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Confessar os pecados
sem mascaras
Será que temos a coragem do Apóstolo Paulo e confessar
publicamente os nossos pecados: “Não faço o bem que quereria, mas o mal que não
quero” (Rm 7,19), ou será que diante do sacerdote maquiamos nossas faltas?
O Papa Francisco diz: “E esta é a luta dos cristãos. É a
nossa luta de todos os dias. E nós nem sempre temos a coragem de falar como
fala Paulo sobre esta luta. Sempre tentamos uma via de justificação: ‘Mas sim,
somos todos pecadores. Dizemos assim, não é? Isto dizemo-lo dramaticamente: é a
nossa luta. E se nós não reconhecermos isto nunca poderemos ter o perdão de
Deus.”
“Alguns dizem: ‘Ah, eu confesso-me com Deus! Mas, é fácil, é
como confessar por e-mail, não é? Deus está lá longe, eu digo as coisas e não
há um face a face, não há um olhos nos olhos. Paulo confessa as suas
debilidades diretamente aos irmãos, face a face”.
“Há ainda outros que dizem: eu vou confessar-me; mas
confessam-se de coisas tão etéreas, tanto no ar que não são concretas. E isso é
a mesma coisa que não o fazer. Confessar os nossos pecados não é como ir ao
psiquiatra, ou ir para uma sala de tortura: é dizer ao Senhor; eu sou pecador,
mas dizê-lo através do irmão, para que seja concreto.”
Jesus nos pede para
sermos como crianças:
“Os pequenos têm aquela sabedoria: quando uma criança vem
confessar-se nunca diz coisas genéricas. (a criança diz:) ‘Mas Padre eu fiz
isto à minha tia, eu disse aquela palavra!’ São concretos. (a criança põe para
fora todos os seus sentimentos) Têm aquela simplicidade da verdade. E nós temos
sempre a tendência de escondermos a realidade e as nossas misérias. Mas, há uma
coisa bela: quando confessamos os nossos pecados, como estamos na presença de
Deus, sentimos sempre vergonha. Envergonharmo-nos perante Deus é uma graça.
Recordemos Pedro quando depois do milagre de Jesus no lago diz: ‘Senhor
afasta-te de mim que sou pecador’. Envergonha-se do seu pecado perante a
santidade de Jesus Cristo.” (Papa Francisco)
A vergonha que
justifica:
Lembro-me das palavras de um padre amigo: “confessar pela
metade é carimbar bilhete para o inferno”. E ele tem razão, envergonhar-se
diante de Deus é reconhecer que a misericórdia alcança a todos
incondicionalmente, é reconhecer que Aquele que não tinha pecado deixou-se
ferir pelos nossos. É necessário deixar de buscar justificativas para os nossos
erros, é preciso nos prostrar diante de Deus suplicando misericórdia, para que
não precisemos nos ajoelhar diante do tentador.
Ricardo Feitosa e
Marta Lúcia
www.catolicoscomjesus.com
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