O catequista é o grande
responsável pela educação da fé dos seus catequizandos, uma vez que isto não
está acontecendo, de modo geral, no seio familiar. Por isso a missão do
catequista é ser “educador da fé das pessoas e comunidades, numa metodologia que inclua,
sob forma de processo permanente por etapas sucessivas, a conversão, a fé em
Cristo, a vida em comunidade, a vida sacramental e o compromisso apostólico” (DP
1007).
Em toda a vida passamos por diversas fases que
envolvem a nossa existência, nosso história, com isso vamos vivendo um processo
de amadurecimento afetivo e psicológico, o que também ocorre na dinâmica da
nossa vida de fé. Por exemplo, a fé de uma criança que vive a sua primeira
infância, mais ou menos até os seis anos de vida, é diferente da fé de um
adulto de quarenta anos. Desta forma, caracterizar a situação psicológica e
existencial do catequizando para depois indicar algumas alternativas da ação catequética,
dentro de uma perspectiva metodológica e pedagógica, é uma urgência para nós
catequistas.
Somente compreendendo o momento existencial que nosso
catequizando vive é que poderemos ajudá-lo no processo de amadurecimento da fé
e na vivência em comunidade, e assim atingir “a finalidade da catequese” que “é aprofundar o
primeiro anúncio do Evangelho: levar o catequizando a conhecer, acolher,
celebrar e vivenciar o mistério de Deus, manifestado em
Jesus Cristo,
que nos revela o Pai e nos envia o Espírito Santo. Conduz à entrega do coração
a Deus, à comunhão com a Igreja, corpo de Cristo e à participação em sua
missão”. (DNC nº 41)
Portanto, seja qual for
a idade da pessoa que nos procure em nossas comunidades, é necessário buscar
meios efetivos e afetivos para que a mensagem seja anunciada. Precisamos ser
capazes de ir ao encontro, de conhecer suas realidades e ali fazer o anúncio,
ajudando assim no caminho de fé em que a pessoa se despertou e quer fazer em
nossas comunidades eclesiais.
O contexto atual, marcado por
mudanças culturais, perda de valores e crise de paradigmas, atinge de maneira
mais direta os jovens, adolescentes e crianças. A Igreja os prioriza como um
importante desafio para o presente e o futuro. (DNC, n.187)
Portanto, a catequese conforme as idades
deve ser considerada em nossa formação de catequistas como uma necessidade,
pois cada uma das fases da vida é caracterizada por formas diferentes de
organização de conhecimento das coisas e de maturidade de fé que possibilitam as
diferentes maneiras da pessoa relacionar-se com a realidade que a rodeia. De
forma geral, todas as pessoas vivenciam estágios em suas vidas que devem ser
levado em conta no itinerário catequético. Eis o desafio para a nossa ação
evangelizadora na formação dos nossos catequistas.
Temos
muito que caminhar, o que apresentamos neste estudo são apenas pontos de
partida, frutos de nossa experiência como catequistas e com os catequistas que
encontramos em nossa missão.
Para
que uma pessoa seja ela, criança, adolescente, jovem, adulto ou idoso, possa
amadurecer na fé, é preciso que o conteúdo, a mensagem catequética seja
adaptada ao desenvolvimento psicológico em que a pessoa vive. Temos consciência que os conteúdos/mensagens da
catequese independente da idade, no sentido de fatos, eventos ou seqüências a
serem assimilados pelos catequizandos, não serão predeterminados, mas
dependerão do meio em que está instalada a catequese e das experiências que os
catequizandos podem obter sobre tais conteúdos por suas próprias atividades.
Nos
próximos artigos iremos desenvolver separadamente cada fase do desenvolvimento
(criança, adolescente, jovem, adulto, idoso) apresentaremos alguns indicativos
do desenvolvimento da pessoa humana, dentro da psicologia das idades na linha
de pesquisa da psicologia do desenvolvimento e iremos sugerir algumas
alternativas de ação para os catequistas, contemplando assim a psicopedagogia
catequética.
E temos a certeza que nossa ação
evangelizadora acontece no hoje da nossa história, pois assim vislumbramos este
sonho de amanhã e iniciamos a sua realização.
Pe. Eduardo Calandro
Pe. Jordélio Siles Ledo
Pe. Jordélio Siles Ledo
Nenhum comentário:
Postar um comentário