Uma espiritualidade mariana
É tradição
antiga na Igreja dar ao mês de maio um toque especial para homenagear
nossas mães e também Maria , mãe do Mestre e de todos nós. Momento
propício para conversar a respeito da presença dessa Mulher Querida no
processo da catequese. Além de mãe se tornou a primeira e mais perfeita
discípula de seu Filho e por isso também grande catequista.
Hoje a
catequese de iniciação à vida cristã se propõe acima de tudo formar
discípulos de Jesus a partir da experiência de encontro com o Mestre.
Quem pode nos ajudar nesta busca é justamente aquela que percorreu por
primeiro este itinerário. Os evangelhos focalizam de forma clara o
processo de discipulado que Maria empreendeu, enfatizando mais esta sua
colaboração no Projeto de Deus do que a própria maternidade. Sua adesão
incondicional ao convite (Lc. 1,38) a coloca na perspectiva do servir,
condição primeira do discípulo(a). E depois acompanhando cada passo de
se Filho, acolhia seus gestos, atitudes e Palavras meditando-os em seu
coração (cf. Lc. 2,19).
Podemos,
portanto, com Maria aprender muitas coisas de metodologia para nosso
processo catequético. Mais do que isto queremos, porém, mergulhar na sua
espiritualidade que transparece na forma de acolher e se comprometer
com a realização das promessas de Deus na história. Sua força profética
em acompanhar passo por passo o caminho de seu Filho na fidelidade até a
Cruz. Sua presença atenta entre os apóstolos na espera e acolhida do
Espírito Santo.
Por tudo isso,
mais do que falar de Maria, como catequistas, somos desafiados a assumir
e cultivar uma espiritualidade mariana que desperte um profundo amor,
mais que simples devoção por essa Discípula Admirável. Maria, a pequena
de Nazaré que se tornou grande no caminho de seguimento de seu Filho.
Até mais!
Pe. Décio José Walker – Assessor Nacional da Comissão Episcopal Pastoral Bíblico-catequética.
Nenhum comentário:
Postar um comentário