quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Ministério na Igreja II


MINISTÉRIO DA COORDENAÇÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA  

“Como bons administradores da multiforme graça de Deus, cada um
coloque à disposição dos outros o dom que recebeu” (1Pd 4,10).

As palavras ministros e ministério decalcadas no latim da vulgata correspondem ao grego diakonos e diakonia. Esses dois termos não pertencem à linguagem religiosa dos setenta, que os empregam, raramente, em sentido profano (Est 1,10; 6,1-5). Na vulgata, minister traduz o hebraico mesaret (Cf. Ex 24,13: Josué servidor de Moisés), que pode designar os sacerdotes, ministros do culto (Is 61,6; Ez 44,11). Entretanto, desde o Primeiro Testamento o fato do ministério religioso exercido no povo de Deus pelos titulares de certas funções sagradas é coisa bem atestada: os reis, os profetas, os depositários do sacerdócio, são servos de Deus que exercem uma mediação entre Ele e o seu povo. Assim, São Paulo dirá que Moisés era ministro da Primeira Aliança (1Cor 3, 7-9). No Segundo Testamento Cristo é único mediador entre Deus e os homens e mulheres; o único sacerdote que oferece o sacrifício da salvação, o portador único da revelação porque ele é a Palavra feita carne. Mas na Igreja que ele fundou se exerce um ministério de novo gênero, que está a serviço da sua Palavra e sua graça.

Jesus ensinou seus seguidores a considerar a sua função como um serviço: os chefes das nações querem ser considerados como benfeitores e senhores, mas eles, a seu exemplo, deverão fazer-se servidores (diakonos) de todos (Mc  10, 42ss). São servos dele, e é a esse título que lhes promete que entrarão com ele na glória do Pai (Jo 12, 26). Desde o começo dos Atos dos Apóstolos, é, pois, visto como um ministério (diakonia: At 1, 17-25) que Matias é chamado a desempenhar com os outros onze.

A vocação de Paulo ao apostolado (Rm 1,1) é também um chamado ao ministério (1Tm 1,12; 2Cor 4,1) que Paulo se esforça depois por desempenhar dignamente (At 20,24) e graças ao qual leva a salvação aos pagãos (21, 19). Consciente de ser assim ministro de Deus (2Cor 6,3ss) e ministro de Cristo (11,23), ele sente vivamente a grandeza dessa função superior à do próprio Moisés por ser um serviço da nova Aliança, da justiça, do Espírito (3,6-9), da reconciliação (5,18) do Evangelho (Cl 1,23; Ef3,7) da Igreja (Cl 1,25).

No entanto, o ministério, na Igreja nascente, transcende amplamente o exercido do apostolado propriamente dito. A palavra diakonia se aplica, antes de tudo, a serviços materiais necessários à comunidade, como serviço das mesas (At 6,1.4; Lc 10.40) e a coleta para os pobres de Jerusalém (At 11,29;12,25;Rm15,31; 1Cor 16,15; 2Cor 8,4; 9,1-12). Além disso, o ministério e confiando a Arquipo (Cl 4,17) a Timóteo (2Tm 4,5); o título de ministro  (diakonos) é dado a Apolo como a Paulo (1Cor 3,5), a Timóteo (1Tl 3.2; 1Tm 4,6), a Tíquio (Cl 4,7: Ef 6,21) a Epafras (Cl 1,7), e mesmo aos falsos apóstolos judaizantes (2Cor 11,23). Isto mostra que há na Igreja “diversidade de ministérios” (1Cor 12,5), pois “o Espírito diversifica seus carismas visando a obra do ministério” (Ef 4,12). Todo “serviço dessa espécie (Rm 12,17) deve se realizar sob a influência do Espírito (1Cor 12, 7), como um mandato recebido de Deus (1 Pd 4,11). Resta ver em que consistem esses “serviços”. As listas de carismas dadas nas epístolas põem sempre, em primeiro lugar, as funções relativas à Palavra de Deus (apóstolo, profeta, doutor, evangelista). Mas isto não exclui a existência de cargos propriamente pastorais, expressamente mencionados pela epistola aos Efésios (Ef 4,11).

Na Igreja sempre houve e haverá variedades de funções e tarefas que recebem o nome de ministérios. O ministério deve ser entendido como um mandato ao serviço de uma comunidade, de um povo. A origem dos ministérios eclesiais está no mandato que Jesus comunicou a seus discípulos “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19), para servir aos homens e as mulheres na comunidade.  Ministério, portanto, é “um carisma em forma de serviço reconhecido pela Igreja”. O ministério é um compromisso dado pela Igreja aos fiéis que desejam servir, com responsabilidade, a missão que lhes é confiada. O ministério da catequese não pode ser confundido com poder, não é prêmio, nem superioridade, não é título, mas é DIAKONIA, isto é serviço que, suscitado e sustentado pelo Deus amor, há de ser vivido na simplicidade e gratuidade à Igreja. 

A Igreja reconhece que “no conjunto de ministérios e serviços com os quais ela realiza a sua missão evangelizadora, ocupa lugar destacado o ministério da catequese” (DNC 39). Compreendido o sentido do ministério, vamos aprofundar o ministério da coordenação da animação Bíblico-catequética.

Pe. Eduardo Calandro
Pe. Jordélio Siles Ledo, css

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martírio célebre no século II foi o de Santo Inácio de Antioquia; no ano 107, no Coliseu de Roma, vítima da perseguição de Trajano (98-117), por ocasião dos gigantescos espetáculos dados por este imperador para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Inácio foi condenado juntamente com Rufo e Zózimo.

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Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.