITE
 

Mas é tal a grandeza deste mistério que a Igreja não se limitará a oferecer um só Sacrifício. A Chegada de um dom tão precioso e longamente esperado merece ser reconhecida com novas homenagens. Deus Pai dá seu Filho à Terra; o Espírito de Amor opera esta maravilha: convêm que a Terra corresponda à gloriosa Trindade com a homenagem de um triplo Sacrifício. Além disso, Aquele que nasce hoje não se manifestou em três nascimentos? Ele nasce, nessa noite, da Virgem bendita; ele vai nascer, pela sua graça, nos corações dos pastores que são as primícias de toda a cristandade; ele nasce eternamente do seio de seu Pai, nos esplendores dos santos; este triplo nascimento deve ser honrado por uma tripla homenagem.

A primeira missa honra o nascimento segundo a carne. Os três nascimentos são como efusões da luz divina; ora, eis à hora onde o povo que andava nas trevas viu uma grande luz, e onde o dia nasceu sobre aqueles que habitavam a região das sombras da morte. Fora do templo santo onde nos reunimos, a noite é profunda: noite material, por causa da ausência do sol; noite espiritual, por causa dos pecados dos homens, que dormem no esquecimento de Deus, ou que estão acordados para cometer crimes. Em Belém, em torno do estábulo, na cidade, o ambiente é de sombras; e os homens que não encontraram lugar para o Hóspede divino, repousam numa paz grosseira; eles não serão despertados pelo concerto dos anjos. 

Entretanto, à meia-noite, a Virgem sentiu que chegava o momento supremo. Seu coração maternal é, de repente, inundado de delícias desconhecidas; ele se liquefaz num êxtase de amor. Súbito, ultrapassando com sua onipotência as barreiras do seio maternal, do mesmo modo que ele penetrará um dia a pedra do sepulcro, o Filho de Deus, Filho de Maria, aparece estendido sobre o solo, sob os olhares de sua mãe, para a qual ele estende os braços. O raio de sol não ultrapassa com mais rapidez o puro cristal, que não o pode impedir. A Virgem Maria adora esse Menino divino que sorri para Ela; Ela ousa abraçá-lo; Ela o envolve de panos que Ela tinha preparado. Ela o deita no presépio. O fiel José adora com Ela; os santos anjos, segundo a profecia de Davi, rendem profundas homenagens a seu criador, no momento de sua entrada nesta Terra. O céu se abre por cima do estábulo, e os primeiros votos do recém-nascido sobem ao Pai dos séculos; seus primeiros gritos, seus doces vagidos chegam aos ouvidos do Deus ofendido, e já preparam a salvação do mundo.

No mesmo momento, a pompa do Sacrifício atrai todos os olhares dos fiéis para o altar; os ministros sagrados partem, o padre sacrificador chega aos degraus do santuário. Enquanto isso, o coro canta o cântico de entrada, o Intróito (Primeiras palavras da missa). É Deus mesmo quem fala; Ele diz a seu Filho que Ele o engendrou hoje. Em vão, as nações tremerão na sua impaciência por causa de seu jugo; este Menino as dominará, e Ele reinará. Pois Ele é o Filho de Deus.

MISSA DA AURORA

Eis que, nesse mesmo momento, os pastores, convidados pelos santos anjos, chegam apressados a Belém; eles se comprimem no estábulo, que era muito pequeno para conter o seu número. Dóceis à advertência do Céu, eles vieram para reconhecer o Salvador que, disseram-lhes, tinha nascido para eles. Eles encontram todas as coisas conforme ao que os anjos lhes tinham anunciado. Quem poderia narrar à alegria dos seus corações, a simplicidade de sua fé? Eles não se espantam de encontrar, sob as aparências de uma pobreza semelhante à sua, Aquele cujo nascimento comove mesmo aos anjos. Seus corações compreenderam tudo; eles adoram e querem muito bem a esse menino. Eles são já cristãos: a Igreja cristã começa com eles; o mistério de um Deus rebaixado é recebido por corações humildes. Herodes tentará matar o menino; a Sinagoga tremerá; seus doutores se elevarão contra Deus e contra o seu Ungido; eles levarão à morte o libertador de Israel; mas a Fé permanecerá firme e inabalável na alma dos pastores, esperando que os sábios e os poderosos por sua vez se abaixassem diante do Presépio e da Cruz.

