Pecado contra o Espírito Santo é, segundo as palavras de Jesus, relatadas pelos evangelhos segundo Lucas
e segundo
Mateus, como sendo o pecado imperdoável.
Qualquer, porém, que blasfemar
contra o Espírito
Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo.1
Portanto, eu vos digo: Todo o
pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito
não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o
Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito
Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.2
Louis-Claude Fillion
Elabora a seguinte explanação:
A cena aqui descrita pelos
sinópticos nos oferece uma explicação satisfatória desta espantosa maldição.
Jesus tinha acabado de operar um sinal milagroso, por meio do qual a ação de
Deus se mostrou claramente. Os fariseus
e os escribas, fechando
deliberadamente os olhos à luz divina,
atreveram-se a deturpar os fatos de maneira odiosa, atribuindo o milagre ao
príncipe dos demônios. Por esse motivo,
Jesus declarou que a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada, pelo
que deu a entender que os que o insultavam haviam cometido, ou estavam prestes
a cometer, o pecado irremissível.3
Warrem W. Wiersbe
Mas o que vem a ser essa
terrível “blasfêmia contra o Espírito Santo”? (...) trate-se de uma situação
específica, correspondente apenas ao período em que Cristo ministrou aqui na
Terra. Jesus não parecia diferente de qualquer outro homem judeu (Is 53.2). Maldizer
Cristo era uma ofensa perdoável enquanto ele estava aqui na Terra. Mas quando o Espírito de Deus veio no Pentecostes, comprovando
que Jesus era o Cristo e estava vivo, a
rejeição do testemunho do Espírito passou a ser terminante. Logo a única
conseqüência possível era o julgamento.
Ao rejeitarem João Batista, os
líderes estavam rejeitando o Pai
que o enviou. Ao rejeitarem Jesus, estavam rejeitando o Filho. Mas ao
rejeitarem o ministério dos apóstolos,
estavam rejeitando o Espírito Santo – e essa era a rejeição final. O Espírito é
a última testemunha, e tal e tal rejeição não pode ser perdoada.
(...)
É possível cometer o pecado
imperdoável nos dias de hoje? Sim. Nos dias de hoje, esse pecado consiste na
rejeição categórica e definida de Jesus Cristo. Ele deixou bem claro que todos
os pecados podem ser perdoados (Mt 12:31). Adultério, assassinato, blasfêmia e
outros pecados do gênero, todos podem ser perdoados. Mas Deus não pode perdoar
aquele que rejeita seu Filho, pois é o Espírito quem dá testemunho de Cristo
(Jo 15:26) e quem convence o pecador perdido (Jo 16:7-11)4
Referências
1. Ir para cima ↑ Evangelho segundo Lucas 12:10
2. Ir para cima ↑ Evangelho segundo Mateus
12:30-31
3. Ir para cima ↑ Louis-Claude Fillion,
Enciclopédia da Vida de Jesus, Editora Central Gospel, 2008 (2004), pag. 601
4. Ir para cima ↑ Warrem W. Wiersbe, Comentário
Bíblico Expositivo: Novo Testamento: Vol I; traduzido por Susana E. Klassen,
Editora Geográfica, SP, 2006, pg. 53
Qual é o pecado contra o Espírito Santo? Pois a Bíblia
diz:”Todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia
contra o Espírito Santo não será perdoada.” Mat.12:31
Abaixo vejamos alguns versos bíblicos que falam a
respeito de blasfemar contra, ou pecar contra, o Espírito Santo.
“E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do
homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não
lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.” – Mateus 12:32
“Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo,
nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo” – Marcos 3:29
“E a todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do
homem ser-lhe-á perdoada, mas ao que blasfemar contra o Espírito Santo não lhe
será perdoado.” – Lucas 12:10
Há pecados demasiadamente graves para que Deus os perdoe?
A resposta é: Errado!
Jesus veio e pagou por todos os pecados de todos os
homens deste mundo. Nenhum pecado pode ser considerado indigno de perdão,
exceto um!
Existe algum pecado imperdoável? Sim!
O pecado imperdoável é aquele no qual o pecador não se
arrepende e não pede perdão a Deus.Pode ser qualquer pecado!! Se por exemplo eu mentir dia
após dia, não me arrepender e morrer apegado às mentiras, Deus não tem como
perdoar este meu pecado, e por causa deste “pequeno” pecado, eu vou ser
condenado à morte eterna.
Agora, se um estuprador, assassino, criminoso…, pense no
criminoso mais odioso que você conseguir imaginar. Se uma pessoa dessas, apesar
de ter cometido crimes terríveis, conhecer a Deus, se arrepender
verdadeiramente e pedir perdão por todos os seus pecados, Deus estará mais do
que disposto a perdoá-la e lhe dar a vida eterna!
Veja alguns versículos Bíblicos que apóiam a explicação
acima:
Ezequiel 18:20-24 – ” A alma que pecar, essa morrerá; o
filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A
justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. Mas
se o ímpio se converter de todos os pecados que cometeu, e guardar todos os
meus estatutos, e proceder com retidão e justiça, certamente viverá; não
morrerá. De todas as transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele;
pela justiça que praticou viverá. Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do
ímpio? diz o Senhor DEUS; Não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e
viva? Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniqüidade, fazendo
conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as
justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que
transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá.”
