quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Leituras diferentes da mesma Bíblia

           Para nós e para todos os outros cristãos, a Bíblia é um alicerce fundamental. Nessa Palavra nos alimentamos, aprendemos a conhecer Jesus, sua mensagem e sua oferta inestimável de salvação. Igrejas cristãs diferentes podem interpretar, cada uma a seu modo, as mesmas passagens bíblicas.  Algumas divergências, mais conhecidas, podem ser abordadas na catequese, sem intuito de dar argumentos para briga mas como caminho de preparação para o diálogo, evitando “surpresas” que podem desconcertar quem não se sentir preparado para esse tipo de conversa.  Mas, como a Bíblia é  um patrimônio da humanidade, conhecida e comentada até por muitos que não têm fé, temos que educar também para lidar com outros problemas, situações em que o próprio texto bíblico é questionado. É importante fazer isso evitando tanto um tipo de leitura fundamentalista como uma análise fria e teórica do texto que não destaque a importância da mensagem.
            Reconhecemos que podem existir dificuldades na leitura da Palavra de Deus. È uma coleção complexa de escritos nascidos em séculos diferentes e vindos de uma outra cultura. Tem também uma característica especial em relação aos livros sagrados de outras religiões: ela fala de Deus mas o apresenta dentro da história concreta de um povo, vivida em épocas específicas. Foi sendo escrita ao longo de muitos séculos e suas afirmações foram evoluindo conforme o povo ia progredindo no seu jeito de perceber quem era mesmo o Deus que os chamara. Retrata o que Deus quer comunicar mas mostra isso dentro de uma pedagogia que se liga às necessidades progressivas do contexto em que cada parte do Escritura nasceu.
            Por tudo isso, a Bíblia tem que ser compreendida no seu conjunto. Com pouco conhecimento da maneira como cada texto nasceu, corre-se o risco de interpretar a Palavra de um modo não adequado. Então, o livro que devia servir para unir os cristãos pode se transformar em mais uma fonte de desencontro. Isso pode acontecer entre comunidades eclesiais diferentes e dentro da mesma comunidade, quando pessoas escolhem determinados textos para justificar seu ponto de vista, sem uma noção mais ampla do conjunto da mensagem. Não se trata de um livro qualquer, é um texto sagrado, visto com reverência; por isso, pessoas podem ficar até ofendidas com um modo diferente de interpretar algum dado bíblico, achando que está havendo desrespeito com a Palavra de Deus.
            Isso acontece com freqüência quando alguém se refere a alguma passagem bíblica e diz: isso que está aqui não aconteceu de fato, é poesia, linguagem simbólica... Quem ouve acha que a pessoa está chamando a Bíblia de mentirosa e sai indignada em defesa da sua fé. Quem quer explicar o valor simbólico, poético, de certos relatos bíblicos precisa antes deixar muito bem claro que não está denunciando uma mentira, está anunciando uma verdade mais profunda. Há muitos séculos, Aristóteles já dizia: “A poesia é algo mais filosófico e mais merecedor de séria atenção do que a história porque, enquanto a poesia se ocupa de verdades eternas, a história trata de fatos particulares.”  Ou seja: a poesia é uma linguagem transcendente, a única capaz de dar conta daquilo que vai além da história, que faz parte da indescritível essência humana e divina. Quando dizemos, por exemplo, que os onze primeiros capítulos do Gênesis são simbólicos e não históricos, não estamos diminuindo o valor da mensagem , estamos ampliando. O que ali se narra é o que acontece ainda hoje com todos nós: somos Adão e Eva quando não sabemos conservar o paraíso que a terra devia ser, somos Caim quando não sabemos ser irmãos, somos Noé quando Deus nos chama a construir espaços de salvação diante das ameaças da vida, somos construtores de torres de Babel quando nos desentendemos com os irmãos por causa de nossas vaidades.
Uma interpretação assim vai mais longe, mas precisa ser feita com a reverência que o texto sagrado exige.
            É função importante da catequese apresentar uma interpretação bíblica atualizada, ligada à vida, que destaque a mensagem mais do que os recursos e detalhes da roupagem em que ela foi envolvida. Mas é bom também ajudar a perceber que, com o mesmo texto, Deus pode estar comunicando a cada um aspectos diferentes da mensagem mais ampla. Em qualquer caso, é preciso ter um bom conhecimento da Escritura. Até para dialogar com quem pensa diferente é fundamental se sentir seguro para que a conversa seja tranqüila, respeitosa e realmente construtiva.
 
Therezinha Cruz  

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martírio célebre no século II foi o de Santo Inácio de Antioquia; no ano 107, no Coliseu de Roma, vítima da perseguição de Trajano (98-117), por ocasião dos gigantescos espetáculos dados por este imperador para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Inácio foi condenado juntamente com Rufo e Zózimo.

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Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.