quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

SOU CATÓLICO VIVO MINHA FÉ – Uma síntese brasileira de doutrina

SOU CATÓLICO VIVO MINHA FÉ – Uma síntese brasileira de doutrina


            Após falar um pouco do Catecismo da Igreja Católica, que iremos comentar no espaço do nosso Blog, falamos também de seus principais complementos: o Diretório Geral da Catequese (1977) e o Compêndio do Catecismo (2005). Estamos agora acenando  a dois outros textos, que poderíamos chamar de satélites do grande Catecismo. São eles: o opúsculo Sou Católico: vivo a minha fé e o YouCat, chamado também Catecismo Jovem da Igreja Católica
            Vamos hoje tratar do texto da Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB intitulado: Sou católico: vivo minha fé. Foi lançado em 07 de maio de 2007, durante a 45a. Assembleia Geral da CNBB. A Igreja na América Latina estava às vésperas da abertura da V Conferência Geral da CELAM em Aparecida (SP)  e o Brasil recebia a breve visita do Papa Bento XVI, ou seja: era um momento de intensa vida eclesial.
            O versículo bíblico que lhe serve de inspiração, e colocado como referência  antes mesmo do título, é a conhecida passagem da 1ª. Epístola de Pedro: “Estai sempre prontos para dar razão da vossa esperança” (3, 15b). Sua finalidade declarada é, pois, oferecer aos nossos fiéis subsídios para conhecerem melhor os fundamentos da fé e da vida cristã católica.
            Ele tem uma relação íntima com o Catecismo da Igreja Católica. De fato, diz Dom Geraldo Lyrio Rocha (então presidente da CNBB), na apresentação da 3ª. edição de 2007: “Por se tratar de um breve compêndio, o texto remete necessariamente ao Catecismo da Igreja Católica e demais documentos do Magistério”.
            Ele é carregado de uma característica doutrinal e intelectual da fé. Comentando isso, Dom Waldir Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte e presidente da Comissão para a Doutrina que redigiu o texto,  acentuou também seus frutos para a vivência concreta da fé: “nós precisamos como Igreja dar a todos os católicos a oportunidade de melhor conhecer a sua fé, um conhecimento que supõe as verdades da fé, a doutrina que define essa fé, não apenas enquanto apropriação racional, intelectual, mas enquanto um conhecimento que venha produzir nas pessoas uma vivência coerente da fé professada”.
            Tendo nascido dentro do clima da V Conferência de Aparecida, o texto manifesta a preocupação de fazer de todos os católicos, verdadeiros discípulos e missionários de Jesus Cristo, tema da própria V Conferência. Sua redação durou três anos e, a partir da 2ª. edição, houve correções e aperfeiçoamentos, com relação à primeira edição. Foi também submetido à apreciação da Congregação da Doutrina da Fé, um dos grandes departamentos do Vaticano que, como diz o nome, cuida da reta expressão e manifestação da fé.
            O opúsculo tem várias edições e vários formatos, inclusive como livro de bolso. Todas elas trazem ilustrações muito boas, criativas e adaptadas ao texto. Conforme se diz na última capa de uma das edições, trata-se de “um subsídio destinado a ajudar os católicos e todas as pessoas interessadas, a conhecerem melhor os fundamentos da fé e da vida cristã. O texto traz exposições breves e essenciais sobre aquilo que os católicos creem, como rezam e como são chamados a viver, em conformidade com sua dignidade de cristãos e membros da Igreja”.
O texto trata dos seguintes temas:
·         o “ser católico” e sua identidade (Introdução);
·         a revelação divina (cap. I);
·         a nossa fé em Jesus Cristo (verdade sobre Jesus Cristo, a Igreja e o ser humano: cap. II);
·         a celebração do Mistério de Cristo (liturgia, sacramentos, vida cristã sacramental: cap. III);
·         a vida nova em Cristo (elementos de moral cristã: cap. IV);
·         esclarecimento sobre alguns pontos da fé católica (são 25 temas: cap. V);
·         e, por fim, a oração do católico (2 fórmulas de profissão de fé e 25 fórmulas de orações tradicionais, inclusive os mistérios do Rosário (terço) em sua nova forma: cap. VI).
Conclui com boas indicações para a leitura orante da Bíblia e algumas referências para aprofundamento dos temas. Essas referências consistem em citações que remetem aos documentos da Igreja a respeito dos vários temas tratados (documentos do Concílio Vaticano II, Encíclicas Papais, Código do Direito Canônico e, sobretudo do Catecismo da Igreja Católica).
Esse pequeno opúsculo, publicado como subsídio, não tem a pretensão de ser um “catecismo da CNBB”, já que o texto se concentra substancialmente na questão doutrinal, que é um dos tantos aspectos da educação da fé, ou catequese. Deve-se dizer também que a Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética, encarregada da catequese, dentro da CNBB, não foi envolvida na sua elaboração que esteve totalmente a cargo da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé e seus assessores. Já se foi o tempo em que por “catequese” se entendia apenas o conhecimento doutrinal. A Comissão encarregada da dimensão catequética foi apenas informada, numa de suas reuniões, de algumas diretrizes deste livro, através de uma assessora da Comissão de Doutrina, ainda nos inícios do trabalho redacional.
Esse texto tem um leve caráter apologético, isso é, de defesa da fé. De fato, o capítulo quinto é composto de 25 questões que respondem aos “ataques” que pessoas, fora da Igreja Católica (particularmente protestantes) fazem aos católicos. Portanto, tem a finalidade também de capacitar os católicos a responderem às dificuldades, dúvidas e objeções contra a nossa fé.
A apresentação do próprio texto e a Introdução do subsidio colocam-no claramente no grande quadro da evangelização, dentro do projeto “queremos ver Jesus, caminho, verdade e vida”.  Insiste acertadamente na dimensão da “experiência cristã” e conclui dizendo: “esta experiência inclui clarividências advindas do conhecimento das verdades da fé, fomentando e fecundando este mergulho que proporciona a vida nova em Cristo, gerando discípulos e discípulas...”.
Esse texto  quer garantir, justamente, esse “conhecimento das verdades da fë” que é um dos aspectos importantes da catequese. De fato, a verdadeira catequese vai muito mais além: ela possui uma dimensão iniciática, catecumenal, como propõe o recente Diretório Nacional de Catequese; ela requer o envolvimento na vida da comunidade de fé e, sobretudo o mergulho nas celebrações da fé, isto é, na Liturgia e outros aspectos celebrativos e orantes do processo educativo da fé. Nesse sentido, esse subsídio da CNBB, trazendo também, em seu final, várias orações católicas tradicionais, torna-se também um bom subsídio para a catequese.
                                                           Pe. Luiz Alves de Lima, sdb, é doutor em Teologia Pastoral, catequeta, professor de teologia,  conferencistas, redator e editor da Revista de Catequese.

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martírio célebre no século II foi o de Santo Inácio de Antioquia; no ano 107, no Coliseu de Roma, vítima da perseguição de Trajano (98-117), por ocasião dos gigantescos espetáculos dados por este imperador para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Inácio foi condenado juntamente com Rufo e Zózimo.

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Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.