I João 2:1,2 – “MEUS filhinhos, estas coisas vos escrevo,
para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai,
Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não
somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.”
Hebreus 4:14-16 – “Visto que temos um grande sumo
sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a
nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se
das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem
pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos
alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo
oportuno.”
“MEUS filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não
pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o
justo.” – I João 2:1
Veja a história de Manassés! Ela nos mostra que Deus é
grande em perdoar, desde que nos arrependamos sinceramente.
II CRônicas 33:9 – ” E Manassés tanto fez errar a Judá e
aos moradores de Jerusalém, que fizeram pior do que as nações que o SENHOR
tinha destruído de diante dos filhos de Israel.”
Contudo, quando ele se arrependeu e se humilhou, Deus o
perdoou:
II Crônicas 33:13 – “E fez-lhe oração, e Deus se aplacou
para com ele, e ouviu a sua súplica, e tornou a trazê-lo a Jerusalém, ao seu
reino. Então conheceu Manassés que o SENHOR era Deus.”
Ao mesmo tempo um pecado aparentemente “pequeno” não
reconhecido e abandonado, apegando-se à Deus, pode se tornar um pecado contra o
Espírito Santo.
Peçamos à Deus a sensibilidade para ouvir a voz do
Espírito Santo e a disposição para sempre atender aos seus convites de amor.
Comentarios
OS PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO
Catecismo Maior de São Pio X.
Todo
o que tiver falado contra o Filho do Homem será perdoado. Se, porém, falar
contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste século nem no século
vindouro. (Mt. 12,32)
Quanto
pior castigo julgais que merece quem calcar aos pés o Filho de Deus, profanar o
sangue da aliança, em que foi santificado, e ultrajar o Espírito Santo, autor
da graça! (Hb. 10,29)
O pontificado do
Papa São Pio X de 1903 a 1914 - em seu Catecismo Maior, ensinou que são seis os
pecados contra o Espírito Santo:
O
pecado contra o Espírito Santo consiste na rejeição da graça de Deus; é a
recusa da salvação. Implica numa rejeição
completa à ação, ao convite e à advertência do Espírito Santo.
1º
- Desesperar da salvação: quando a pessoa
perde as esperanças na salvação, achando que sua vida já está perdida e que ela
se encontra condenada antes mesmo do Juízo. Julga que a misericórdia divina é
pequena. Não crê no poder e na justiça de Deus.
2º
- Presunção de salvação, ou seja, a pessoa
cultiva em sua alma uma idéia de perfeição que implica num sentimento de
orgulho. Ela se considera salva, pelo que já fez. Somente Deus sabe se aquilo
que fizemos merece o prêmio da salvação ou não. A nossa salvação pode ser
perdida, até o último momento da nossa vida, e Deus é o nosso Juiz Eterno.
Devemos crer na misericórdia divina, mas não podemos usurpar o atributo divino
inalienável do Juízo.
O simples fato de
já se considerar eleito é uma atitude que indica a debilidade da virtude da
humildade diante de Deus. Devemos ter a convicção moral de que estamos certos
em nossas ações, mas não podemos dizer que aos olhos de Deus já estamos
definitivamente salvos.
Os calvinistas,
por exemplo, afirmam a eleição definitiva do fiel, por decreto eterno e
imutável de Deus.
A Igreja Católica
ensina que, normalmente, os homens nada sabem sobre o seu destino, exceto se
houver uma revelação privada, aceita pelo sagrado magistério. Por essa razão,
os homens não podem se considerar salvos antes do Juízo.
3º
- Negar a verdade conhecida como tal pelo magistério da Santa Igreja,
ou seja , quando a pessoa não aceita as verdades de fé (dogmas
de fé), mesmo após
exaustiva explicação doutrinária. É o caso dos hereges.
Considera o seu
entendimento pessoal superior ao da Igreja e ao ensinamento do Espírito Santo
que auxilia o sagrado magistério.
4º
- Inveja da graça que Deus dá aos outros. A inveja é um
sentimento que consiste em irritar-se porque o outro conseguiu algo de bom.
Mesmo que você possua aquilo ou possa ganhar um dia. É o ato de não querer o
bem do semelhante. Se eu invejo a graça que Deus dá a alguém, estou dizendo que
aquela pessoa não merece tal graça, me tornando assim o juiz do mundo. Estou me
voltando contra a vontade divina imposta no governo do mundo. Estou me voltando
contra a Lei do Amor ao próximo. Não devemos invejar um bem conquistado por
alguém. Se este bem é fruto de trabalho honrado e perseverante, é vontade de
Deus que a pessoa desfrute daquela graça.
5º
- A obstinação no pecado é a vontade firme de permanecer no erro mesmo após a
ação de convencimento do Espírito Santo. É não aceitar a
ética cristã. Você cria o seu critério de julgamento ético. Ou simplesmente não
adota ética nenhuma e assim se aparta da vontade de Deus e rejeita a Salvação.
6º - A
Impenitência final é o resultado de toda uma vida de rejeição a Deus: o
indivíduo persiste no erro até o final, recusando arrepender-se e
penitenciar-se, recusa a salvação até o fim. Consagra-se ao Adversário de
Cristo. Nem mesmo na hora da morte tenta se aproximar do Pai, manifestando
humildade e compaixão. Não se abre ao convite do Espírito Santo
definitivamente.
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