Que se passou no coração desses homens simples? Cristo nasceu nesses corações, Ele aí habita doravante pela Fé e pelo Amor. Eles são nossos pais na Igreja. E nós devemos nos tornar semelhantes a eles. Chamemos, pois, o divino Menino, para que Ele venha às nossas almas; deixemos um lugar para Ele, e que nada lhe feche a entrada nos nossos corações. Os anjos falam também para nós, eles nos anunciam a boa-nova; este benefício não deve se restringir somente aos habitantes dos campos de Belém. Ora, a fim de honrar o mistério da vinda silenciosa do Salvador nas nossas almas, o padre vai daqui a pouco subir ao santo altar e apresentar, pela segunda vez, o Cordeiro sem mácula aos olhares do Pai Celeste que o envia.

Que nossos olhos estejam, pois fixos sobre o altar, como os olhos dos pastores sobre o Presépio; procuremos aí, como eles, o Menino recém-nascido, envolvido em panos. Entrando no estábulo, eles ainda ignoravam Aquele que eles iriam ver; mas os seus corações estavam preparados. De repente eles o perceberam, e seus olhos se fixaram sobre o Sol Divino. Jesus, do fundo do Presépio, olha para eles com amor; eles são iluminados, o dia nasce em seus corações. Mereçamos que se cumpra em nós esta palavra do Príncipe dos Apóstolos: a lucerna (fresta) que alumia num lugar obscuro, até que venha o dia, e a estrela da manhã nasça em vossos corações (II Pe. I, 19).

Nós chegamos aí, a essa aurora bendita; o divino Oriente apareceu, Aquele que nós esperávamos, e ele não desaparecerá mais em nossa vida: pois nós queremos temer acima de tudo a noite do pecado, noite da qual Ele nos livrou. Nós somos os filhos da luz e os filhos do dia (I Tess. V, 5); nós não conhecemos mais o sono da morte; mas nós sempre velaremos, lembrando-nos que os pastores velavam quando o anjo lhes falou e o céu se abriu sobre as suas cabeças. Todos os cantos dessa Missa da Aurora nos mostrarão de novo o esplendor do Sol de Justiça; desfrutemos deles como se fôssemos cativos presos há muito tempo numa prisão tenebrosa, aos quais uma doce luz vem lhes devolver a vista. O Deus da luz resplandece no fundo do Presépio; seus raios divinos embelezam os traços nobres da Virgem Maria, que o contempla com tanto amor; a face venerável de São José também recebe dele um brilho novo; mas estes raios não são contidos nos estreitos limites da gruta. Eles deixam nas suas trevas merecidas a ingrata Belém, mas eles se espalham pelo mundo inteiro, e acendem em milhões de corações um amor inefável por esta Luz do alto, que arranca o homem dos seus erros e paixões e o eleva em direção ao sublime fim, para o qual ele foi criado.

Iluminura medieval sobre o Natal. Início do Ofício Divino: “Deus in adjutorium meum intende. (Deus está vindo em meu auxílio) Domine, ad ad…”

MISSA DO DIA

O mistério que a Igreja honra nessa terceira missa é o do nascimento eterno do Filho de Deus no seio de seu Pai. Ela celebrou, na meia-noite, o Deus-Homem nascendo do seio da Virgem no estábulo; na aurora, o divino Menino nascendo no coração dos pastores; nesse momento, resta-lhe contemplar um nascimento muito mais maravilhoso que os dois outros, um nascimento cuja luz ofusca o olhar dos anjos, e que é o eterno testemunho da fecundidade de nosso Deus. O Filho de Maria é também o Filho de Deus: nosso dever é o de proclamar hoje a glória desta inefável geração, que o produz consubstancial ao Pai, Deus de Deus, Luz da Luz. Elevemos nossos olhares até o Verbo Eterno que era no princípio com Deus, e sem o qual Deus não foi jamais. Pois Ele é a forma de sua substância e o esplendor de sua eterna verdade.

A santa Igreja abre os cantos do terceiro sacrifício pela aclamação ao Rei recém-nascido. Ela celebra o poderoso principado que Ele possui, enquanto Deus, antes de todos os tempos, e que Ele receberá, como homem, por meio da Cruz que um dia Ele deverá carregar sobre seus ombros. Ele é o Anjo do Grande Conselho, quer dizer o enviado do Céu para cumprir o sublime desígnio concebido pela gloriosa Trindade, de salvar o homem pela Encarnação e pela Redenção. Nesse augusto conselho, o Verbo teve sua parte divina. E seu devotamento á glória de seu Pai, junto a seu amor pelos homens, lhe faz tomar sobre si o cumprimento.

Fonte: Fraternidade Sacerdotal São Pio X

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Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.