O texto Iniciação
à Vida Cristã. Um Processo de Inspiração Catecumenal, refletido e
enriquecido pelos Bispos durante a 47ª Assembleia Geral da CNBB em 2009,
precisava ser amplamente divulgado, por isso foi publicado dentro da coleção Estudos da CNBB (número 97). Com esse
recurso, ao mesmo tempo em que se iniciava uma desafiadora reflexão sobre o
assunto, possibilitava que suas intuições chegassem a toda Igreja do Brasil.
Com linguagem simples e envolvente, além da
“Introdução” (com várias questões motivadoras para o desenvolvimento do tema) e
da “Conclusão” (como um horizonte orientador da caminhada), o texto
apresenta-se dividido em cinco capítulos que facilitam o nosso entendimento
sobre as questões básicas da Iniciação à Vida Cristã.
O Capítulo I tem o sugestivo título: “Iniciação à Vida Cristã... Por quê?” Afinal,
por que mesmo temos que conhecer e assumir essa proposta? Quem inventou isso e
o que esse processo tem a ver com o nosso jeito de evangelizar hoje?
O Capítulo II procura definir o horizonte: “O que temos em vista quando falamos em
Iniciação à Vida Cristã.” Se a nossa sociedade de hoje já encontra certa
dificuldade em entender o que seja “iniciação”, imagina, então, o que as
pessoas de nossas Comunidades estão entendendo quando ouvem falar de Iniciação
à Vida Cristã...
O Capítulo III dá pistas para aquela
intrigante pergunta: “Iniciação à Vida
Cristã... Como?” O modelo catecumenal a partir do Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA) nos é apresentado como
inspirador e aberto às necessárias adaptações. Por isso é significativamente
comentado a fim de que seja conhecido e valorizado. Tem até um “Quadro Geral”
dos vários “tempos” e “etapas” propostos pelo RICA para facilitar o nosso
entendimento.
A questão dos interlocutores é tratada no
Capítulo IV: “Iniciação à Vida Cristã...
Para quem?” Assim como no Diretório Nacional de Catequese, aqui também,
mais do que destinatários, o texto fala de interlocutores do processo, pois
supõe que sejam ouvidos e acolhidos em suas sedes. Uma significativa lista das
pessoas a serem atendidas pelo processo de iniciação faz a gente vislumbrar que
tem muito trabalho a ser realizado, e com urgência!
Finalmente, o Capítulo V procura deixar
claro quem deve trabalhar para que tudo isso aconteça: “Iniciação à Vida Cristã... Com quem contamos? Onde?” A começar pelos
próprios candidatos que devem ser iniciados, o texto vai relacionando as várias
pessoas e organismos que devem ser envolvidas para que o processo alcance o
êxito desejado. Tentando resumir, posso afirmar que tem trabalho para todo
mundo, inclusive para mim e para você!
Todos os capítulos terminam com uma grande
série de perguntas “Para refletir”. O objetivo é esse mesmo: ajudar o leitor,
ou grupo de leitores, a aprofundarem a compreensão daquela parte estudada, mas
a partir de suas realidades concretas. Mais do que respostas certas, essas
perguntas pretendem provocar uma séria avaliação do processo de evangelização
que já está acontecendo em cada Comunidade e como pode ser vislumbrado um novo
modo mais eficaz de realizá-lo.
Como uma espécie de apêndice, encontramos também um
precioso e bem elaborado Glossário sobre
Iniciação Cristã. Assim a gente nem precisa ter o trabalho de ir procurar
em um dicionário o significado de palavras e expressões tão próprias do nosso
jeito de evangelizar na Igreja e que se encontram no texto. Desde “Admissão”
até “Traditio” são 51 verbetes muito esclarecedores, que enriquecem o nosso
vocabulário eclesial.
O solene lançamento desse importante
subsídio aconteceu logo na abertura da 3ª
Semana Brasileira de Catequese celebrada em Itaicí no início de outubro
daquele mesmo ano. Esse fato foi muito bom para o próprio texto, pois graças à
presença de catequistas do Brasil inteiro, teve uma imediata repercussão
nacional e também foi muito bom para o próprio evento que, logo de início, já
deixava clara sua total comunhão com a preocupação e reflexão oficial da Igreja.
Pe. Luís Gonzaga
Bolinelli – Doutrinário
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